𝘼𝙘𝙖𝙨𝙤

08

𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀🩷

Me encaro no espelho e retoco o meu brilho labial. Eu estava me arrumando pra ir ao jantar na casa dos Camilo's, confesso que estou um pouquinho nervosa pelo fato de não conhecer ninguém. Mas eu acho importante conhecer a família paterna do meu bebê.

Eu estava vestida em um vestido branco que era um pouco coladinho, uma jaqueta de couro preta por cima e nos pés eu calçava um all star preto. Meu cabelo estava com uma pequena quantidade de cabelo presa e o restante solto, em um penteado simples.

Pego minha bolsa e o meu celular e desço as escadas —— pai, você pode me levar lá? Meu carro já está dentro da garagem.

Meu pai se levanta e pega a chave de seu carro na mureta —— claro, vamos.

Me despeço do meu pai e desço do carro. Caminho até a entrada e toco a campainha. Não demora muito pra uma garota com longos cabelos prestos abrir a porta e sorrir para mim.

—— oi, você deve ser a Bárbara, estou certa? —— ela me dá passagem pra entrar e assim eu faço.

—— sim, mas pode me chamar de Babi —— retribuo seu sorriso enquanto ela fecha a porta —— e o seu nome, qual é?

—— sou Alana Camilo, prima do panaca do Victor —— Alana revira os olhos e depois repuxa os lábios pro lado.

Estendo minha mão em sua direção —— é um prazer conhecer você, Alana —— ela nega meu aperto de mão e me surpreende com um abraço apertado.

—— o prazer é todo meu! Você não tem noção do quanto eu estava ansiosa pra te conhecer —— desfazemos o abraço —— quando tia Angélica disse que íamos ter um bebê na família eu fiquei muito empolgada.

Bom, pelo menos alguém está.

Alana segura a minha mão e me puxa —— vem, vou te apresentar ao pessoal.

Entramos na sala e tinha algumas pessoas, todas adolescente. Devem ser primos.

—— olha gente , a Babi chegou —— todos os olharem veem até mim e as pessoas abrem um sorriso —— aquela ruiva é Lara —— a Lara acena gentilmente para mim —— aquele com o cabelo descolorido é Mat. O de cabelo preto é Cole e bom, aquele moreno com a cara de bunda você já conhece —— ela gesticula em direção a Victor e faz uma careta engraçada me fazendo rir.

Aceno timidamente —— olá pessoal, sou a Babi.

—— vem agora vamos lá na cozinha. Tia Angélica estava ansiosa pra sua chegada —— Alana segura minha mão e me leva até a cozinha, quando Angélica me vê , vem até mim e me abraça.

—— que bom que você chegou Babi —— ela se afasta e pousa sua mão em minha barriga —— e como você e o meu netinho estão?

—— estamos bem, tirando a parte dos enjoos, vômitos e algumas dores.

—— isso é normal, a parte dos enjoos e vômitos passa, agora a dor...continua até quando o bebê nascer, mas nada que você tenha que se preocupar agora.

Converso um pouco com Alana, Angélica e algumas tias de Victor na cozinha e depois Alana me apresenta aos tios , que estavam lá fora jogando truco.

Já na sala, eu me sento perto das meninas, os meninos estavam concentrados no vídeo game. Eu estava com um pouco de vergonha então por isso eu encarava as minhas mãos enquanto puxava as pontas dos meus dedos.

—— então Babi —— Lara chama a minha atenção me fazendo olhar para ela —— como anda os garotos?

Solto um riso —— bom, no momento não estou conseguindo pensar muito em garotos. Mas antes de eu descobrir a gravidez eu até que me divertia um pouco e ficava com alguns meninos.

—— saiba que a gravidez não impede você de conhecer garotos novos, beijar e...você sabe. 

—— ah, eu não sei se os garotos vão se interessar por mim agora que estou grávida, eles já não se interessavam antes..

—— para com isso Babi! —— Alana me repreende —— primeiramente: eles não precisam saber que você está grávida e segundamente: você é linda. Impossível os garotos não se interessarem por você.

—— obrigada pelo elogio, Alana —— sorrio gentilmente para ela.

Lara se aproxima de mim e diz em um tom baixo —— como esta o Victor em relação a gravidez ?

Abaixo minha cabeça e suspiro.

—— eu acho que está odiando, e não é exagero meu. Ele só assumiu por obrigação, não demostrou nenhum afeto até agora. Ele odeia o bebê e me odeia. Fico até um pouco apreensiva quando penso em como ele vai reagir quando o bebê nascer —— sinto meus olhos marejarem —— e se...ele não gostar do bebê, não cuidar direito, não se importar? Eu vou está sozinha, poxa! Eu só quero que o meu bebê tenha um pai que o ame, entendem ? —— limpo rapidamente uma lágrima que desce pela minha bochecha.

—— nós conhecemos o Victor, ele tem essa marra mas eu acredito que as poucos ele vai amolecer o coração e vai amar o bebê —— Lara diz enquanto faz um carinho em minha mão.

—— e se....talvez isso não acontecer, nossa família vai amar esse bebê muito. O que não vai faltar para essa criança é amor. Eu já amo!

—— eu também —— as meninas sorriem e eu faço o mesmo.

—— obrigada meninas, fico feliz em saber que tenho o apoio de vocês.

Angélica chega na sala e nos chama pra jantar, todos nós levantamos e fomos até a sala de jantar.

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Quem amou a Alana e a Lara?