XLIV: O drama dos inocentes Midoriya.

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ヘ┌Inko Midoriya pov┐ヘ

"Inko Inko... Você não aprende não é mesmo?"

─ Por favor saia da minha cabeça... Porque não fala comigo normalmente?

─ Entendo entendo, reconheço o que tenta fazer, mulher. Não irá se livrar de mim tão cedo.

─ Você não é a pessoa com quem eu me casei... Não é o pai do meu menino, nunca foi!

─ Fazendo birra como uma criança...Já se olhou hoje? Quanto mais você reclama mais desgastada fica, essa individualidade falsa que você carrega até hoje está te matando mais do que eu mesmo conseguiria.

Levantando minha cabeça e encarando sua face deformada, como se se rosto original ainda estivesse ali.

─ Você me pôs a isso, eu nunca fui suficiente... - Minha voz sai chorosa.

─ Realmente, e você amaldiçoou seu filho como "sem individualidade". Quem diria que era hereditário? - Termina com uma risada sarcástica. - Porém não a culpo, querida... Nosso menino se provou muito digno de qualquer coisa que quisesse possuir, e eu nem precisei fazer nada.

─ Ele nunca esteve ao seu lado, Hisashi. Nunca mesmo, e eu fiz questão de o avisar disso.

Senti o homem tremer, eu sei seu ponto fraco. E o mesmo que o meu, porém de outra forma.

Hisashi tem medo do que Izuku poderia ter feito, afinal ele matou All Might, coisa que nem All for One em si conseguiu em tanto tempo, poucos dirão que foi pelo preparo outros só iriam o subestimar.

─ Mulher, não profana aquilo que não tem conhecimento, te entreguei tudo que tens... Inclusive a telecinese. Eu sou seu chefe e você me obedece, você é a subordinada. -  Diz firmemente, suas palavras são mais afiadas que flechas e elas são bem objetivas nos seus alvos.

─ Sim... Tem razão, perdão. Meu marido e meu chefe... Eu vou me retirar.

Dizer isso quase no automático é algo que dói um pouco. Doeria mais se eu não soubesse o que pretendo fazer.

~~~~~

◉ミShigaraki Tomura pov ミ◉

Lendo e relendo aqueles cadernos enigmáticos do menino verde.

De fato eu não me lembro que era o caderno específico que deveria ler, então por algum motivo intuitivo comecei de trás para frente.

Do décimo terceiro ao primeiro.

A garota quase não para quieta em casa. Ela se resume a treinar Eri e sair com uma moto que eu não faço ideia de onde ela tirou, acaba por voltar pela noite.

Ela não fala muito, apenas me disse onde estava a pilha de documentos numerados do Izuku.

Lendo e lendo, pulei muita coisa rabiscada, aparentemente eram anotações antigas adorando certos heróis.

Esse garoto não tinha jeito.

...

E até que em fim no primeiro, como se eu tivesse passado uma tarde inteira olhando para cima e folheando as desgastadas páginas, a vitória chegou.

Pulando novamente as páginas rabiscadas datadas de mais ou menos dois anos atrás, encontro o que eu procurava finalmente.

"Escrevendo mais uma vez nesse caderno em forma de sepultura. Enfim se alguém além de mim está com as mãos nisso é por que eu realmente morri. Ou não. É o seguinte, primordialmente já sabia que o "eu" era um lado ruim, que no caso punia as pessoas descaradamente e sem dó, e realmente era isso ha-"

"𝑴𝒆𝒖 𝒏𝒐𝒎𝒆 é 𝒂 𝑽𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆" - Uma Jornada DiferenteWhere stories live. Discover now