Vinte e dois

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Já foram ler o capítulo cinco de ''A Rosa Embriagada - Mailila'' ? Postei ontem, está no meu perfil <3

*

— Eu me sinto realmente grande daqui de cima — Maiara disse rindo. Estavam em um posto de gasolina de beira de estrada abastecendo. Maraisa, Luísa e Lauana não poderiam perder a oportunidade de irem comprar coisas para comer, já que havia uma pequena mercearia ali por perto. — Parece que estou em um lugar secreto e ninguém pode me ver daqui — falou, soltando a doce melodia que era sua risada.

— Maiara, estou falando sério — Marília chamou sua atenção e Maiara se aconchegou mais em seus braços, ela estava encostada sobre o peito da loira naquele momento.

— Um jantar?

— Sim — Marília assentiu. — Tem um restaurante nesta rodovia e hm, não é nada chique, mas o lugar é bonito.

— Eu não tenho roupas para ir a um jantar com você — Maiara disse, se afastando dos braços de Marília e se virando para ela.

— Sua unânime presença é tudo o que importa — Marília falou sorrindo. — Pode pegar algumas roupas minhas se quiser — Maiara sorriu e a loira enrubesceu. — Olha, eu sei que essa coisa que a gente tem é, hm, casual, mas eu realmente gostaria de te levar para jantar.

— Seus princípios são muito tradicionais, hm?

— Se não quiser eu, bem, eu vou entender. Não temos nada... — Ela disse esfregando uma mão na outra em sinal de nervosismo.

— Eu adoraria sair para jantar com você esta noite, Marília — Maiara falou e se inclinou, pincelando seus lábios nos de Marília.

— Jura? — Marília perguntou e Maiara assentiu, resvalando a mão pela pele macia das pernas da loira em uma carícia sem malícia.

— Claro que sim. Que mulher no mundo seria capaz de te dizer não? — Maiara perguntou retoricamente e voltou a tocar seus lábios nos de Marília.

— Não sei, mas fico feliz de você não ser uma delas — a maior respondeu contra a boca da menor, a levando para seu colo e aprofundando o beijo. — Mai...

— Hm...? — Murmurou contra a boca de Marília.

— Seu gato está lambendo a minha mão.

Os olhos de Maiara se desviaram para baixo do volante, onde Garfield estava, o animal lambia a pele da mão de Marília de olhos fechados, com a expressão de puro deleite.

— Hey... Só eu posso passar a minha língua nela, seu pervertido! — Maiara brincou, gargalhando alto ao ver o gato parar o que fazia e olhar para sua dona. — Bom garoto.

— Ele é lindo — Marília elogiou sorrindo e o gato voltou a lamber a pele da mão que repousava sobre o banco.

— Não acredito! Perdi minha garota para meu gato — Maiara disse fingindo incredulidade.

— O que posso fazer? Ele é adorável. Foi legal o nosso lance, mas o Garfield roubou o meu coração.

— Espero que ele te faça gozar gostoso igual eu fiz então — Maiara cruzou os braços.

— Ew, Mai. Imagina só transar com um gato, credo, sua nojenta! — Marília disse fazendo uma careta.

— Eu transei com uma ontem — Maiara sussurrou, envolvendo seus dois braços ao redor do pescoço de Marília. — Ela tinha olhos castanhos, era loirinha e tinha uma boca deliciosa.

— Ah, é? — Marília sorriu de canto e olhou para Garfield. — Sinto muito, colega, mas Maiara me ganhou — removeu a mão que o gato lambia e circundando os braços ao redor de Maiara.

— Eu gosto tanto de estar com você — Maiara confessou em um suspiro, encostando sua testa na de Marília. Seu sorriso vacilou ligeiramente ao pronunciar isso. — E eu nem tenho mais a droga de um telefone para manter contato com você quando chegarmos em San Diego.

— Bem, mas eu tenho. Eu posso anotar em uma folha de papel e, bem, se um dia você arranjar outro celular saberá onde me encontrar.

— Gostaria de voltar a me ver? — Maiara perguntou em expectativa, seus cílios baixaram na direção de seus corpos colados e logo se levantaram vagarosamente na direção de Marília.

— Eu gostaria de nunca deixar de te ver... — Marília confessou baixinho, limpando a garganta e prosseguindo. — Mas como isto não é uma opção, então sim, eu gostaria muito de voltar a te ver — o sorriso de Maiara foi dando forma ao seu rosto, fazendo a loira abrir um sorriso tão lindo que fez a menor suspirar.

— Tudo em você precisa mesmo ser tão sexy assim? — Maiara perguntou rindo. — Eu gosto desse teu jeito assim... — Ela começou, mordendo a pontinha de seu lábio inferior.

— Assim como? — Marília perguntou, arqueando uma sobrancelha.

— Caminhoneira — Maiara respondeu, gargalhando no momento seguinte.

— Não teve graça — Marília falou, colocando um lindo bico para enfeitar seus lábios.

— Eu estou falando sério — Maiara respondeu sorrindo. — Caminhoneiras, vaqueiras... Simplesmente me excitam.

— Oh, então se uma vaqueira aparecer por aqui ela irá encharcar a sua calcinha? — Marília perguntou franzindo os olhos.

— Se for você usando uma roupa ou um chapéu daqueles... — Mariara sussurrou, sorrindo diabolicamente antes de encostar seus lábios nos de Marília. — Com certeza.

— Você gosta de brincar com fogo, não é? — Marília perguntou, respirando fundo.

— Gosto de brincar com outra coisa — a mais nova disse, beijando a loira, dessa vez, mais fundo.

Sua língua deslizando para dentro da boca de Marília fez ela apertar mais Maiara contra seu corpo.

Marília sentiu as mãos de Maiara começarem a passear por suas pernas e abriu um olho, não separando o beijo, apenas para verificar se ninguém se aproximava, afinal a porta do lado do passageiro estava aberta, seu olho voltou a se fechar quando viu que não tinha ninguém ali e quando a mão da ruiva desceu até sua intimidade, por cima da roupa, ela ouviu uma alta tosse de Luísa, o que fez a menor se afastar na mesma hora.

— Vamos para o caminhão, então, meninas! — Luísa gritou alto demais e Maiara riu, sabendo que ela tinha visto e fingido que não, a tosse foi para avisá-las que estavam voltando.

— Elas estão muito estranhas hoje — Marília falou. — Luísa nunca foi de gritar.

— Deve ser a empolgação de estar indo para San Diego — Maiara disfarçou, vendo Marília assentir e sorrir para ela. — Linda — sussurrou e mandou um beijinho no ar para ela, fazendo a garota suspirar bobamente.

— Chega para lá porque a comida chegou — Maraisa disse empolgada, empurrando Maiara e passando para a boléia.

— Hey, há espaço suficiente para todas, não precisa me empurrar — Maiara brincou, rindo.

— Não raciocino direito com fome, desculpe — Maraisa respondeu e Maiara riu, vendo todas entrarem no caminhão.

Destino Incerto | MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora