capítulo 23

6.5K 320 49
                                    

MARIA JÚLIA

Não vou negar que estou bem curiosa com o esse jogador tem para me dizer, é engraçado que eu ainda tenha esperança de um dia ele admitir o quanto errou comigo.

O calor das minhas mãos na dele ainda era algo inexplicável de diferente, vou continuar forçando a barra com o Felipe até conseguir sentir a mesma coisa que com esse traste.

Puxamos olhares de muitos curiosos ao nosso redor, mesmo ele tentando passar pelo canto mais escuro do camarote. Por que o Gabriel tem que ser tão cabeça dura?

Certeza que amanhã vai ter gente postando mentira sobre minha vida de novo. E o pior é que eu fico em um beco sem saída! Se eu não viesse junto com o jogador, duvido nada que a nossa discussão ia ser na frente do camarote inteiro.

Vergonha na cara ele não tem.

—que merda?—passamos por um corredor forrado de preto e descemos duas escadas. Me dei conta de que viemos parar no camarim quando vi o pessoal com crachá na entrada.

—tem passe livre?—o moço da produção perguntou e eu cruzei os braços, meu ex tirou uma pulseira do bolso e mostrou a ele.

—não deixa ninguém entrar antes de eu terminar—arregalei os olhos ao ver o Gabriel deixar duas notas de cem na mão do cara.

Entrei na frente e observei o local com curiosidade, olhei para trás quando escutei o baralho da fechadura sendo trancada.

Aqui dentro o som estava abafado, não dava para escutar com clareza o que vinha do lado de fora e imagino que o pessoal de lá escute ainda menos o que sai daqui.

—sou toda ouvidos, pode começar...—a minha fala foi cortada pela pressão da sua boca contra a minha, nem percebi que ele estava tão próximo a ponto de capturar meu pescoço para si. Levantei os braços em rendição com tamanho susto que tomei.

Ele me envolveu em um abraço apertado e eu até tentei lutar contra as investidas mas desisti quando minhas pernas falharam.

Fechei os olhos me entregando ao beijo repleto de fúria e saudade, as mãos suando e o coração subindo para a garganta, as mãos grossas cravaram na minha bunda e eu segurei um gemido.

—o que quero te dizer, é que eu já estou ficando louco de saudade... e você não pode negar que está sentindo o mesmo—sua boca desceu para o meu ombro depois de ele sussurrar no meu ouvido.

Dei um grito quando ele me tirou do chão sem avisar e me prensou contra a parede voltando a alcançar meus lábios, dessa vez com um beijo mais elaborado e calmo.

Deixei que a sua língua entrasse e puxei o lábio inferior em uma mordida lenta. Me senti como em um sonho, e o mais inesperado é que eu não quero acordar.

O safado deixou várias marcas nas áreas mais sensíveis da minha nuca, as mãos subindo cada vez mais pelas minhas cochas.

Uma tortura lenta pois nunca chegavam ao lugar correto, que eu inclusive já sentia pronto para recebê-lo. Que doideira.

A está altura do campeonato eu já estava completamente entregue aquele sentimento imparável de absorção.

Esse homem ainda vai acabar com a minha saúde mental.

—Gabe por favor... não faz isso comigo—implorei com toda verdade que tinha no meu peito, minha voz por pouco não saia—não faz um estrago maior do que tu já fez.

Acho que eu não aguentaria ser deixada por ele de novo, mesmo sabendo que a decisão de me afetar é minha.

Ele segurou meu rosto com as duas mãos e encarou toda a dor que eu carregava no meu olhar naquele momento, o carinho que ele fez parecia cortar minhas emoções.

—se você disser que me quer longe para sempre agora, eu juro que saio e nunca mais te incomodo—ao mesmo tempo que ele me pedia para negar, fazia um jogo com a minha cabeça se aproximando cada vez mais.

Estava em chamas, furiosa pelas mágoas passadas. Ao mesmo tempo que eu tinha vontade de beijar cada parte do corpo dele, eu tinha vontade de soca-lo até tirar toda aquela raiva de dentro de mim.

—eu te odeio Gabriel, te odeio tanto que não consigo te deixar—admiti com as nossa testas coladas.

—faz amor comigo?—sussurrou quando nos desvinculamos por segundos.

E cansada de lutar contra mim mesma eu puxei sua camisa e grudei nossos lábios, o próximo passo foi ele quem deu puxando meu cabelo com um força que eu nunca imaginei que ia gostar.

Meu corpo todo está aceso e pronto para os planos que ele tiver para mim, o raciocínio tão longe que eu só consigo pensar em como o quero o mais rápido possível.

Me senti abandonada quando o homem me deixou no chão de novo, preciso do calor dele.

Gabriel tirou uma chave do bolso e abriu uma porta de madeira que eu não tinha visto ali, sorriu de lado fazendo um sinal com a cabeça para eu entrar.

—bem-vinda paixão—o banheiro tem uma luz vermelha formando um clima altamente sexual, como se já estivesse esperando por nós.

Ele me colocou em cima da bancada de mármore e suas mãos agarraram meus seios libertando os dois com facilidade pelo vestido ser bem aberto, surtei quando sua boca encontrou um dos me estimulando.

Enrolei minhas pernas em sua cintura trazendo o quadril dele para mais perto e fazendo fricção com o meu, escutei ele gemer baixinho.

Era complicado tirar meu vestido, mas ele deu um jeito de expor a maior parte do meu corpo deixando marcas com a pressão da boca por toda a minha barriga e me torturando ao passar muito tempo na minha virilha.

É certo o que o futuro preparou, entenda, meu amor
Que briga de nada adianta
Deita nessa cama, para de querer formar caô, mulher.

Respirei fundo quando um dedo me tocou por cima do tecido de renda.

—sempre tão molhada para mim—ele sorriu e eu observei vidrada seus próximos movimentos—hoje eu quero te foder com a sua calcinha, ela vai ser o meu prêmio no fim da nossa brincadeira.

Ele abriu bem as minhas pernas e se agachou até chegar na altura da minha boceta, me lançando um sorriso sacana. Dobrei a coluna quando seus dedos voltaram a me torturar, tão devagar.

—por favor...

—o que você quer de mim Maria Júlia?—perguntou assoprando na minha virilha, fechei os olhos tentando recobrar meu auto controle.

—por favor me chupa Barbosa—escutei a sua risada, não me importava de implorar desde que fosse recompensada com prazer.

Deixa a luz apagada
Com a porta trancada e vamos recomeçar

Eu e você
Curtindo num motel por aí
Transando ouvindo Cabelin.

Gritei colocando a mão na boca para abafar quando sua língua encostou no meu clitóris, agarrei o mármore frio como se minha vida dependesse daquilo. Puta que pariu.

Insônia | Gabriel B.Where stories live. Discover now