Equação do Amor(Epilogo)

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Jeon Jungkook 

Dois Anos Depois 

Durante anos, poetas e cientistas discutiram: será que existe uma fórmula para o amor duradouro? Segundo os estudiosos, é possível utilizar os números para formar uma equação do amor.

Vocês sabiam disso? Porque eu não sabia, de qualquer forma eu acho que não preciso de uma equação do amor (tendo em vista que eu sou péssimo em matemática e que meu namorado que é o gênio) porque antes que os números digam algo sobre meu relacionamento eu mesmo posso dizer, estamos cada dia melhores.

Fazia dois anos que eu e Jimin estávamos morando em Washington, de início foi estranho se adaptar, mas Hope ainda estava conosco, o que deu uma ajudada, apesar de termos a mesma idade, minha prima sempre foi mais madura que eu. Jimin estava trabalhando como queria na NASA, após ter seu estudo descoberto por grandes físicos e ficado ainda mais famoso do que o menino gênio, ele descobriu um novo cometa no céu recentemente, tendo o privilégio de batizá-lo como quiser, eu estou na metade da minha faculdade de música e eu já pensei em trancar tantas vezes que perdi as contas, Jimin sempre esteve do meu lado, mas todas às vezes que eu falava isso para ele, eu recebia um "troque de curso se quiser, mas eu não pretendo namorar nenhum burrinho" um jeitinho delicado de me convencer. Além disso, Jimin já estava na metade de seu mestrado em astronomia, eu ficava admirado com o gosto que ele tinha de aprender, terminando uma coisa e já começando outra.

- Está com aquela cara de novo. - alertou Hope me jogando a almofada.

- Cara? Que cara? - pergunto e vejo Jimin se aproximar com uma caneca de café na mão, se sentando em meu colo.

- Aquela cara de quem foi a marte e esqueceu de voltar. - respondeu por Hope rindo. - Então grandão, o que iremos fazer hoje? - perguntou para mim com um sorriso esperançoso.

- Como assim o que vamos fazer? Você tem que trabalhar daqui a pouco, eu tenho faculdade e Hope também. - Eu estava confuso com aquela conversa de maluco porque era dia de semana.

- Não, é seu aniversário, eu tirei folga, quero passar um tempo com você. - Beijou meus lábios com gosto de café.

São pessoais esqueci do meu aniversário, eu estava fazendo 22 aninhos, não tem coisa mais brega que comemorar aniversario depois dos 18.

- Tira meu nome dessa, eu tenho estágio daqui a pouco, mas posso encontrar vocês no bar. - Concordei, amenizaria um pouco, melhor do que ficar em casa cantando parabéns com bolo cheio de glacê.

- Tudo bem, nos vemos a noite Hope, agora eu vou levar meu namorado lá para cima e dar-lhe seu presente de aniversário. - Se levantou do meu colo deixando as xícaras em cima da mesa de centro e me puxando para o andar de cima, eu já estava gostando desse presente.

- Meu deus, eu moro com dois coelhos. - Ouvi Hope resmungar.

- Não deveríamos esperar Hope sair primeiro par... - Comecei a falar assim que entramos no quarto.

- Não era isso que vocês pensaram, eu disse presente. - Tirou de nosso closet uma caixa significativamente grande e colocou em cima da cama. - Vai abra. - Deu permissão e eu me sentei ao lado do embrulho abrindo a caixa e vendo um violão, parecia caro, estava personalizado, era como uma galáxia deixando claro a constelação da sorte de Jimin e uma assinatura em caneta branca.

- Isso é lindo. - Pego ele. - De quem é essa assinatura? - pergunto.

- Lembra quando fui a Hollywood? Eu tinha um pequeno trabalho lá e acabei encontrando nada mais nada menos que Charlie Puth, eu sei o quanto gosta dele e foi no tempo perfeito porque estava indo guardar o violão na casa da Danna. - explicou.

- E desde quando ele tinha uma caneta branca? - pergunto.

- Bom eu tenho muitas canetas, ele é muito fofo, conversou comigo, me chamou para um café e esperou pacientemente eu achar a caneta no meio de milhares dentro da minha mochila. - respondeu.

— Eu amei amor, mas sinto que ele estava dando em cima de você. - Beijo seus lábios.

- Não garoto, ele é hétero, eu acho. Não vamos pensar nisso, toque algo. - Incentivou. Eu fingi que não sabia que tipo de violão era aquele, o preço, só porque o rostinho dele feliz era a melhor coisa do mundo. Jimin ganhava bem, seu trabalho era importante e ele estava ganhando muito reconhecimento, contudo, um violão daquele exigia no mínimo alguns meses guardando dinheiro e me surpreende que ele tenha escondido isso tão bem.

- Você sabia que existe uma fórmula do amor? - pergunto-lhe.

- Sim, ela utiliza fatores como senso de humor dos namorados, número de parceiros anteriores de cada um e a importância que eles dão ao sexo para determinar se a relação é sólida. Não é tão difícil, posso te mostrar depois que você tocar a música que está escrevendo. - Eu sorrio e concordo com a cabeça começando a tocar a tal música incompleta.

Durante esses dois anos eu estive em cada momento da recuperação de Jimin, os remédios que o deixavam sonolento, as crises de ansiedade, e as consultas com o psiquiatra, foi uma luta muito grande, mas o melhor de tudo foi ver depois de um tempo suas visitas diminuindo, ou remédios sumindo e as crises sendo inexistentes, Jimin começou a se exercitar para melhorar seu psicológico e ganhou um belo de um corpinho definido, estava bem com sua família e os visitava constantemente. Ele havia achado seu caminho para a liberdade e eu havia achado o meu caminho para o amor verdadeiro. Não me imagino longe dele, estou pronto para passar 10, 20, 30 anos ao seu lado, mas decidimos que só nos casaríamos quando ele tivesse 30 anos, um prazo para que nós dois chegássemos em nossos objetivos profissionais.

[...]

- 76 - jogou o número aleatoriamente depois de uma boa transa no meio da tarde.

- Do que está falando? - perguntei me virando para ele curioso.

- A fórmula do amor, diz quanto tempo vamos ficar juntos, fiz a conta de cabeça e deu 76 anos. - Respondeu se sentando em meu colo. - Acredito que eu vou gostar de ficar com você durante 76 anos. - Beijou meus lábios.

- Então essa é a nossa eternidade?

- Sim, nossa eternidade...

A Fórmula da Liberdade - JikookWhere stories live. Discover now