Marauders Era - A Quinta Fundadora

Capítulo 14-Lua

Tudo bem eu admito eu esqueci de postar o capítulo ontem, a todo caso boa leitura e por favor votem e comentem.

Tw:Ataque de pânico leve.

Maya observava em silencio a conversa entre os dois diretores, depois do ataque e da morte dos pais ela raramente se pronunciava, uma resposta de sua mente ao trauma ainda recente. 

Ela não conseguia encontrar a própria voz dentro de si, não que ela quisesse realmente falar, não possuía disposição pra isso enquanto tudo oque restava dela era uma casca oca, um reflexo do que era antes.

Seus olhos se desviaram das pessoas a sua frente e desceram pra suas pernas, ela pode ver em seu joelho uma cicatriz, a memoria do dia em que a conseguiu ainda estava viva em sua mente. 

As risadas preenchiam o ar, uma garotinha no auge de seus quatro anos corria atrás de uma borboleta azul, o vento balançava seus cabelos, as peônias do jardim de sua mãe produziam um aroma agradável. Naquela tarde o não haviam nuvens e o céu estava incrivelmente azul, o sol brilhava alto no céu e a brisa refrescava o lugar.

O canto dos pássaros ressoava de algum lugar dentro da mata, sentados sobre uma toalha branca estendida na grama, um homem e uma mulher repousavam silenciosos jogando xadrez e observando a filha, a voz da mulher se ergueu em um pedido para que a menina não fosse muito longe.

A pequena menina tropeçou e foi ao chão, seu joelho se chocou com uma pedra pontiaguda e lagrimas caíram de seus olhinhos, sua mão se agachou ao seu lado sussurrando palavras de conforto a ela. Com um movimento da varinha da mulher, o corte rapidamente se fechou deixando no lugar uma pequena cicatriz que se destacava na pele negra da criança.

A lembrança alegre de seus pais foi repentinamente substituída pela imagem de seus corpos mortos, flashes do corpo de seu pai sendo perfurado por aquela lança e da vida deixando os olhos de sua mãe a atingiram, sua respiração se tornou ofegante e seu coração disparou, ela pode sentir uma mão em seu ombro e ouvia alguém chamando seu nome e então ela apagou.

— Helg, porque você 'tá de cabeça pra baixo? — Daenerys olhava divertida pra melhor amiga que flutuava de ponta cabeça, a fantasma revirou os olhos e soltou uma espécie de bufo. — Você sabia que a vida pós a morte pode ser muito chata?

— Não...?

— Pois acredite em mim, ser um fantasma é muito entediante. — A platinada sorriu olhando para a loira que havia começado a dar piruetas no ar. — Achei que você gostasse de ser um fantasma.

— E eu gosto, posso ir aonde eu quiser, espiar todo mundo, atravessar as paredes, mas continua sendo chato.

— E oque você faz quando 'tá entediada?

— Eu sento e choro. — A Targaryen soltou uma risada, ela tinha se esquecido de como a amiga podia ser sarcástica quando queria. — Helg, fantasmas não podem chorar. — Helga apenas a encarou com uma expressão incomum de desdém, arrancando mais risadas de Daenerys.

— Agora falando sério Dae. — A garota fixou toda sua atenção em sua amiga que de repente estava muito séria. — Eu ouvi alguns fantasmas comentarem que uma aluna nova vai começar aqui essa semana.   

— Tudo bem, algo de especial nela?

— Tudo que eu sei, é que ela se chama Maya, é órfã e veio do brasil a pedido da diretora do Castelo Bruxo, pensei que talvez você fosse querer saber antes de conhece-la.

— Você me conhece bem, Helg, vou ficar de olho.

— Você passa muito tempo aqui, gosta das estrelas? — Daenerys olhou sobre o ombro para o dono da voz, não ficando surpresa ao encontra Remus caminhando até ela. — Na verdade, eu prefiro a lua. — Um lampejo de emoção passou pelo rosto de Lupin antes que ele o escondesse sob uma mascara de indiferença, ele se sentou ao lado dela e olhou para o céu

— Porque?

— Ela me ouviu quando precisei e me ouve hoje, quando o fardo é pesado demais para suportar, eu sento e converso com a lua, ela é uma boa ouvinte.

Ele a olhou por um momento antes de voltar seu olhar para a bola prateada a cima deles, ele não gostava da lua, na verdade ele a odiava, sempre que pensava nela a relacionava com sua licantropia e nunca havia conseguido desvincula-la de sua própria dor.

Ao contrario do que o lobisomem pensava, a platinada ao seu lado estava bem consciente de seu dilema interno, ela sabia como era se sentir assim, por muito tempo depois que saiu de sua prisão pessoal, ela não conseguia dormir, pois ligava o sono a vulnerabilidade e naquele lugar ela nunca podia estar vulnerável, levou muito tempo até que ela conseguisse relaxar um pouco a noite  e mesmo assim seu sono ainda era muito leve.

Então ela entendia bem a aversão de Remus com a lua, mesmo que ela própria amasse o corpo celeste, durante o tempo em que ficou presa lá, ela olhava através da pequena janela durante a noite e falava com a lua, se agarrava a ela como forma de esperança de que um dia ela sairia dali.  

Ela e o Lupin passavam muitas noites sentados lado a lado ali na torre e apesar de trocarem algumas palavras e vez ou outra iniciarem uma conversa, era mais comum que permanecessem em silencio, aproveitando o ar frio da noite e a calmaria do lugar. Eles gostavam daquele tempo que passavam ali, era como se todos os problemas desaparecessem por um momento, e aquela paz era apreciada quando se tinha tantos problemas.

Depois de vários minutos, Remus pareceu chegar a um consenso com sigo mesmo e então respondeu:

— A lua é realmente muito bonita.

Enfim Maya chegou a Hogwarts, acho que no próximo capitulo ela já deve passar pela seleção, agora, mudando de assunto, que povo traumatizado viu? Todo mundo ali precisa de uma terapia urgente.

Cena da Helga entediada flutuando de cabeça pra baixo é perfeita cara, e os momentos fofos do Remus e da Dae? Amo demais, muito perfeitos.

E uma curiosidade, eu sou obcecada pela lua e pela noite, o que é um tanto controverso já que eu sou da corte diurna kkkkkkk.

Bom dito isso, já sabem né? Eu revisei o capitulo, mas posso ter deixado passar algum errinho então relevem.

Bjs, até semana que vem<3