42- Carina

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A dias eu durmo sozinha. Desde do que aconteceu, Maya não se quer troca uma palavra comigo, ela sai cedo para trabalhar e só volta tarde da noite depois da faculdade, estou começando a levar isso para outro lado? Sim. Ela me evita de todas as maneiras possíveis, tanto que as vezes ela dormiu no sofá para não ter que ficar ao meu lado na cama enquanto estou acordada. Eu até entendo que o que fiz não foi certo, mais não precisava disso, deveríamos passar por isso juntas, apoiando uma a outra, mais não, ela insisti em nem se quer me olhar.

Não consegui outro trabalho e por isso fiquei por conta apenas de cuidar da minha pequena, é ótimo passar os dias com ela, mais estou acostumada com outra rotina e talvez por causa disso, acabou piorando minha situação.

A dias não como nada, não sinto fome ou vontade de comer algo, faço comida para elas e não como, simplesmente por não sentir fome, e por causa disso estou perdendo peso, tanto que minhas roupas já estão muito largas em mim.

Estou gripada a alguns dias, tomei todos os remédios que pensei que resolveria, mais comecei senti fortes dores nos peitos e nas costas, pensei em ir no médico, sinto ancia de vómito e por não ter nada no estômago acaba que nada sai, estou apenas vivendo a base de água, pois não consigo comer ou beber algo.

Acordo todos os dias com muita falta de ar, no mínimo passo dez minutos sentada na cama tentando recuperar meu fôlego. É algo inexplicável, tudo me trás um cansaço muito grande, meu corpo a dias está sem ânimo ou fraco.

Depois que fui despedida, não consigo me sentir como antes. Não me cuido, não gosto do que vejo no espelho, minha mente sempre me castiga pela merda que fiz e assim ando vivendo durante essas três semanas.

São duas tarde e estou sentada junto com Layla no tapete, enquanto brinco com ela a televisão está ligada no seu desenho favorito.

Maya: - oi- eu estava tão distraída com Layla que não escutei a porta sendo aberta.

Carina: - posso ajudar?- sempre é assim, ela só fala comigo quando está procurando alguma coisa ou precisa que eu vá no mercado.

Maya: - eu vendi o carro que você comprou, estamos só com o seu, parte do dinheiro coloquei no banco e a outra deixei para quando precisarmos, era só pra ti avisar mesmo- depois disso ela só fechou a cara e foi para o quarto.

Normalmente quando ela está para chegar, eu digo Layla e vou para casa da minha mãe, pois sempre ela chega estressada e desconta sua raiva em uma de nós duas, mais geralmente sou eu que escuto e resolvo não debater, aliás não tenho forças para debater com ela.

Layla ficou observando ela ir para o quarto com os olhinhos cheio de lágrimas, Maya não dá atenção para ela a dias, me dói ver ela assim, mesmo que eu dê o meu melhor, ela gosta da atenção de Maya.

Carina: - o minha princesa, não chora- pego ela e vou para área de lazer, tentando acalmar ela, já que ela avia acabado caindo no choro.

Maya: - affs, me dá ela aqui- eu literalmente fiquei assustada por sua ação, ela pegou Layla dos meus braços e entrou em casa, essas pequenas ações dela estão me matando. Essa casa não é mais um lugar confortável para ficar, eu prefiro mil vez levar minha filha para casa da minha mãe, do que ficar aqui com ela.

Meus pensamentos começam a me tormenta, uma forte falta de ar vem contra mim novamente, meu corpo todo doi, sinto uma enorme vontade de chorar, a dias sinto isso, tento controlar, mais quando vejo, minhas lágrimas já caíram e meu corpo todo doi, minhas mãos tremem, minha única vontade é sumir dessa casa e não voltar mais, procurar um lugar para me isolar de tudo.

Fiquei um longo tempo sozinha na área, mais voltei para dentro da casa e fui fazer um suco, procurando recuperar minhas forças. Corto um abacaxi e coloco para bater no liquidificador.

Maya: - desliga!- a pronto, como se não bastasse maltratar nossa filha se acha a dona do morro. Desligo e olho para ela- Layla dormiu, amanhã não precisa fazer almoço que de para mim- na hora que vou responder, sinto uma coceira na garganta junto com uma dor, acabo tossindo e quando paro para ver, vejo sangue em minha mão, Maya estava distraída bebendo água, já hora do pânico velo minha mão para baixo da água e a lavo- o que foi?- merda que ela não tenho visto, por favor.

Carina: - nada!- pego um copo coloco o suco e guardo o resto já geladeira- licença- tento passar por ela, mais ela não deixa- Maya, eu sei que você não quer conversar a não ser esfregar na minha cara o quanto errada eu estou, as merdas que fiz ou deixei de fazer, faz o seguinte, me deixa, eu estou cansada desse seu comportamento infantil, vem falar de mim mais não se toca nas merda que tá fazendo, você tá destruindo sua filha e se essa criança crescer com traumas a culpa vai ser sua, olha o que você anda fazendo, sai de manhã e chega a noite, cara se você tem outro alguém, termina, segui sua vida, mais me deixa em paz, eu não tenho mais forças para aguentar isso- sinto meu corpo ficar mais fraco, eu estou esgotada e isso estava na cara- sim, eu estou implorando para que se você não for melhorar ou parar com esse comportamento, me deixa, só me abandona aqui como todo mundo e siga sua vida, pois eu não tenho mais forças para aguentar isso e a nossa filha não tem culpa se você achou o que não tinha aqui em outra pessoa- jogo o suco já pia e coloco o copo na bancada- perdi a fome- passo por ela e vou para área de serviço, afim só de ficar sozinha.

Chega um momento que a gente cansa, cara eu estou com minha cabeça a milhões, momento nem um eu tenho paz dos pensamentos ruins, agora aguenta os estresses dela? Não chega, eu estou cansada disso.

Me deixei levar pelos pensamentos, tanto que nem as horas passarem.

Uma Segunda Chance De AmarWhere stories live. Discover now