Capítulo 9

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-Se continuar sorrindo assim vou ter que subir aí. -Avisou Ilgaz.

-O Sr. Kaya está muito indecente sem camisa aí. -Ela falou. -As vizinhas vão querer olhar também, e então teremos problemas.

O promotor riu e continuou sua tarefa de limpar o quintal. Nico e Merve também ajudavam, mas a realidade é que estavam muito mais interessados em tomar banho de mangueira. Ceylin observava todos da varanda, mas Ilgaz estava muito mais interessante de olhar e ela não fazia a mínima questão de disfarçar.

Três dias sem briga, definitivamente um novo recorde para o mês. O problema talvez não estivesse totalmente resolvido, mas com certeza nada do mesmo impacto que antes.

-As duas pestinhas estão jantando. -Tocou o abdômen dele. -Deve estar cansado, pode continuar amanhã.

-Não estou cansado para nada. -Seu tom estava carregado de malícia e o sorriso nos lábios também.

-Ilgaz.... -Avisou dando três tapinhas em seu rosto. -Não brinque com fogo.

-Vai preparar um lanche para mim? -Encostou o nariz no dela.

-O que você gostaria?

-Qualquer coisa que vier das suas mãos. -Disse sedutor.

-Vocês são nojentos. -Pars falou surpreendendo os dois. Ilgaz suspirou, uma ponta de irritação pela interrupção. -Ponha uma camisa, precisamos sair.

-Ei! -Ceylin chamou atenção dele. -Ele está de folga.

-A justiça não dá folga. Vamos. -Apressou.

As crianças sempre se animavam ao ver Pars, mas Ceylin nunca quando ele aparecia naquele horário. Sempre era para levar seu marido para alguma situação perigosa,  embora a profissão deles não devesse oferecer tanto risco, Pars tinha o faro para problemas.

-Não vou demorar. -Selou os lábios com os dela. Ceylin ainda parecia insatisfeita e ele continuou a beijá-la até que surgisse um sorriso no rosto da esposa. -Mas também não precisa me esperar.

-Não quero que demore. -Exigiu em tom de brincadeira. -Eu te amo.

Ilgaz entrou na ponta dos pés em casa, ele prometeu não demorar, mas quando se deu conta já estava em outra cidade em busca de um criminoso. Não era sua obrigação, não deveria ser daquele jeito, mas ele gostava mais daquela emoção do que devia.
No entanto, por mais empolgante que possa ter sido a madrugada, se deparar com a esposa dormindo na poltrona, certamente após passar a madrugada esperando, o fez sentir culpado.

Ilgaz a pegou nos braços e subiu as escadas com ela, a colocou na cama e a cobriu. Ceylin sequer se mexeu, devia realmente estar exausta.
Depois de tomar banho, por mais que não tivesse dormido a noite inteira, preparou o café da manhã e foi para deitar ao lado da esposa. Assim que deitou, ceylin colocou a perna por cima das dele e o abraçou.

-Disse que não demoraria. -Lembrou ela, sonolenta. -Eu sei... seu trabalho.

-É. -A beijou na testa. -Falei que não precisava esperar.

-Eu fico preocupada, temos dois filhos para criar. -Murmurou. -O importante é que você está aqui agora.

**

-Dra. Erguvan. -Pars cumprimentou antes de entrar na sala de audiência.

Ilgaz acabava de sair de uma audiência e Ceylin entraria em outra, dessa vez contra Pars. Seu marido orgulhoso sabia que a esposa não estava perdendo nenhum de seus casos, nem os mais difíceis.

-Boa sorte, doutora. -Falou próximo ao ouvido dela. -Queria ficar apreciando você, mas talvez isso intimide Pars. Ele é ciumento, você sabe.

-Não se preocupe, terei platéia o bastante. -Arrumou a gravata dele. -Você estava tão lindo ali, eu quase aplaudi no final. Tive que me segurar.

SEE RED -IlceyDonde viven las historias. Descúbrelo ahora