38. Desculpas 🗝️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Abri bem devagar os olhos, notando uma leve claridade no quarto. Me acostumo com a luz, piscando várias vezes para conseguir. Me espreguiço na cama, fazendo eu soltar um gemido preguiçoso s quando olho para o lado, com um sorriso no rosto, vejo que estou sozinha na cama. Olho em todos os cantos do quarto e Victor não está em nenhum deles. Me viro e vejo um papel em cima do criado mudo. Pego o papel e começo a ler.

"Desculpa não estar com você quando acordou, mas tive que sair cedo para resolver umas coisas e não sei se vou chegar a tempo de você querer ir embora. Se quiser ir já, Arthur está em casa, procure ele e peça para que a leve embora. Tome um banho se quiser e pegue alguma roupa do closet de Milena. Tenho certeza de que não se importa.

Se quiser me esperar chegar, fique à vontade de andar pela casa. Coma o quiser, ande por onde quiser, faça o quiser. E não acharei ruim de não querer me esperar.

𝘝𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳."

Meu sorriso volta ao terminar se ler a carta, e olho para os cantos de novo. Ai, meu Deus! Meu celular!
Me levanto da cama, quando vejo minha bolsa em cima da mesa e corro até ela. Abro e pego meu celular, mas vejo que está sem bateria. Carol deve estar louca de preocupada comigo. Olho para minha roupa e encaro a porta do banheiro, que está aberta. Preciso de um banho.

....

Desço as escadas, depois de errar duas vezes o caminho, para chegar até a sala. Olho para a cozinha, e não vejo ninguém, quando noto Arthur sentado no sofá da sala. Ele percebe minha presença e dá um sorriso gentil quando me ver.

— Bom dia. — Arthur diz.

— Bom dia. — termino de descer os degraus.

— Dormiu bem? — ele pergunta simpático. Gosto dele. Gosto da sua gentileza e simpatia.

Quando conversamos a última vez, que acabou me embebedando, percebi que ele era bem legalzinho. Posso até dizer que criamos uma "amizade", por conta daquele dia.

— Sim... Hum.. pode me levar embora? Carol deve estar preocupada comigo. — ele se levanta.

— Está com fome? A mesa do café ainda está na mesa. — nego com a cabeça.

— Não. Não estou com fome. E então, pode me levar embora? Victor disse que me levaria. — ele ri abafado, dando um sorriso e assentindo.

— Claro. Podemos ir então, já que não quer comer nada. — sorrio de volta e o sigo até a enorme porta da sala. — Seu namoradinho teve que sair logo de manhã e me pediu para cuidar de você. — encaro ele, saindo da casa.

— Ele não é meu namorado. — afirmo, e Arthur ri com deboche.

— Ok, vou acreditar nisso.

— É sério! Não temos absolutamente nada. Somos apenas amigos. — Arthur se vira para mim, com os olhos semisserrados, como se não estivesse acreditando em mim.

— Tudo bem, amigos que se pegam e se desejam. — paro de andar e o olho indignada. — Está na cara isso, Babi, não adianta negar. Victor morre de desejo e tesão por você. — engoli em seco, abaixando a cabeça e dando a volta no carro, entrando no lado do passageiro.

Não tocamos mais nesse assunto o caminho inteiro. Fico feliz por isso, mas confesso que não tiro da cabeça a ideia de Victor se sentir atraído por mim, por sentir desejo por mim, igual eu tenho por ele. Ele é sexy, muito sexy, e claro que vou ter esses desejos. Principalmente agora que parei de lutar contra eles. E que mulher que não tem desejo, quando vê ele? Nenhuma.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang