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Olá! Venha ver como a minha vida virou um inferno depois que conheci Jeon Jungkook!

Eu acordei por volta das oito e meia da manhã, como de costume. Me levantei, fiz minha higiene e fui até a cozinha preparar meu café. Meu marido Jung Hoseok ainda estava dormindo por causa da noite cansativa, por isso optei por não acordá-lo.

Nos conhecemos a muito tempo atrás, no ensino médio, éramos bons amigos, até eu começar a me apaixonar por Hoseok. Sendo sincero, eu já gostava dele desde o dia em que o vi, até virarmos amigos e eu ser obrigado a esconder esse sentimento entre eu e Taehyung.

Eu sei que ele também gostava de mim, mas não era na mesma intensidade que eu gostava dele, ficávamos algumas poucas vezes em saídas de festa ou quando estávamos muito bêbados, mas no dia seguinte fingíamos que nada havia acontecido.

O tempo foi passando, e a notícia de que Hoseok iria embora para outro país chegou até meus ouvidos. E ele foi embora, sem se despedir. Acho que nunca chorei tanto em toda a minha adolescência, eram noites sem dormir, falta de apetite, crises de ansiedade e pânico. A saudade é a pior coisa pela qual o ser humano pode sofrer.

Mas no final, deu tudo certo, ele voltou de viagem, nós voltamos a conversar, namoramos por cerca de três anos e por fim casamos.

Sentei na cadeira amadeirada que havia na varanda do apartamento e tomei um gole do líquido quente em minha xícara. Eu amava aquela vista, o sol fraco batendo no meu rosto, acompanhado do ar gélido que corria pela manhã.

─ Bom dia, Chim, dormiu bem? - me assustei levemente com a voz rouca e calma do meu marido que acabara de acordar.

─ Bom dia, Hobi!- virei pra ele mostrando um leve sorriso - Eu poderia ter dormido mais - soltei uma risadinha - E você?

─ Digo o mesmo - ele riu e sentou-se na cadeira ao lado.

O café da manhã foi coberto de assuntos extremamente aleatórios e algumas mínimas carícias.

Hobi nunca foi muito fã de contato físico, eu por outro lado, só vivo a base de toques e carícias, entretanto, com o tempo fui me adaptando e respeitando o espaço dele. É como falam, os opostos se atraem.

Chega até ser engraçado, porque nunca acham que somos um casal pela nossa forma de conviver e lidar um com o outro.

─ Ah, hoje tenho aquela reunião anual sobre desfiles e outras baboseiras - dei um suspiro prolongado - Não precisa me esperar para o jantar, provavelmente vou sair com o Tae.

Ele apenas concordou com um aceno de cabeça e me ajudou a guardar as coisas que usamos e sujamos no café.

Fui me arrumar enquanto Hoseok lavava a pouca louça na pia. Tomei um banho demorado e relaxante, já que iria precisar de muita calma para lidar com toda aquela gente rica, esnobe e mal educada. Queria ter a opção de não ir para esse lugar.

Faltava pouco tempo para reunião e Taehyung não havia dado sinal de vida. Eu estava na frente de sua casa, mandei várias mensagens, liguei doze vezes, buzinei seis e nada dessa praga aparecer. Eu me preparei para dar a sétima buzinada quando Senhora Rosa apareceu.

─ Boa tarde, filho, está procurando pelo Taehyung?

Senhora Rosa é uma vizinha do Tae, ela é como uma avó para o garoto. Uma alfa dócil e carinhosa, que nasceu no México e perdeu sua esposa muito jovem. Seus pais não aceitavam que ela se casasse com outra alfa, então as separaram, mandando a jovem mulher para a Coréia. Sua falecida esposa, Yolanda, não suportou tamanha injustiça e nem ficar longe de sua amada, por fim acabou cometendo suicídio. Eu me comovo todas as vezes em que escuto sua história de vida. Choro igual a um condenado, de tanto que a Senhora Rosa sofreu, mas apesar de tudo, continua sendo feliz.

Um Acidente Quase Perfeito - Jikook {Reescrevendo}Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum