capítulo 14

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-Menina. -Ceylin sorriu colocando a mão sobre a barriga. -Já tem um nome? -O médico perguntou

-Kiymet. -Falou

Quando saía da sala Ilgaz entrava apressado pela porta da recepção, ela nem ao menos lhe lançou um olhar, passou direto e foi seguida por ele que implorava por um só olhar.

-Por favor, amor. Sinto muito, não queria perder.

-Ilgaz, perguntei hoje pela manhã e você disse que sim.

-Só saiba que eu queria estar aqui, eu juro. Pode ao menos parar de andar e me olhar?

-Em casa. Por favor. -Pediu tranquilamente.

Ele estava se atrasando para tudo durante os últimos dias. O Ilgaz que quebrava promessas estava de volta, uma promessa da qual ela não deixava para trás, pensou. Esperou por quase 4 horas, deixou que todos passassem em sua frente, assistiu por muitas horas casais felizes saindo da sala abraçados. Na sua hora não havia ninguém, tudo porquê achou que deveria ser um momento só deles dois.
Dispensou a companhia da mãe e da irmã, ao menos teria alguém para olhar nos olhos e apertar as mãos ao descobrir. No entanto, tudo que tinha era o olhar de dó da enfermeira e do médico responsável pelo exame.

-Fale algo. -Implorou ao parar o carro, com a cara de cachorro perdido que sempre fazia ao aprontar. -Por favor, Ceylin.

-É menina. -Falou.

Ele abriu um grande sorriso e bateu no volante, naquele instante ficou óbvio que desde sempre havia preferência, o marido apenas não assumia. A advogada não deu um único sorriso, continuou de braços cruzados e emburrada.

-Desculpa, amor. -Pediu pegando as mãos dela e enchendo de beijos. Ela balançou a cabeça. -Por favor, linda. Não queria atrasar, mas havia um assunto do trabalho e.....

Ceylin abriu a porta do carro e saiu deixando-o sozinho. Custaria muito caro, caríssimo, ele pensou. Ilgaz entrou no quarto e imediatamente deitou na cama sobre ela, estava desesperado por perdão e a esposa sempre cedia rápido quando apelava daquela maneira.

-Deveriamos comemorar. -Falou enquanto a enchia de beijos no rosto. -O que eu faço para ser perdoado? Fico desesperado quando você não me olha.

-Parar de tentar me manipular e pensar no que você fez, se chatear com você mesmo, seria um começo. Cara, você me deixou sozinha hoje! -Saiu debaixo dele. -Você não está empolgado? Está triste por causa do seu pai? Me conte as coisas, Ilgaz. Você não tem compartilhando nada comigo.

-Eu estou bem, Ceylin. E eu com certeza estou empolgado, não há nada que me anime mais do que pensar nessa criança! -Tocou a mão dela e começou a trazê-la para perto. -Desculpa. Estive um pouco triste? Sim, meu pai morreu. Mas não tem nada a ver com você ou as crianças. Sou doente por todos vocês.

-Não faça mais! -Avisou enquanto se rendia a investida dele. -Apenas porque estou sensível. Mas okay, o médico foi muito legal comigo, ele segurou minhas mãos e todas essas coisas que você deveria estar lá para fazer.

-Ah foi? -Empurrou as bochechas com a língua enquanto a encarava. -Vamos ver se ele será tão gentil comigo junto.

-Eu acho que será. -O promotor sorriu e roubou um beijo da esposa, sua felicidade parecia genuína naquele momento. -Kiymet.

Ele estava emocionado, mas tentou disfarçar. Levantou o suficiente a camisa dela para expor a barriga e se inclinou.

-Olá Kiymet, aqui é o papai. -Falou. -Sua mãe esteve irritada comigo, acontece com alguma frequência e logo você se acostuma, mas já nos resolvemos.

SEE RED -IlceyWhere stories live. Discover now