Capítulo 11 - Reception

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Nash Grier


Era madrugada quando acordei com um vento forte batendo no meu rosto, e eu tinha certeza de que não era o ventilador, porque eu não havia ligado antes de dormir. Abri os olhos e vi uma janela aberta, fui até lá na tentativa de fechá-la, mas escorreguei próximo a ela, logo me agarrando no parapeito. Fecho a janela e encaro o chão, puxando meu pé e sentindo-o grudar.

A luz do abajur se acende e eu encaro a garota em cima da cama que parecia confusa enquanto me olhava e olhava para o chão.

– Por que tem sangue no chão? – pergunta confusa e eu olho de novo para o chão, vendo realmente que aquilo se tratava de sangue, mas parecia haver algo estranho nele, pois estava grudento – aquilo sempre esteve ali? – ela aponta para algum lugar e eu olho na direção, vendo minha parede suja da mesma substância, enquanto as palavras "morra vadia" marcavam o rosa bebê.

– Ah droga, estragaram a minha pintura cara – resmungo indo até lá e ligando a luz do quarto, para que eu pudesse enxergar além do que o abajur podia mostrar – sacanagem.

– Eu acho que isso é pra mim – ouço a castanha falar e franzo o cenho para a frase.

– Vadia não está escrito errado? – rio apontando para a letra extra ali.

– Nem pra me ofender esse filho da puta serve – ela fala completamente raivosa.

Franzo o cenho e olho do chão próximo à janela para a parede, distante, o que realmente aconteceu no meu quarto? Bem, quem se importa não é mesmo? Não quando se tem uma parede estragada, ah cara, sabe quão difícil foi arranjar esse rosa?

– Vai limpar o pé, arrumamos essa bagunça amanhã – fala a mesma e eu apenas assinto, caminhando até o banheiro e lavando meus pés no chuveiro, o que eu julgava ser sangue, na verdade era sangue falso, que na verdade não estava vermelho, e sim quase laranja. Volto para o quarto e me aconchego na garota, logo voltando a dormir.

No dia seguinte, a parte mais difícil foi remover o sangue falso do chão, e depois de feito, apenas deixamos a parede como estava, afinal, mesmo a tinta sendo lavável, ainda ficaria marcado o contorno, então por enquanto, nada de mudanças.

Depois de limpar a bagunça, a Tamires voltou para a Theta Sigma para tomar um banho e começar a arrumar as coisas da festa, e bem, eu deveria ir para a Kappa Ômega para ajudar, mas desviei só por um instante, e fui até o ginásio, onde havia um calouro a minha espera, na verdade eu não entendi bem o que ele queria, mas era de minha inteira responsabilidade, já que ele logo estaria admitido na Beta Xi.

O moreno estava sentado em um dos bancos, com os olhos fixos em um caderno, me aproximo cuidadosamente, mas não sendo silencioso, não queria que o moleque tivesse um ataque do coração.

– Carter – chamo e o garoto olha para mim, logo se levantando – algum problema?

– Na verdade só um Nash – ele olha de um lado para outro, a procura de mais alguém e quando retorna a falar, seu tom de voz abaixa – é que, eu sei que vai parecer loucura, mas, acho que eu e os outros calouros estamos sendo seguidos.

Franzo o cenho confuso, e ele torna a explicar.

– Sabe, tem sempre alguém à espreita, já recebemos presentes estranhos, e mensagens, ontem à noite eu e o meu colega de quarto recebemos um convite – ele estende um papel para mim e eu o pego, logo abrindo e vendo as palavras "você está convidado para a semana do pânico, mate um veterano e seja o maioral".

Analiso bem o papel, okay, tem alguém realmente tentando nos matar, e agora recrutando calouros para o trabalho sujo, porque tal insistência, eu não sei.

Anonymous | BTSOnde as histórias ganham vida. Descobre agora