Capítulo 14

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Ela controlava a respiração perto do orgasmo, prendendo-a totalmente quando gozava. Era seu modo pessoal de aproveitar o prazer, de senti-lo em sua totalidade. E tinha o impulso de, quando vinha, caso estivesse por cima, arquear o corpo ou a coluna, como se a sensação do orgasmo estivesse vindo do peito, e ela se deixasse ir com isso. Ele conhecia cada trejeito do prazer dela; ele adorava vê-la. Quando acabou tombou na cama, tirando uma mexa loira de cabelo da frente, os olhos se abrindo... Um tanto insatisfeita. O par de olhos azuis claros que a observava não podia estar mais encantado com o que vira.


Clair: Nate, vamos lá. – Chamou, e ele sorriu de canto com o tom desejoso. Era pra ser uma rapidinha antes do trabalho, mas nunca terminava como o planejado – Vamos nos atrasar.


Nate: Você é tão linda. – Murmurou, engatinhando por cima dela, nariz percorrendo-lhe a barriga, fazendo ela se contorcer.


Clair: Você é tão estranho. – Devolveu e ele riu, erguendo os olhos pra ela, os cabelos ainda alvoroçados pelo sono.


Nate: Eu gosto de ver minha mulher sentindo prazer, isso é estranho? – Perguntou, mordiscando o seio nu dela.


Clair: Bem, as vezes é. – Classificou, pensativa – Eu não teria me casado com você se soubesse que você era voyeur. – Dispensou, desbocada.


Nate: Teria, sim. – Dispensou, e ela fez um biquinho, pensativo.


Clair: É, teria, mas teria feito mais jogo duro antes de aceitar. – Ele riu de novo, a mão encontrando a intimidade dela, parecendo satisfeito ao encontra-la molhada. Ela se contorceu, satisfeita com o toque.


Nate: Não sou voyeur. Não tenho interesse em observar os outros. – Corrigiu, mordiscando a pele sensível abaixo do seio dela. Ela franziu o cenho – Só você. Ver você sentindo prazer é a parte mais interessante do meu dia. – Diferenciou.


Clair: A ponto de você me pedir pra me masturbar pra você ver, e chamar isso de preliminar? – Perguntou, com a sobrancelha erguida. Ele se ergueu, a boca finalmente procurando a dela.


Nate: Funcionou pra você, olhe só isso. – Ele girou o dedo, que deslizou tranquilamente perante a umidade dela – Funcionou pra mim. – Ele passou o braço por baixo dela, encaixando os quadris dos dois, evidenciando-o totalmente rígido debaixo da cueca – Que eu me lembre, foi você quem já começou dizendo que não tínhamos tempo. Eu não sei fazer preliminar rápida. – Lembrou, com um sorriso sacana no rosto, e ela se inclinou, mordendo a boca dele.


Clair: Ai, tá, Nate. – Ele riu, rouco, sentindo-a empurrar a cueca dele de qualquer jeito – Só me come, a gente discute semântica depois. – Aceitou.


Nate: É de uma delicadeza... – Brincou, mas a ergueu pelo quadril, encaixando os dois e forçando a penetração com um movimento fluido, que encerrou a conversa, arrancando um grunhido dele e um gemido demorado dela.


No hospital, Alfonso chegou cedo. Mais cedo que o normal. Não dormiu direito a noite, girando de um lado pro outro da cama, e terminou se irritando e desistindo. Quando o dia amanheceu, já estava lá. Viu a sala de Madison fechada; aquilo era normal depois da "reconciliação" entre ela e Christopher, uma semana atrás: Se tornou comum ela ser a ultima a chegar, só pra ganhar olhares gelados de Anahí e ignorá-los. Só que dessa vez a maioria das salas estavam vazias. Ele se trocou, percebendo que ainda era cedo demais pra qualquer coisa. Tomou um café, estranhando em seguida, novamente, a ausência de Anahí. Ela sempre chegava antes dele; ele só não sabia o quanto antes. Só achou que ela já devia estar ali agora.

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