CAPÍTULO 11

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O Capítulo de hoje é bem quentinho, pessoal. Então não esqueçam de contar se gostaram ou não,nos comentários,Ok? Está autora esta se desdobrando para ser o mais rápido possível com as atualizações.
É isso. Bjs! Obrigado por estarem aqui. Qualquer erro, é me avisar..
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Uma guerra de comadres foi deflagrada em Londres. Lady Penwood chamou a Sra. Featherington
de ladra malcriada na frente de não menos que três mães da alta sociedade, incluindo a
conhecida viscondessa Jauregui!
A Sra. Featherington reagiu chamando a casa de Lady Penwood de asilo, citando o péssimo
tratamento que recebera lá sua camareira (cujo nome, esta autora descobriu, não é Estelle, como
se disse a princípio, e, além disso, ela está longe de ser francesa. O nome da garota é Bess, e ela é
de Liverpool).
Lady Penwood se afastou furiosa da discussão, seguida por uma das filhas, a Srta. Roseli
Robert. Sua outra filha, Paulina (que usava um horroroso vestido verde), ficou para trás com uma
expressão de pesar até que a mãe voltou, agarrou-a pela manga e a arrastou para fora dali.
Não é esta autora quem faz as listas de convidados das festas da alta sociedade, mas é difícil
imaginar que as Penwoods sejam convidadas para o próximo evento na casa da Sra.
Featherington.
CRÔNICAS DA SOCIEDADE DE LADY WHISTLEDOWN,
7 DE MAIO DE 1817



Foi errado da parte dela ficar.

Muito errado.

Muito, muito errado.

E, mesmo assim, Camila não se moveu um centímetro. Encontrou uma rocha grande e lisa, quase toda escondida por um arbusto, e se sentou, sem tirar os olhos da outra por um instante. Lauren estava nua. A jovem ainda não acreditava direito nisso. Parte de seu corpo encontrava-se submersa, claro, com a água batendo nas costelas.A região mais baixa das costelas, ela pensou, de forma irrefletida. Ou talvez Camila devesse ser sincera consigo mesma e corrigir seu pensamento anterior para: parte de seu corpo encontrava-se, infelizmente, submersa. Ela era tão inocente como qualquer outra... bem, como qualquer outra jovem, mas era curiosa, e podia dizer que estava apaixonada por aquela outra mulher. Seria tão malicioso assim desejar uma rajada de vento forte o suficiente para criar uma onda que afastasse a água do corpo de Lauren e a levasse para outro lugar?

Qualquer outro lugar?

Sim, seria. Ela era maliciosa, e não se importava com isso. Passara a vida seguindo o caminho mais seguro, mais prudente. Apenas em uma noite abandonara a precaução. E fora a noite mais emocionante, mágica e maravilhosa de toda a sua existência. Portanto ela decidiu continuar exatamente onde estava e ver o que tivesse que ver. Não tinha nada a perder. Não tinha emprego nem qualquer perspectiva além da promessa de Lauren de lhe conseguir um trabalho na casa da mãe (e, de qualquer maneira, ela tinha a sensação de que isso seria uma péssima ideia). Então, Camila se recostou, tentando não mexer um só músculo, e manteve os olhos muito, muito abertos.

Lauren nunca fora supersticiosa e jamais pensara em si mesmo como o tipo de pessoa que tem um sexto sentido, mas uma ou duas vezes na vida experimentara uma estranha onda de consciência, uma espécie de sentimento místico vibrante que lhe avisou que algo importante estava acontecendo. A primeira vez fora no dia em que seu pai morrera. Lauren nunca havia contado isso a ninguém, nem mesmo ao irmão mais velho, Anthony - que ficara devastado pela morte de Michael -, mas, naquela tarde fatídica, quando ela e Anthony atravessavam os campos de Kent numa tola corrida de cavalos, ela sentira um estranho torpor nos braços e nas pernas, seguido por um latejamento muito incômodo na cabeça. Não tinha sido exatamente uma dor, mas algo que lhe tirara o ar dos pulmões e a deixara com a maior sensação de terror que ela poderia imaginar. Acabara perdendo a corrida, é claro. Era difícil segurar rédeas quando os dedos se recusavam a funcionar direito. E, quando voltara para casa, descobrira que seu pânico não fora injustificado. Seu pai já estava morto, vítima de um colapso depois de ter sido picado por uma abelha.

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