31- Maya

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Leila voltou para sua casa para terminar de se arrumar. Estou sentada no sofá enquanto assisto novela da tarde. Não escuto barulho de Carina desde mais cedo, achei estranho e fui até nosso quarto, abro a porta olho por todo o quarto e não vejo ela, quando paro para o olhar no chão perto da cama, vejo ela agacha, abraçando os joelhos com a cabeça caixa, o único som que ecoavam no quarto, era uma música internacional, baixinha. Chego perto dela e me sento na beirada da cama, no mesmo momento ela levanta a cabeça e limpa suas lágrimas.

Carina: - oii...- um sorriso forçado tomou conta do seu rosto, sabia que ela não estava nada bem- a novela acabou?

Maya: - senti sua falta e vim ver o que estava acontecendo, o que foi? - Ela encosta a cabeça na parede e encara o teto- amor...

Carina: - ela é tão nova... eu não sei, o que fazer, o que pensar, como agir, eu só me pergunto como fui deixar isso acontecer...- ela simplesmente encarava o teto, enquanto aquele quarto se enchi de pensamentos ruins.

Maya: - eii, vem cá, senta aqui...- bato no colchão ao meu lado, ela se levanta e se senta ao lado- olha...- levo minha mão em seu rosto e o viro para mim- não importa se ela é nova ou o que for que você esteja pensando agora, certo o que ela fez não foi nada correto, mais a culpa não é sua, você não podia fazer ela escolher entre se relacionar com alguém ou deixar de se relacionar, mais pode dar o apoio que ela precisa agora. Você já tem 21 anos de idade e sua escolha de sair de casa não tem culpa dela estar grávida agora, então não se culpe e vamos dar o apoio que ela precisa, ela só tem a gente, seus pais a expulsaram de casa e é agora que ela mais precisa de você- ela apenas ficou calada, beijo sua testa e saio do quarto, deixando ela respirar.

• ────── Carina ────── •

Assim que Maya saiu do quarto, me levantei e fui tomar banho, afim de tentar afastar todos os pensamentos ruins que estavam vindo em minha mente.

Tomei um banho gelado, ainda dentro do banheiro, visto uma cueca box preta e um top de academia preto, coloco a toalha no ombro e saio do banheiro. Ao estender a toalha no toalheiro e me virar para o lado da cama, vejo Maya me olhando pensativa, enquanto acariciava sua barriga, que já estava grande, cresceu tão rápido.

Carina: - o que foi? - Vou até o guarda-roupa e pego uma camisa, me visto e olho para ela.

Maya: - nada, só vim perguntar se você vai com a gente, eu pensei em levar Natália, não acho que ela mereça ficar trancada em casa e mesmo que ela não tenha sabido lidar com nosso relacionamento, ela ainda é minha amiga e além de tudo, minha irmã, então acho que não devemos deixar ela aqui sozinha, só se você não concorda com isso- ela me olha como se fosse possível mudar minha forma de pensar, respiro fundo e vou até ela.

Carina: - tudo bem então, vamos sair nos quatro...- ela me olha se entender nada- sim, nos quatro, né minha pequena- me abaixo e acaricio sua barriga.

Maya: - conversa mais com ela do que comigo, acho que estou ficando um pouco com ciúmes- apenas do um sorriso de canto e me levanto.

Carina: - vou terminar de me vesti, te vejo daqui apouco- me curvo e vou um beijo demorado nela, depois que nossos lábios se separaram, ela apenas sorri e sai do quarto, aquele sorriso me causou borboleta no estômago, que sensação estranha e ao mesmo tempo incrível.

Troca a camisa, agora vestindo uma branca lisa, uma calça jeans azul clara e calço um tênis preto com branco, penteei o cabelo, o deixando solto mesmo, término de me arrumar, pego meu celular e vou para sala, dando de cara com Natália acabando de sair do quarto.

Naty: - oi...- seu jeito de falar comigo ainda era de desconfortável, não nos falamos a meses e foi decisão dela- eu posso falar com vocês? - Agora que vejo Maya sentada no sofá, então mexe no celular, ela tira sua atenção da tela e nos olha, faz um sinal com a cabeça para mim, respiro fundo e respondo.

Carina: - ok, estamos ouvindo- vou até o sofá e me cento ao seu lado, enquanto Natália permaneceu em pé, nos olhando.

Natália: - quero pedir desculpa por ter sido infantil e não ligar para felicidades de vocês, quando eu fiquei sabendo que estavam juntas eu tive ciúmes, Maya era minha melhor amiga e você era minha irmã, as quais eu afastei por pura falta de maturidade, eu não queria aceitar que avia perdido minha irmã para você, Carina era a única esperança que tinha naquela casa e quando você engravidou- ela olha para Maya- a tirou de mim, a levou para longe e por falta de maturidade minha, a afastei mais ainda, quando você foi embora- agora ela me encara e vejo seus olhos encherem de lágrimas- virou um inferno, nossos pais brigavam sempre, mamãe apanha mais esconde as marcas com maquiagem- senti meu corpo ferver de raiva- e por isso preciso de você Cary, preciso da sua ajuda para tirar ela de perder daquele monstro que um dia chamei de pai, eu tenho vídeos deles brigando, só preciso que você vá a delegacia, eu sei que eu poderia ir lá, mais você sabe lidar melhor com essas coisas- ela me entrou o celular e continuou em pé, enquanto eu e Maya via o vídeo meu sangue borbulhava de tanta raiva, não consegui ver tudo, bloqueio a tela e devolvo para Natália.

Carina: - não...- passo as mãos por meu rosto, enquanto tento processar tudo- não...- senti uma mão e meu ombro, certeza que era Maya, tentando me tirar dos meus pensamentos antes que a situação piore.

Maya: - Naty... Pode deixar nós duas sozinhas um pouco?- eu não ouvi ou vi o que Natália respondeu, apenas escutei seus passos e a porta do quarto fechando- olha pra mim- sinto ela segurar minha mãos e as tirar de meu rosto- você não tem culpa disso, não tem culpa se ele é um canalha sem vergonha, você tem a oportunidade de tirar ela de lá, vá e faça isso, eu sei que está com raiva agora e se culpando por ter saído de casa, mais deixe isso de lado e vai tirar ela daquele inferno...- sabe quando as palavras falam mais alto do que seu alto controle, minha única ação naquele momento, foi beija sua testa, pegar as chaves do carro e meu celular e sai de casa.

Enquanto dirigia em direção a delegacia, Natália me mandou tudo que tinha, Maya avia avisado que iria sair com Naty e Leila e que eu podia resolver tudo sem se preocupar com elas. Apesar de tentar, não consigo deixar de me preocupar com elas, fico com medo de Mia fazer algo para machucar elas.

Assim que cheguei nadelegacia, peguei meu celular, sai do carro e o tranquei, assim que entro souparada por uma policial, morrerá, de cabelos cacheados preto, sua farda caíaperfeitamente em seu corpo. Com ela mesmo já comecei a falar o que queria ali,mostrei tudo que tinha, ela saiu com as provas e durante horas fiquei a espera.

Uma Segunda Chance De AmarWhere stories live. Discover now