Capítulo 5-Dumbledor

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Dumbledor estava sentado em sua cadeira observando a todos quando seu olhar parou em Daenerys, suas sobrancelhas se juntaram e seu rosto se torceu em confusão, Minerva foi a primeira a quebrar o silencio.

—Encontrei eles no corredor diretor, eles disseram que tinham um assunto importante para tratar com o senhor.

—Entendo, vocês nos deram um susto e tanto garotos e quem seria você minha jovem? —Ele olhava fixamente para a platinada quando perguntou, e a garota com uma confiança surpreendente e de cabeça erguida respondeu. —Meu nome é Daenerys Targaryen. —O diretor ficou ainda mais confuso, ele conhecia aquele nome de algum lugar, só não sabia de onde.

—Quem são seus pais minha jovem? Sinto que conheço seu nome de algum lugar. —Sua fala era pensativa, ele rodava toda sua mente procurando a resposta para sua pergunta, mas não foi preciso, a garota respondeu de maneira firme e calma com uma autoridade surpreendente para alguém que aparentava ser tão jovem.

—Você me conhece pelos boatos que rondam a historia da criação de Hogwarts, porque eu sou a quinta fundadora. —McGonagal ficou três tons mais pálida e o diretor arregalou os olhos em sinal de surpresa e descrença.

—Mas isso não seria possível senhorita Targaryen, nunca existiu a confirmação da existência de uma quinta fundadora e além do mais, mesmo se houvesse existido ela já estaria morta a muitos séculos.

—Não se estivesse sob um feitiço hibernação, diretor. —A fala de James chamou a atenção dos pressentes para si e Daenerys o corrigiu rapidamente. —Não era um feitiço de hibernação, era um de armazenamento de almas, demorou muito pra desenvolver.

—Se a senhorita diz a verdade, então como está aqui agora? —Dumbledor tinha um olhar pensativo no rosto, não poderia confiar naquela garota sem ter certeza, ela podia ser uma comensal disfarçada e seus olhos vermelhos lembravam muito os de Tom Riddle, agora Voldemort.

—Isso é culpa nossa diretor. —Minerva o olhou de maneira severa, claramente irritada com a situação.

—Explique-se senhor Black. —Uma ordem clara e sem brechas para objeções, os marotos se entreolharam, decidindo de maneira silenciosa quem iria começar a falar, Remus então iniciou seu discurso ainda apoiando a garota e mantendo-a de pé.

—Estávamos limpando a sala que a senhora mandou professora McGonagal, quando eu encontrei uma caixa com o emblema de um dragão e o sobrenome dela. —Lupin indicou na direção da platinada, os olhos de Minerva e Dumbledor observavam tudo com cautela em busca de qualquer sinal de perigo que a menina pudesse representar. —Nós abrimos a caixa e achamos um mapa, começamos seguir o caminho que estava indicado no papel, quando acabamos nos encontrando com o fantasma de Helga Hufflepuff.

—Ela reconheceu a caixa e comentou que pertenceu a uma grande amiga, então perguntamos a ela se podia nos contar mais sobre a dona da caixa. —Com a fala de James, Dumbledor estava ainda mais confuso, Helga sabia sobre a jovem? —Quando ela concordou, nós fomos com ela até a sala dela.

—Foi quando ela nos contou a historia da Daenerys, diretor. —A jovem apenas ouvia tudo com atenção os olhos atentos, juntando cada informação que podia ser útil, ela não havia se tornado alguém tão poderosa e respeitada em sua época sendo descuidada e se tinha uma coisa que ela aprendeu foi a não confiar em ninguém, não importa o quão indefesa a pessoa pareça. Tendo a atenção sobre si Sirius continuou narrando os acontecimentos daquela longa e cansativa noite.

—Mas ela não sabia o que tinha acontecido com a melhor amiga, Helga acreditava que ela havia desaparecido.

—Então nós saímos da sala dela e começamos a seguir o mapa, ele levou a uma passagem escondida, onde nós encontramos um diário que explicava oque tinha acontecido de verdade.

—E oque foi que aconteceu senhor Peter? —Pettigrew se encolheu um pouco diante do tom da professora, mas antes que ele pudesse responder Daenerys interrompeu.

—Eu estava sob risco de vida, três de meus companheiros estavam tramando contra mim, planejavam me trair e me matar em uma tentativa de roubar os meus poderes, então eu transferi minha alma para um anel e coloquei meu corpo em um caixão de vidro sob proteção de um feitiço antigo de preservação. —Antes que Dumbledor ou Minerva pudessem dizer alguma coisa Lupin tomou a atenção para si novamente e continuou.

—Peter encontrou o anel e nós tocamos nele, e foi assim que ela acordou, diretor Dumbledor, depois disso nós troucemos ela pra falar com o senhor. —O homem pensou por alguns segundos antes de se virar para a professora ali presente e pedir que ela encontrasse e levasse o fantasma da fundadora da lufa-lufa até ali, para que ela confirmasse a identidade da garota de cabelos brancos e olhos vermelhos, que agora o encarava de maneira intensa como se pudesse ver sua alma e descobrir cada segredo que o mesmo escondia.

E ela realmente podia, se fosse de sua vontade, Daenerys Targaryen podia fazer quase qualquer coisa. Mas nem sempre isso foi uma coisa boa, ainda mais quando outras pessoas descobriam sobre esse pequeno fato e ela não demorou muito para perceber que se quisesse conseguir passar dos 17, teria que crescer antes do tempo e aprender rapidamente a jogar como aqueles a sua volta e assim ela fez. Então depois de tanto tempo, ela já não se sente mais culpada por invadir a mente, a alma e o coração de Dumbledor, para garantir que o homem não representa um perigo para a mesma e se representasse, ela não teria problema nenhum em tira-lo do jogo. Afinal, no jogo da vida ou você caça ou é caçado e ela não permitiria que ninguém a caçasse de novo.

Gente, a Daenerys foi uma criança que teve que crescer rápido demais para conseguir sobreviver, ela não teve alguém que a protegesse ou cuidasse dela, então ela começou a fazer isso sozinha. Assim como está escrito ai no ultimo paragrafo, ela não vê problema nenhum em invadir a privacidade das pessoas e desvendar cada parte da sua mente, alma ou coração, se isso for garantir a sobrevivência dela. Assim como ela vê os outros como peças de um grande jogo de xadrez, que é a vida e ela não se importa em tirar as peças de jogo (se é que vocês me entendem) em prol da própria segurança. Ela não é uma psicopata ou uma assassina, ela é uma sobrevivente, é alguém que nunca teve família ou o mínimo de afeto e que encontrou seu próprio meio de se manter viva. E se coloquem no lugar dela, ela lutou a vida inteira, nunca teve amor ou alguém pra se importar com ela e quando ela encontrou os outros fundadores, ela teve que lidar com a sensação de saber que eles planejavam mata-la e a próxima vitima poderia ser a melhor amiga dela. Então, não julguem a Daenerys, ela não é má, só está quebrada e acostumada a ter que lutar pela vida a qualquer custo.

Dito isso, já sabem né? Eu revisei o capitulo, mas algum errinho pode ter passado, então relevem.

Bjs e boa semana.

Marauders Era - A Quinta FundadoraWhere stories live. Discover now