•53•

17.3K 1.5K 383
                                    

+ 70

Chefe 💸

Acordei com mensagem da Luana e já estranhei, papo que a gente ficou umas vezes ai, mas depois se afastamos, ela começou a ficar estranha e eu até ouvi gente falando que ela tava no posto, com problema de anemia.

Ouvi barulho no portão e levantei do sofá, destrancando a porta, os cara deram licença e ela veio entrando, tranquei a porta e ela ficou de costas.

Chefe : E ai, qual foi? -Fui pra frente dela, que desviou o olhar do meu. Olho tava vermelho e o rosto inchado. -Que que ta pegando, Lu?

Ela fungou, ficando por uns minutos, mas logo começou a chorar. Colocou as mãos no rosto e eu puxei ela pelo braço, sentando a mesma no sofá.

Chefe : Luana...pô, que isso? -Perguntei e ela me olhou, secou o rosto outra vez e comprimiu os lábios, começando a tremer.

Luana : Chefe...eu tô grávida. -Falou em um sussurro, e quase eu não conseguir ouvir. Ela me encarou, secando o rosto outra vez e eu passei a mão na nuca.

Chefe : Grávida? -Perguntei pra vê se tinha escutado certo e ela confirmou com a cabeça. -Pô, de quem? O cara não quer assumir? Fala que eu resolvo...

Ela franziu a testa, me olhando e uma parada foi se juntando com a outra, percebi no olhar dela e já entendi logo.

Chefe : Pô, é meu né? -Ela confirmou como se fosse óbvio e ai eu gelei na hora.

Luana : E iria ser de quem? -Perguntou, misturando o riso com o choro e eu sequei o rosto dela.

Chefe : Não tinha raciocinado antes caralho, meu mermo. -Passei a mão no rosto e comecei a ri, de nervoso. -E agora, a gente faz o que? Casa e mora junto?

Perguntei pra descontrair e ela acabou rindo, colocando o rosto entre as mãos, passei o cabelo dela pro outro lado e abracei a mesma da forma que deu.

Chefe : Fica tranquila pô, pior que isso só se for gêmeos. -Ela riu e a respiração dela tranquilizou.

Luana : Preciso contar pra minha mãe, você me ajuda? -Perguntou e eu concordei.

Chefe : A hora que você falar a gente vai. -Ela concordou e eu fui na cozinha pegar um copo de água pra ela.

Luana : Ela ta em casa, quero acabar com isso logo. -Falei que ia trocar a roupa e ela ficou na sala me esperando. Papo que eu tava nervoso, mas é isso né, agora é ter responsabilidade e fazer tudo da melhor forma possível.

Nós fomos pra casa dela e foi difícil pra caralho contar pra mãe dela, brigou muito, tanto comigo quanto com ela. Faltou pouco bater na menina.

-Eu só não te esculacho, pelo meu neto, ta entendendo, Luana? -Ela falou alto e ela concordou calada. -Ótimo, agora é criar né, fazer o que.

Luana : E eu continuou aqui, mãe? -Perguntou e eu olhei pra ela, que chorava.

-É óbvio, ta achando que eu vou te colocar pra fora? Tô com ódio mas não a esse ponto, Luana. E você, Chefe, trata de vender muita droga, mas muita mesmo, porque eu quero tudo do melhor pro bebê. -Ela falou alto, mas dava pra ver que tava de boa.

Chefe : Não vai ter caô com isso, pode deixar, tô tranquilo e tenho certeza que eu e ela vamos dar conta.

-Hm, ótimo! Quer dizer, o mínimo. Mas vocês, tem o que em?

Luana : Nada, mãe. Foi deslize mesmo... -Eu concordei, e olhei pra mãe dela.

Chefe : Nada não, né, a gente tem um filho. -Cocei a nuca. -Mas é isso, não sei muito dessas parada, marca as consultas e tudo que precisar no particular, e me avisa, vou em todas. E qualquer parada que precisar pra casa também.

-Você sendo presente na filha do seu filho, ta ótimo.

Chefe : Pô tia, é filha, menina! -Falei no impulso e passei a mão no rosto, mas botava fé no bagulho.

Fiquei ali um tempo e marquei de conversar com a Luana mais tarde, deixei ela se acalmar e ai a gente ia ver tudo. Papo que nós não temos nada, mas ela é maneirinha, apesar de tudo, curto ela demais.

Liguei pro João e perguntei se ele estava em casa e ele disse que sim, fui pra la e fui abrindo a porta. Veio um cheiro da cozinha e eu vi a Victória cozinhando, com o Jp do lado dela.

Chefe : Irmão, nós temos um bebê. -Falei animado e ele riu, vindo me abraçar. -Caralho, nós vamos ser pais. -Segurei o ombro dele que gargalhou, jogando a cabeça pra trás.

Jp : Você vai ser pai. -Falou rindo. -É menina pô, certeza. -Disse e eu não entendi muito bem, como ele já sabia, mas olhei a Victória, rindo com cara de cínica.

Chefe : Amiga, você vai ter uma afilhada, olha que massa. -Ela riu e eu dei um abraço nela.

Victória : Tem tanta certeza assim? -Perguntou mexendo na panela.

Chefe : Não falho, tô te falando. -Falei e ela sorriu, parada que eu tava feliz pra um caralho, não tinha jeito, era meu sonho aquele lance.





céu e fé. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora