Marauders Era - A Quinta Fundadora

Capítulo 4-Daenerys Targaryen

A garota passou os olhos pelo local observando cada um deles, e então ergueu seu tronco lentamente se sentando. O silencio reinava no lugar, somente o som de suas respirações e as batidas de seus corações eram ouvidas, a platinada levou um de suas mãos até a frente de seus olhos e mexeu lentamente os dedos como se redescobrisse como fazer aquilo. Ela então olhou na direção deles e abriu a boca, sua voz saindo rouca e falha devido ao tempo que sem uso.

—Olá. —Sua mão foi em direção a garganta enquanto ela fazia uma careta de dor, era a mesma voz que eles ouviram tentando convence-los a tocar o anel, era ela que falava com eles naquele momento. —Oi, você é Daenerys, não é? —Remus se dirigiu a ela de maneira calma e tentando manter a voz da maneira mais suave possível, afinal a garota havia acabado de acordar de um sono de mil anos, devia estar confusa.

—Sou eu, foram vocês que me despertaram, não foi? Eu vi vocês chegando, sabia que o feitiço iria ser quebrado. —Ela mantinha a voz rouca o mais baixo que conseguia, falar era um desfio imenso, era como se dezenas de facas cortassem sua garganta. —Sim, fomos nós, eu sou James, esses são Remus, Sirius e Peter. —Ele indicava os amigos enquanto os apresentava, Daenerys piscou os olhos vermelhos com delicadeza antes de responder.

—Obrigada por me acordar, por quanto tempo eu dormi?

—Uns mil anos, mais ou menos. —Remus encarou Sirius com repreensão pela falta de tato ao falar aquilo, mas a platinada não pareceu se importar, apenas se virou para a borda do caixão e tentou se levantar, mas suas pernas estavam fracas e ela quase foi ao chão se não fosse por Remus que laçou sua cintura com os braços e a segurou. —Tudo bem? Se machucou? —Por algum motivo a simples ideia de vê-la machucada fazia seu coração doer, ele não entendia isso já que havia acabado de conhece-la, não tinha motivos para que se preocupasse tanto com ela.

—Estou bem, obrigada por me segurar.

—Ao seu dispor. —Ele disse em um tom bem humorado e com um sorriso leve no rosto que ela retribuiu. Os outros observavam a interação com caras engraçadas, Remus parecia ter gostado dela, aquilo era um bom sinal, ele sempre sabia quando alguém não era confiável, se ele gostava dela então eles poderiam ficar mais tranquilos.

Daenerys saiu da sala com a ajuda de Lupin e dos outros e se sentou na poltrona em frente a lareira, mesmo tendo acabado de despertar, era visível a elegância e a postura da garota, ela claramente era alguém de muita classe.

—Vocês acharam minha caixa, não acharam? Eu preciso dela, minha varinha esta lá dentro. —Remus olhou para James e pediu tranquilamente para que ele pegasse a caixa sobre a mesa, coisa que ele fez rapidamente, colocando o objeto sobre o colo da garota. Com uma calma surpreendente ela pegou a caixinha retangular do interior da caixa maior e segurou com uma das mãos, ela então levou o dedo indicador até uma de suas presas e fez um pequeno furinho em sua ponta. Com o sangue que saiu ela manchou o feixe do objeto e então puderam ver a tampa se abrindo.

Lá dentro acomodada de maneira confortável, estava uma varinha negra com entalhes em forma de labaredas, um cristal prata brilhante adornava a extremidade da varinha, era perfeita. As mãos de Daenerys tocarão a varinha e com um aceno quatro outras cadeiras foram conjuradas no local. Eles se sentaram e olharam uns para os outros antes de Sirius levantar uma questão séria.

—Ah, gente o que vamos fazer agora? Digo, ela não pode ficar escondida aqui em baixa, vamos ter que levar ela pro Dumbledor. —Eles ainda não tinham pensado sobre isso, mas era verdade, ela não poderia ficar ali pra sempre e o diretor precisava saber sobre ela.

—Quem é Dumbledor?

—É o diretor de Hogwarts, inclusive a essa hora a escola inteira já deve estar nos procurando, quer dizer, a gente sumiu da detenção ontem e já devemos estar aqui a horas. —E Remus estava certo, no castelo acima deles uma comoção acontecia, professores e funcionários reviravam a escola em busca dos quatro, temiam que eles tivessem sido levados por comensais. 

—Então me levem com vocês, irei ter uma conversa com o seu diretor. —Eles se olharam antes de concordar com a cabeça, Remus se ergueu caminhando até ela e a ajudando a se por de pé. Ele apoiou ela até a porta, onde ela balançou a varinha e a parede se abriu revelando o mesmo corredor sem saída onde eles encontraram a entrada. 

Foi uma longa caminhada, tinham de andar bem devagar por conta da platinada, além de evitar as pessoas que procuravam por eles, não era uma boa ideia que todos soubessem sobre a garota.

Avistaram a professora McGonagal em um dos corredores e foram até ela, a velha bruxa tinha o rosto retorcido de preocupação e quando colocou os olhos nos jovens a sua frente, parecia que iria explodir de irritação .

—Onde é que vocês estavam? Tem noção da confusão que a escola está? As aulas foram canceladas e todos os professores estão procurando por vocês!

—Nós sabemos que erramos professora McGonagal, mas agora nós precisamos falar com o diretor Dumbledor, é importante. —James disse respondeu a sua professora mais querida e apontou com a cabeça em direção a garota apoiada em Lupin. Minerva guiou seus olhos em direção a platinada e talvez por perceber que uma garota que ela nunca viu estava apoiada em um de seus alunos favoritos para conseguir andar, mas ela rapidamente assentiu.

—Venham comigo, depois tratamos da punição de vocês. —Ela os guiou pelos longos corredores de da escola andando mais lentamente para que Daenerys pudesse acompanhar. A garota olhava para aqueles corredores com um olhar de nostalgia e reconhecimento, ela havia sido uma das fundadoras daquilo, aquele lugar era sua casa e um sentimento de orgulho enchia seu peito ao ver que mesmo depois de mil anos, o lugar ainda se erguia imponente e soberano nas montanhas da Escócia. Pararam em frente a porta do escritório de Dumbledor, Minerva bateu na porta ouvindo um entre abafado, minerva abriu a porta e logo eles estavam dentro do local.

Já sabem, né? Eu revisei o capitulo mas pode ter passado algum errinho então relevem.