Capítulo 16

80 6 0
                                    

Vou tomar o café da manhã, e todos estão felizes por voltarem para casa, menos eu. Mas tento sorrir e conversar. Fomos para os carros que nos levarão ao aeroporto. Ben foi conosco dirigindo seu Range Rover e David o dele. Chegamos ao aeroporto no horário, nos abraçamos e eu fui a última. Abracei Ben e dei um beijo em sua bochecha.

-Fica!?- suplica.

Apenas sorrio, pego minha mala que está em sua mão e sigo para fazer o cheking. Meu coração está apertado, mas o que poderei fazer? Tenho certeza que jamais o esquecerei. Com olhos marejados de lágrimas olho para trás e aceno com um sorriso triste. Ele fita meus olhos e vejo sua face triste, seus ombros caídos e seu irmão o abraça de lado dando-lhe força. Não sei se o David sabe sobre tudo, mas sinto que ele está apoiando seu irmão e gosto disso.

Nunca pensei que fosse demorar tanto para chegar ao Brasil. Pegamos nossas malas, a Care fala que nem um papagaio ao meu lado, infelizmente só finjo dar atenção porque não retenho metade das palavras que ela me diz. O pai de Mat veio nos buscar, está contente em ver o filho novamente, o abraça e bagunça seus cabelos, é como ele cumprimenta o filho.

-Olá Sr. Carlo Sartori!- Cumprimento com um sorriso e aperto sua mão.

-Se divertiu?- Ele me pergunta.

-Claro! Foi... maravilhoso.- falo sorrindo, tentando ser convincente.

-Vamos meninos?- Seu Carlo pergunta.

Pegamos nossas malas e colocamos no fundo do carro. Fernando e André pegaram um táxi. O restante foi conosco no carro do Sr. Carlo. Care contou algumas das nossas aventuras, tirando a parte sórdida onde bebemos até cair. Mat contou novidades sobre os negócios e quando mal percebo já estou em casa. Nem troco de roupas, pego meu ipod e me jogo na cama assim mesmo. Coloco uma música para relaxar e pensar mais um pouco na vida.

-Vai ficar aí até quando? Vem... vamos sair!- Care diz, é quando percebo já estou no segundo dia que cheguei em casa e estou ainda enfiada dentro do quarto, só saio para comer e volto de novo para o quarto, quero dizer... para a cama precisamente.

Meu telefone toca, me assusto, corro para alcança-lo antes que desliguem, mas o quarto está uma bagunça, me desespero, será que é Benjamin que está ligando? Encontro o aparelho e quando olho na tela é o número da coordenadora do Hospital que trabalhei como estagiária. Ela deve querer marcar minha entrevista para a vaga de emprego. Eu preciso desse emprego, não posso me dar ao luxo de sofrer por amor então atendo.

-Alô?- Tento parecer firme.

Ela me convida para ir na segunda já pronta, pois caso eu deseje ficar, já poderei começar. O cargo mudou, agora é para coordenar um projeto novo da clínica, o salário é bem melhor do que eu esperava, mas ela gostaria de conversar comigo antes de fecharmos contrato. Desligo e volto para meu devaneio. Será que ele me amou? Foi tudo tão rápido e intenso. Será que ele já encontrou outra pessoa? Meu coração ainda dói ao pensar nele.

Lá se vai mais um dia. Já está tarde, pego no sono e sonho com ele, estávamos nos beijando e eu estava me entregando por completo até que...

-Mily! Mily! Acorda... você não vai acreditar quem está aqui?!- Care me sacode tentando me fazer acordar.

Um amor em NYWhere stories live. Discover now