10. Almoço 🗝️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Entro na galeria, já vendo Mia atrás do caixa, e quando me olha, dá seu sorrisinho meigo. Me aproximo, já a cumprimentando. Procuro por cima do balcão as minhas chaves e já me decepciono um pouco por não encontrar.

— Mia, você viu minhas chaves de casa? Acho que esqueci elas aqui. — falo, olhando por cima do caixa, ainda em busca das chaves.

— Não vi nenhuma chave aqui não, amiga. — disse, também procurando pelo balcão do caixa.

— Sério? — digo desapontada.

— Sim... — resmungo chateada.

Ótimo! Agora minha úncia opção é ligar para Victor.

Vou para trás do caixa, totalmente chateada pela chave e começo a pensar em como vou ligar a ele. Vou dizer: Oi, Victor. Então, queria saber se está com a chave da minha casa. Pode me entregar? É claro que não vou dizer isso! Bem, quase isso, porque o motivo da minha ligação é minha chave e não um bate papo com um mafioso. Agora se ele não estiver, eu realmente deixei na cafeteria ou vou ter que fazer outra cópia.

Um cliente chega e decido atender, para tirar essa história de chave e de ligação. Começo a falar com o cliente, mostrando e falando sobre alguns quadros. Até agora não pintei mais nenhum e dei para a Sra. Will vender. Mas logo providenciarei um quadro novo e bonito para ser vendido e pendurado em alguma parede.

Quando o cliente vai embora, Mia vai para o estoque, para organizar e para colocar mais quadros na loja. Aproveito esse tempo e pego o papel, que ainda está no bolso da minha calça e pego o celular, para digitar o número. Digito o número e começo a me sentir tensa, quando escuto chamar.

Ele atende.

— Alô. — diz frio. Fico quita, criando coragem para falar.

— Victor? — falo, com a voz um pouco trêmula.

— Bárbara? — seu tom de voz muda, parecendo mais sutil e eu encaro o chão.

— Sim... É...

— Precisa de alguma coisa? — pergunta preocupado.

— Não. Quer dizer, sim. Preciso sim... — passo a mão pela lateral da coxa, ainda olhando para o chão.

— E o que precisa?

— Queria... — prendo a respiração. — Queria saber se está com as minhas chaves. — consigo falar e respiro aliviada. — Acho que esqueci na cafeteria...

— Esqueceu. E estou com elas. — uma pontada de felicidade cresce em mim. — Esqueci de te dizer isso e de te devolver, então esperei que sentisse falta dela, para me procurar perguntando.

— Então... Pode me devolver? — pergunto meio sem graça.

— Com uma condição. — meu coração acelera. — Que aceite almoçar comigo. — eu travo.

— A-almoçar com você? — gaguejo, me sentindo apreensiva, e meus batimentos aceleram.

Ele é louco ou o quê?

— Sim. Assim posso devolver sua chave.

— Não pode só me entregar? Sem essa de almoço?

— Não seria uma má idéia almoçar comigo. — começo a pensar. — Prometo, mais uma vez, que não vou te machucar, se esse é seu medo. Muito menos de matar ou te sequestrar.

— T-tá. — gaguejo, depois de decidir em silêncio a proposta. — Tá bom.

— Que bom que aceitou. Ficaria chateado se não aceitasse.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα