Trinta e oito

2K 195 40
                                    


— Lila faz massagem? Estou com dores nas costas — Maiara pediu.

Todas ainda se encontravam na cozinha, a única diferença era que agora Luísa fazia tranças em Lauana.

— Depois de ontem... — Maraisa zombou, engolindo as palavras ao ver a expressão séria de sua irmã.

Ela não gostava de brincar com Marília sobre isso, a garota era bem reservada, mas quem mandou ela arrumar para Maraisa uma cunhada tão legal que gostasse de falar abertamente tanto quanto ela?

— Pode ser depois? Tenho que ir avisar o Malcon que a peça chegou — Marília perguntou e Maiara assentiu, dando um selinho na mulher antes de vê-la sair.

— Vou preparar o almoço, hoje é meu dia — Lauana disse assim que Luísa terminou e todas assentiram animadas, menos Maiara que havia acabado de comer.

— Agora vamos namorar um pouquinho? — Luísa perguntou manhosa e Maraisa sorriu, assentindo.

— Tchau ex-siririqueiras — Maraisa disse, agarrando a mão de Luísa e a arrastando dali.

Maiara voltou a se espreguiçar e caminhou até a porta da cozinha, a que dava para os fundos da casa, e cerrou levemente os olhos ao ver que o sol era forte. Seu olhar se dispersou entre os vasos vazios dali, prontos para serem preenchidos por novas flores e um sorriso brotou em seus lábios.

O céu estava bastante azulado e o verde da cerca que separava as casas batia na altura do peito de Maiara. Ela arfou quando sentiu seu corpo ser empurrado contra a parede e logo se virou, vendo Marília a prensar ali.

— Então quer dizer que fica compartilhando nossa vida sexual com as meninas, hm? — Marília murmurou, vendo Maiara morder seu lábio inferior.

— Algo que se envergonhe? — Maiara provocou.

— Absolutamente não. Qualquer um morreria para estar em meu lugar.

— Desculpe — pediu baixinho, se livrando da brincadeira.

Maiara sabia que Marília era mais reservada e não gostava de expor sua vida sexual. Para falar da amorosa já era um problema, na verdade. Arfou sentindo as mãos da mulher escorregarem para sua bunda e apertarem a região antes de puxá-la para cima, enlaçou suas pernas ao redor dela ao sentir beijos por seu pescoço e fechou os olhos.

— Marília... A porta...

— Tranquei — Marília disse, pressionando seu corpo contra o de Maiara — Mas se derem a volta na casa poderão nos ver.

Maiara assentiu e ouviu o barulho da porta da casa vizinha se abrir. Seu sorriso se abriu e ela esfregou de propósito sua intimidade na barriga de Marília, a vendo olhar para baixo com cara de safada e apertar sua coxa.

— Olá, vizinha! — Fez questão de gritar assim que a mulher saiu de sua casa.

A mulher sorriu desconcertada antes de se pronunciar.

— Olá, vizinhas. O que fazem de bom nesta manhã ensolarada?

— Exercícios matinais — Maiara respondeu e piscou para a mulher. — Se é que me entende.

— Maiara! — Marília repreendeu Maiara baixinho, apertando sua coxa.

— Bem, desfrutem. Preciso ir, com licença — a mulher disse, trancando a casa e saindo às pressas.

— Por que fez isso? — Marília perguntou.

— Para da próxima vez que ela pensar em elogiar as suas coxas, lembrar que você está comigo.

Destino Incerto | MaililaWhere stories live. Discover now