Capítulo 11

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Nunca gritei tanto na vida! Foi demais. É outro mundo gente! A segurança, o conforto nos brinquedos, fomos em vários. Agora estou um pouco cansada. Fomos em um restaurante para almoçar, Ben pede licença e vai ao toalete. Estou olhando para fora da janela pensativa quando Mat chama a minha atenção.

-Mily, você está bem?

-Sim. Só estava pensando.

-Aconteceram coisas com você esses dias e não nos falamos direito. Me desculpe por ter me afastado de você, é que...

-Não se preocupe com isso Mat, você é meu melhor amigo e sempre será- Sussurro tentando passar segurança e aperto sua mão sorrindo. Mas meu sorriso morre quando vejo Ben olhando para nós com cara de que comeu e não gostou. Mat percebe, porém continua segurando minha mão que agora está gelada. Não espero que ele esteja pensando algo ruim sobre mim e Mat. Somos amigos. Tiro minha mão da de Mat e sorrio para Ben.

-Já pediram?- Ele pergunta sem nem olhar para mim sentando mais afastado de mim do que eu desejaria.

Sinto que ele está com ciúmes, conversamos, rimos todos lembrando de tudo que fizemos até agora no parque e Ben continua sem olhar direito para mim, não entendo. Pagamos pelo almoço e saímos para descansar em um quiosque. David puxa Care para irem caminhar, Fernando nem ligou e convidou o Mat para ver uma apresentação mais à frente. Jess e André decidem se levantar também e caminhar um pouco. Ben finalmente olha nos meus olhos.

-Não gosto de vê-la tão próximo de Mat ou qualquer outro homem. Quero que saiba que sou ciumento e possessivo- Diz num tom frio que me arrepio. Seus olhos agora escuros e o maxilar tenso. Ele está sentado ao meu lado com os cotovelos sobre o joelho e seus dedos entrelaçados.

-Também sou ciumenta. Mas o Mat é só um amigo.- Rebato.

-Sei que ele sente algo por você e não o quero tão próximo.- Ele passa as mãos pelo cabelo deslizando até tapar sua própria boca, suspira e olha novamente para mim, dessa vez nos levantamos e ele me abraça forte.

-Você é minha Emily. Minha, e de mais ninguém. Você se entregará por inteira para mim. Entende o que eu te peço?

-Entendo Prince. Mas ainda não estou pronta para isso.- Digo tirando meus olhos dos seus.

-Mas você quer?- Ele pergunta buscando meu olhar. Eu hesito. Ele fica tenso.

-Vou perguntar mais uma vez Princess. Você quer ser minha?

-Sim. É o que eu mais desejo mas...- Ele põe um dedo em minha boca pedindo silencio e então me beija novamente, agora devagar e com carinho. A impressão que tenho é de que estamos flutuando e não existe mais nada ao nosso redor. Me sinto amada como jamais fui, as sombras já não me perturbam mais, pelo menos nesse instante. Somente a dor de não ser suficiente para ele martela lá no fundo da minha mente.

-Dança comigo?- Pergunta com olhar doce.

-Aqui? Assim, com todos passando e olhando?- falo exasperada. Ele assente, e mesmo sem música põe uma mão na minha e outra em minha cintura me aproximando ainda mais dele, eu coloco minha cabeça em seu peito, fecho os olhos e sinto apenas a batida de nossos corações. Penso que poderíamos ter um futuro sim, que eu posso morar aqui aprender a língua fazer minha pós e talvez pudéssemos adotar crianças e cuidar delas como nossos filhos. Poderiam ser quatro crianças, dois meninos e duas meninas. Ainda sem música, nos balançando de um lado para o outro e rodando sobre nossos pés numa canção que jamais ouvi, a canção do amor. Sinto seu peito balançar, ele está rindo. Levanto o olhar e encontro seus olhos tão claros quanto o ouro.

Um amor em NYWhere stories live. Discover now