- Sim, mas a resposta dela foi "não gosto de como está evoluindo". – Ian assentiu, tirando o óculos.


Ian: Então eu não preciso dizer nada que ela não saiba. Qualquer avanço, por menor, quero ser avisado pessoalmente. Pode ir. – O enfermeiro assentiu, saindo.


Rebekah: Sempre mandão. – Ian virou o rosto, vendo-a parada no corredor – Olá, Ian. – Disse, sorrindo.


Houve um momento de silencio, onde os dois se encararam, se reconhecendo depois da passagem dos anos. Muito pouco e ao mesmo tempo tudo parecia ter mudado, mas lá estavam os dois: Ele de jaleco, fardado, ela usando uma calça preta e uma blusa longa, cinza, o adesivo de visitante colado, os cabelos soltos pelos ombros.


Ian: Estive me perguntando quando viria atrás de mim. Como vai, Rebekah? – Perguntou, por fim.


Rebekah: Muito bem. – Disse, com um sorriso de canto – O que você esteve aprontando?


Ian: Nada do que eu possa ser culpado, garanto. – Brincou, arregalando os olhos pra ela – Eu estou trabalhando, então...


Rebekah: Pode continuar, estou só visitando. – Ele assentiu, guardando o óculos no bolso do jaleco e avançando no corredor – Como tem sido os últimos anos?


Ian: Gloriosos. Eu sou pai. – Comentou, o olhar duro. Ela, que vinha ao lado dele, o olhou como se tivesse sido cutucada. Ele sorriu, irônico.


Rebekah: Não é, não. – Negou, sondando-o.


Ian: Claro que sou. O nome dela é Brit, uma vira-lata mimada que atualmente é meu único foco de paz. – Comentou, divertido, e ela precisou esperar, porque ele entrou em uma porta que dizia "acesso restrito a funcionários". – O que exatamente pretendeu vindo aqui, Bex? – Perguntou, a voz de longe.


Rebekah: Fui convidada. – Comentou, as mãos nos bolsos.


Ian: Isso eu sei. – Ele voltou com um fichário na mão – Mas não veio só pelo convite. Como vai a sua vida? – Devolveu.


Rebekah: Estável. Quase me casei de novo, então percebi que não havia me curado de você o suficiente pra me comprometer assim com outra pessoa. Ainda há danos. – Ele assentiu, concentrado no que lia.


Ian: Responsável da sua parte. – Murmurou, quase parando de andar. Apanhou o celular no bolso, digitando algo que estava lendo e enviando – A profissão?


Rebekah: Bem. A sua? – Ele fez um biquinho.


Ian: Eu consegui me acostumar com Madison ao ponto de poder enxergar que ela é a profissional mais brilhante que eu vou encontrar. Estou muito bem. – Assentiu. – Essa é minha sala. – Ele abriu, e ela entrou.


Rebekah: Madison Salvatore? – Ele assentiu – Ela tem conseguido seguir, com tudo? – Perguntou, e ele piscou.

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