SEE RED -Ilcey

bônus final

-Fico louco quando você usa esses vestidos. -A empurrou contra a porta do banheiro. Ceylin olhou por cima dos ombros dele, havia um evento em casa, um jantar pelo aniversário do marido, mas tudo que Ilgaz parecia pensar era em um unico final.

As mãos do marido deslizaram por suas coxas até o quadril e a outra mão atrapalhadamente mexia na maçaneta na tentativa de abri-la. Quando já estavam dentro, ele trancou as portas e a ergueu em seus braços.

-Ilgaz, vão sentir nossa falta... -Ele mal deixou que ela completasse a frase e atacou novamente seus lábios.

A advogada usava um vestido azul, todo de seda, que deixava amostra suas coxas torneadas e longas. Ilgaz esteve atento desde o primeiro segundo que ela vestiu, até pensou em reclamar do tamanho, mas a verdade é que aquele vestido só lhe trazia a satisfação de ter casado com a mulher mais perfeita que existia.

-Não grite, ou aí sim irão nos ouvir. -Avisou próximo ao ouvido dela. -Eu disse para não me provocar com esses seus vestidos. O que você fez? Comprou outro maldito vestido.

-Eu gosto do jeito que eles ficam. -Sorriu provocando-o, seus labios fingiram que iam até ele e então recuaram para trás.

Aquilo era um dos pontos fortes do casamento dos dois: a paixão nunca apagava. Ceylin era louca por ele, Ilgaz era completamente obcecado por ela. Sempre que faziam amor ainda parecia como a primeira vez, o mesmo frio na barriga, a ansiedade e o desespero que tinham um pelo outro. Era insubstituível todas as sensações que tinham.

-Você sabe que precisamos sair daqui algum momento. -Encostou a cabeça no ombro dele.

Ela estava sobre a pia, exausta e suada, mas com um sorriso satisfeito no rosto e ele também.  Ilgaz deu de ombros e deu mais um beijo na esposa.

-Esses olhos verdes não me deixam ir à qualquer lado. -Murmurou baixinho no ouvido dela.

Ilgaz fez um lindo discurso de agradecimento após cantarem para ele, todas as palavras bonitas sobre sua esposa deixaram as pessoas suspirando. Um amor assim não era para qualquer um.

O fim da noite foi com os dois no sofá e Ky no colo, dormindo serenamente enquanto Ceylin a embalava e era paparicada pelo pai. Merve e Nico já dormiam, mas controlar o sono de um bebê nunca foi tarefa fácil.

-Ela é manhosa igual você. -Ceylin acusou com um sorriso maravilhado no rosto. O promotor deu um sorriso convencido, KY era igualzinha a ele. Na verdade, uma cópia exata de Defne quando bebê.

-Eu sinto muita inveja de Ky, ela pode ficar do jeito que sonho em ficar o dia todo. -Beijou o rosto de Ceylin, depois o ombro e em seguida um carinho no rostinho delicado de Ky.

-Aquela sua amiga.... -Ceylin clareou a voz. -Não conhecia, mas aparentemente todos conhecem.

-Ela conviveu muito com a minha família, éramos parceiros de.....

-Você trouxe uma ex namorada para minha casa? -Perguntou. Parecia tranquila, continuava embalando Ky serenamente, mas a ameaça na voz era bem explícita.

-Nunca implicou por Neva. -Ilgaz rebateu, curioso. Ele era muito mais de ciúme que Ceylin, ao menos era o que pensava.

-Então você namorou mesmo com ela? -Questionou novamente.

-Se ao menos você me deixasse terminar a frase, Ceylin. -Murmurou baixinho próximo ao ouvido dela. -É claro que não namorei com ela, também não beijamos ou transamos. Ainda que sim, sabe que meus olhos só vêem você. Sentiu ciúme?

-Óbvio que não. Você é tão convencido, Ilgaz. -Dispensou.

-É você que passa as noites sussurrando no meu ouvido que sou o homem mais lindo do mundo, que....