𝘼𝙘𝙖𝙨𝙤

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40 comentários e eu solto o próximo

𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀🩷

Eu pensava que quando alguém da escola descobrisse sobre a minha gravidez ia rolar fofocas, olhadas tortas e julgamentos. Mas eu nunca imaginei que as pessoas seriam tão cruéis ao ponto de estarem me difamando nas redes sociais.

Hoje de manhã fui acordada pelas notificações que estavam chegando no meu celular e desde então estou jogada na minha cama , com o meu notebook aberto , lendo todas as coisas que estão dizendo de mim.

Tem comentários do tipo: "puta" "vadia" " vagabunda". É isso está me deixando completamente pra baixo.

A porta do meu quarto é aberta e Victor e Carol adentra ao meu quarto, tento rapidamente limpar o meu rosto encharcado mas vai em vão, eles já haviam percebido e eu tenho certeza que estou com as bochechas vermelhas.

—— ah amiga...eu sinto muito por isso —— Carol se senta ao meu lado na cama e abraça o meu ombro, me puxando para ela.

Dou de ombros —— eu estou bem..

—— é claro que você não está. Ninguém fica bem em uma situação dessas! —— Carol diz e deixa um beijo no topo da minha cabeça.

—— pelo menos eu nunca mais vou voltar lá!

—— eu acho que isso vai ser o melhor pra você nesse momento —— foi a vez de Victor falar e se sentar na ponta da minha cama.

—— como as pessoas podem ser tão cruéis assim? —— minha voz falha e lágrimas descem pela minha bochecha novamente —— por que eu sou uma puta? Só porque eu engravidei? Só porque eu engravidei? Fala sério, tem garotas naquela escola que já passaram na mão de todos os meninos, só não tiveram o azar de acabarem grávidas!

—— você não é puta Bárbara. Não deve dar ouvidos pra aqueles idiotas, eles não fazem ideia do que você está passando! —— Victor toca a minha mão com leveza e depois se levanta, pegando o notebook que estava em meu colo e o meu celular na escrivaninha.

—— 'tá fazendo o que? —— pergunto a ele.

—— acho melhor você ficar sem isso por um tempo, pelo menos por hoje e amanhã.

—— eu não posso ficar sem o meu celular Victor!

—— claro que você pode Babi. Se você ver toda aquela merda nas redes sociais, você vai ficar pra baixo e vai ficar remoendo isso. É melhor ficar sem!

—— Carol..—— olho para minha amiga tentando buscar o apoio dela mas ela nega com a cabeça.

—— ele tem razão amiga. Victor vai ficar aqui pra te distrair e cuidar de você. Eu realmente queria mas você sabe né..tenho que cuidar da minha avó.

A avó de Carolina já estava bem velhinha e tem uns dois meses que Carol está ajudando a sua mãe a cuidar da sua vó.

—— como sai da escola cedo, já vou ir pra casa. Talvez a minha mãe precise de ajuda. Ah, mas se você quiser, posso ficar aqui. Eu converso com a minha mãe e expli..

—— pode ir Carol. Sua mãe precisa de ajuda —— abro um sorriso fraco pra reconforta-la.

Carol me abraça e se despede de mim antes de se levantar e sair pela porta do meu quarto.

—— vai embora Victor. Tenho 17 anos, não preciso de babá! Vou dormir agora, estou com sono —— me deito na cama e puxo a coberta até os meus ombros.

—— nada disso, eu vou ficar aqui —— ele começa a tirar o seu tênis me fazendo revirar os olhos —— eu estou com bastante sono também, sabe? Esse negócio de acordar cedo pra aula é um porre —— Victor se deita ao meu lado e se cobre.

—— você é teimoso é chato!

—— não mais que você!

Estreito os meus olhos para ele —— você me irrita bastante sabia ?

—— eu sei —— ele leva seu polegar até o meu rosto e limpa algumas lágrimas que ainda estavam ali —— pare de chorar, tenta esquecer isso. O que importa é que você e a bebê está bem, o resto que se foda!

Concordo e me aconchego na cama. Depois de um tempinho sinto meus olhos pesados e adormeço.