capítulo 52

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MARIA JÚLIA

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MARIA JÚLIA

Acordei emaranhada em uma quentura e me senti um passarinho em seu ninho, girei o meu corpo mudando de posição e ficando de frente para o meu ex namorado.

Talvez não tão ex assim depois da noite de ontem, tantas juras de amor, estive pensando e trabalhei em mim o medo que sentia de acordar um dia e os dias tranquilos não passarem de um sonho.

Eu amo este homem, e poder dizer isso de novo em voz alta não tem preço.

Mesmo quando eu estive longe, todos os primeiros pensamentos do meu dia eram sobre como ele me abraçava quando acordava comigo. Como eu me sentia segura dentro daqueles braços, como eu estou agora.

Mesmo quando ele me pediu para ir embora, eu chorei e gritei porque era como estar perdendo uma parte de mim. Um sonho, uma nuvem preta passando em frente ao meu castelo de algodão doce e derrubando as paredes dele com a chuva.

Mesmo quando dissemos tantas mentiras, quando nos acusamos das piores coisas. Eu o amei tanto que não consegui o esquecer.

E quem pode me julgar sobre isso? Quem pode me dizer que eu estou errada por não ter conseguido deixar as lembranças irem embora. E aqui estamos nós de novo, juntos.

Acho que finalmente a insônia acabou. E se não, seu fim está próximo.

—bom dia coisa linda—ele disse abrindo os olhos e se espreguiçando, seu corpo nu, as coisas que eu faria para tê-lo quente e pronto na minha cama todos os dias.

—bom dia Gabriel—o cachorro ainda sem nome respondeu também com um latido fino, olhei para baixo e sorri vendo o pequeno bocejar e se esticar pela nossa cama.

Suas primeiras compras ainda estão embaladas em cima da minha cômoda, ontem a noite quando chegamos não tivemos tempo e nem paciência de olhar o que compramos com calma.

Apenas tomamos um banho quente e caímos na cama (isso não quer dizer que dormimos).

A única coisa que fizemos foi separar o pote de água e comida e alimentar o nosso bicho, não fomos desnaturados a ponto de deixá-lo passando fome.

—estou atrasado?—apoiou os cotovelos no travesseiro deixando o abdômen de fora, mordi o lábio involuntariamente enquanto ele se esticou para pegar o telefone vendo o horário—droga, devia chegar mais cedo hoje.

Reclamou se levantando corrido e indo em direção ao banheiro, em compensação agora eu tenho um animal de estimação fofo que correu para se aconchegar.

—não da tempo de tomar café?—perguntei, ele voltou para o meu lado já vestido e deixou um beijo rápido nos meus lábios.

—sinto muito, mas passo aqui mais tarde para ver a Valentina—não me aguentei e precisei segurar sua boca na minha por mais tempo intensificando o contato—preciso mesmo ir paixão.

Insônia | Gabriel B.Onde histórias criam vida. Descubra agora