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Victória 👛

Sentei na cama enrolada na toalha dele e passei a escova no meu cabelo molhado, ele voltou pro quarto só de bermuda e entregou o meu copo com água.

Jp : Papo que a gente jantou la no rei do espetinho mas eu já tô com uma fome do caralho. Vou pedir um lanche pra mim, quer?

Victória : Divido com você, não aguento comer sozinha. -Ele mandou um áudio pra lanchonete eu acho e eu levantei, indo atrás da minha mochila.

Desisti e peguei a primeira blusa que vi do João, batia na minha coxa. Arrumei a cama, tirando os outros lençóis e coloquei Casimiro no youtube da tv.

Lanche chegou mas eu nem quis comer, deitei e dormi fácil, senti ele voltar pra cama depois de ir no banheiro e me agarrei nele, que beijou minha testa e passou meu cabelo pra trás. Coloquei minha coxa por cima dele, que desceu a mão pro meio da minha coxa. Dormi a noite toda.

Quando eu acordei João não estava, eram nove da manhã e eu até estranhei. Mas da mesma forma levantei e tomei um banho, meu corpo tava todo dolorido e eu lembrei logo de ir tomar meu remédio.

Não usamos camisinha ontem e isso de certa forma me assusta, mas só mentalizei e pedi pra Deus abençoar.

Vesti uma blusa, fazendo um laço na parte da frente e coloquei um shorts curto, com o meu chinelo, meu celular começou a tocar e eu vi que era o meu pai.

Victória : Oi pai, bom dia.

Rodrigo : Quero saber é que história é essa de passar final de semana fora de casa, ta ficando maluca mermo né?

Victória : Tô na casa do João, só isso. -Falei calma e ouvi a respiração dele do outro lado.

Rodrigo : Não gosto disso em Victória, você sabe. Tem casa e cama pra dormir, não precisa disso. -Ele ficou um tempo em silêncio e eu olhei pros meus pés. -Ja tomou café?

Victória : Ainda não, levantei agora e acho que ele saiu.

Rodrigo : Vai ficar ai até amanhã mesmo? Ou vai vir pra casa hoje? -Perguntou sério.

Victória : O senhor que sabe...

Rodrigo : Tô confiando em você, e toma cuidado. Se aparecer grávida agora, antes de terminar a faculdade eu perco minha credibilidade total em você.

Victória : Ta bom pai.

Rodrigo : Te amo, se acontecer qualquer coisa me aciona que eu te busco.

Victória : Amo o senhor também.

Desliguei a ligação e deitei na cama, passando a mão no meu rosto. Caô do meu pai é que ele acha que eu só vou fazer sexo se dormir junto. Não entendo isso, mas também não contesto.

Desci as escadas e vi o João entrar, todo suado com uma blusa no ombro, bermuda, tênis e boné pra trás e umas sacolas na mão.

Victória : Ue, foi pra onde? -Ele segurou minha bochecha e me deu um selinho demorado, falando que tinha ido pra pelada.

Jp : Não te chamei porque eu tô ligado que não ia. -Concordei, porque realmente é verdade, zero ânimo. -Trouxe umas parada pra você tomar café, mas queria ir na feira, se quiser me esperar a gente brota e come um pastel com calda de cana.

Concordei animada e ele subiu, só peguei uma rosquinha e fiquei mexendo no celular. Me ajeitei e nós saímos.

João comprou umas coisas pra casa e eu só comi meu pastel com o caldo. Estranhava porque todo mundo ficava meio olhando, geral conhecia o João, mas pelo que parecia era novidade ele andar com alguém assim.

Jp : Tem certeza que não quer mais nada, linda? -Perguntou e eu neguei. -Certeza?

Victória : Tenho, amor. -Falei olhando pros lados e quando eu voltei meu rosto na direção dele, percebi que ele me encarava com um sorrisão.

Jp : Papo que eu nunca vou me acostumar com isso. -Eu ri por nem ter percebido que tinha falado de tão natural que foi.

Segurei as sacolas e subi na moto de novo. Ele estacionou na praça e disse que ia marcar o corte de cabelo dele. Nisso, formou uma galerinha em volta dele, e comigo que estava do lado dele.

-Leva a tua mulher pô. -Apontou pra mim. -Resenha vai ser boa, de duas hora tudo no esquema ja. -Um amigo dele falou e eu olhei pra baixo, ajeitando minha roupa.

Jp : Jae. -Respondeu e nós ficamos ali por pouco tempo. Mas minha cara já fechou e assim que nós entramos na casa dele eu tirei meu chinelo. -Vai arrumar, meu bem?

Victória : Ai João, eu não vou não. -Sentei no sofá e estendi minhas pernas. -Me perdoa amor, mas pra mim já saturou rolê com amigo seu, se quiser vai sozinho. -Falei tranquila observando minhas unhas.

Jp : Qual foi? Não curte eles? -Perguntou e eu levantei, entrando na cozinha pra pegar água. -Em?

Victória : Não tenho nada contra eles, João. Só acho que se você me chamou pra passar o fim de semana com você, não precisa de ficar enfiando atrás deles todo dia. Toda vez que eu venho, você arruma um rolê pra gente, não tô reclamando, gosto deles, mas seguido assim eu acho desnecessário. A gente já não se ver a semana toda, ficar dividindo você com quinze amigos seu, todos os dias do nosso fim de semana, é foda.

Falei tudo muito rápido, mas com certeza e ele ficou me encarando. E realmente, pra mim não é um problema sair com eles, mas ontem a gente já foi.

Subi pro quarto e deitei na cama de bruços, mexendo no celular. Passou uns cinco minutos e ele subiu, ficou mexendo em algumas coisas e veio literalmente deitando por cima de mim e eu senti o pau dele roçar a minha bunda, enquanto a mão dele colocava o meu cabelo pro lado.

Ele desceu a boca pro meu pescoço, beijando e eu senti os meus pelos arrepiarem com o toque dele.

céu e fé. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora