Vinte e três

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— Fiquei bem assim? — Maiara perguntou à Maraisa.

Marília havia dado acesso à sua mochila de roupas e a menor capturou um short jeans branco, que destacava suas curvas e uma blusinha simples, preta brilhante, que contrastava com o short e com a cor de sua pele. No pé uma simples rasteirinha e no rosto um sorriso nervoso.

— Está linda demais sendo que só vamos comer — Maraisa disse, se sentando na cama do motel.

— Correção: Maiara e eu vamos comer, vocês se virem para outro lado — Marília pronunciou assim que saiu do banheiro e escutou a última frase de Maraisa. — Se quiserem comer lá também, terão que se sentar no oeste de onde estivermos.

— Sozinhas? Por quê? — Maraisa fingiu ser uma estúpida que não desconfiava de nada, a pergunta fez a loira corar.

— Eu, hm, convidei ela para jantar — respondeu sem jeito, segurando a toalha em volta de seu corpo.

Maiara mal prestava atenção no que diziam, seus olhos estavam focalizados nas curvas da mulher apenas de toalha em sua frente.

— Oh, entendi — Maraisa estava vibrando em seu interior, mas mantendo-se comportada por fora para não fazer alarde.

— Você está linda — Marília elogiou, percorrendo sua visão por Maiara, nem parecia que aquelas roupas eram dela, porque ela não se lembrava de ter ficado tão linda assim, claro que não! Maiara era dona de uma beleza única e incomparável.

— Obrigada! — Maiara agradeceu, sorrindo.

— Vou ver se o pneu do caminhão não furou — Maraisa disse a primeira desculpa que lhe surgiu na mente, saindo do quarto e indo atrás de Lauana e Luísa que já estavam prontas e a espera delas no caminhão.

— Elas sabem, não é? — Marília perguntou em um suspiro e Maiara  riu, levando uma mão à sua boca para abafar o riso e assentiu.

— Sim, elas sabem.

— Eu deveria ter percebido desde que elas estavam olhando para o teto no caminhão — Marília disse e Maiara assentiu, que se aproximou e deu um selinho demorado nos seus lábios.

— Sim, deveria — os olhos de Maiara voltaram a percorrer a toalha branca no corpo de Marília e um sorriso diabólico nasceu em seus lábios. — Lila, estamos sozinhas.

— Sim — Marília disse rindo suavemente, vendo o olhar castanho repleto de desejo. — Mas temos que ir comer.

— Não preciso sair deste quarto para isso — Maiara falou, se inclinando somente para inalar o cheiro da pele de Marília recém lavada.

— Você já está pronta, as meninas vão estranhar — Marília disse fechando os olhos para desfrutar dos beijos que Maiara começou a distribuir por sua pele.

— Me deixa sentir seu gosto... — Maiara sussurrou, prendendo a carne do lóbulo da orelha de Marília entre seus dentes antes de soltá-la arrastando os dentes na região. — Não preciso tirar a minha roupa para isso.

— Droga... Sou muito fraca — resmungou, indo em direção à porta e a trancando.

O sorriso que Maiara abriu foi enorme antes de ela caminhar até a cama, se sentar e chamar Marília com o dedo indicador, a maior se aproximou e parou em sua frente, em pé.

Uma mão de Maiara puxou a toalha, que se soltou do corpo de Marília e deslizou pelo seu corpo até se encontrar com o chão, o olhar castanho se prendeu nas curvas da mulher e ela a puxou, de repente, para a cama, fazendo a loira soltar um gritinho surpreso.

Maiara puxou Marília a beira da cama e se ajoelhou entre suas pernas, abrindo-as um pouco mais, gentilmente, e lambendo o interior da coxa até chegar na virilha; seus olhos jamais perderam o contato visual com o olhar da loira.

Destino Incerto | MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora