13- Maya

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• No dia seguinte •
• Segunda-feira Oito da manhã •

Com um pouco de dificuldade abri meus olhos lentamente, me deparando com um teto azul, um lugar pequeno e calmo, se ouvia apenas barulho de passos pelos corredores, sentia dor por todo o meu corpo, meio com um pouco de dificuldade viro meu pescoço para o lado do quarto que avia um sofá, vejo Carina dormindo de uma maneira que iria causar dor em seu pescoço.

Maya: - Cary...- minha voz sai falha, estava com dificuldade para falar, no mesmo momento uma enfermeira entrou no quarto.

Enfermeira: - bom dia bela adormecida- com ajuda dela, me sentei na cama, ainda olho Carina dormir, enfermeira fala alguma coisa- deixe ela dormir, ela passou quase a noite inteira acordar preocupada com você.

Maya: - ela está bem? O bebê tá bem? - As únicas coisas que me importava agora era isso, e pelo fato de Carina estar com alguns cortes no rosto, fiquei preocupada.

Enfermeira: - calma, ela está bem, seu bebê está ótimo, graças a Deus, sua crise de pânico ou não sei o que era, não afetou sua gravidez, mais nós, com autorização e ajuda de um psiquiatra, iremos trocar seus remédios, nem um deles vai fazer mal para sua gestação, fique tranquila- enfermeira olhou como estava meus batimentos cardíacos e mais outras coisas e saiu do quarto, assim que ela saiu, Carina se mexeu no pequeno sofá e acabou acordando.

Maya: - se precisar, na minha bolsa tem remédio para dor- ela me olha sonolenta e assustada.

Carina: - você tá bem? - Ela se levantou e veio até, agora dando para ver as marcas em seu corpo, parecendo ter entrado em briga.

Maya: - você brigou com alguém? - Olho para ela, mais ela desvia o olhar.

Carina: - isso não importa, o importante agora é que você esteja bem.

Maya: - apesar de estar com dor no corpo, estou bem! - Eu estava cansada e pela cara dela, ela também estava.

Carina: - me desculpa por ter deixado você sozinha, deveria ter te escutado...- sua voz saia falha e trémula.

Maya: - eii, você não tem culpa, passou- mais a pergunta que não sai da minha cabeça, e aqueles dois barulhos de tiro?

Carina: - se eu não tivesse te deixado sozinha, nada disso tinha acontecido...- provavelmente teria sido pior.

Maya: - eii, olha pra mim- seguro seu rosto e vejo seus olhos lacrimejar- passou, o importante é que estamos bem e nada de ruim aconteceu, tá tudo bem! Eu te amo!

Carina: - Eu te amo! - Me aproximo dela e preencho seus lábios, com um beijo calmo- vou buscar nossas coisas, tenho uma coisinha para você- ela fala assim que paramos o beijo.

Maya: - o que você tá pensando agora, mocinha? - Tenho até medo.

Carina: - relaxa, eu acho que você vai gostar- ela me beija e sai, na mesma hora a enfermeira de mais cedo entra.

Enfermeira: - bom dia de novo- ela fala em meio a um sorriso amigável- vou apenas trocar seus remédios- ela se refere ao remédio que está sendo aplicado em minha veia- vocês formam um lindo casal! - Até me assustei com isso.

Maya: - oi? - Olho meio perdida para ela.

Enfermeira: - você e a moça que estava aqui, toda preocupada com você, formam um lindo casal ou vocês são só amigas?

Maya: - a sim, somos um casal sim- acabo deixando um sorriso besta escapar quando vejo a aliança em meu dedo.

Enfermeira: - ela parece ser bem responsável- pelo fato dela estar perguntando demais, paro para olhar seu jaleco, estava escrito Carla Doer, e foi aí que me lembrei que ela e Carina tiveram um caso na escola.

Maya: - o Carla, se não tem vergonha na cara né? - Ela me olha assustada- não se faz de sonsa para o meu lado não garota!

Carla: - relaxa Maya, eu sou casada hoje em dia e tenho uma linda filha- ainda bem!

Maya: - que bom!

Carla: - e pode ficar tranquila, de mulher comprometi eu quero distância, mais falando sério agora, sempre achei que vocês duas combinavam, Carina sempre gostava de cuidar de você e depois daquele acontecimento, ela passou a cuidar mais ainda- é, ela realmente está certa.

Maya: - tive sorte...- encaro minha mão com a aliança.

Carla: - nunca é sorte meu anjo, sempre será amor, vai por mim- apesar de quando eu era mais nova não me dava muito bem com Carla, ela é uma boa pessoa- vai me perguntar como consegui me casar com a médica que vai passar por essa porta agorinha e fique tranquila, você está em ótimas mãos, vou indo nessa, daqui algumas horas, você receberá alta- ela pega seus papéis e sai do quarto.

Alguns minutos depois, uma média alta, com cabelos ruivos preço em um coque alto e muito bem feito, vestida em um jaleco branco, blusa branca, calça jeans azul escuro e uma chinela confortável, aparentemente deve ter feito plantão.

Médica: - bom dia Sra. Miller, de acordo com seus exames está tudo certo, seu bebê está com uma saúde e você também, porém achamos que seria necessário trocar seus calmantes, seu corpo já está acostumado com os antigos e por isso eles já não fazem tanto efeito, por isso iremos passar a receita para sua namorada, porém fiquei tranquila, nem um dos medicamentos, fazem mal para você ou para o bebê- faço um sinal positivo com a cabeça, ela fala mais algumas coisas e sai, por estar cansada, me deito com um pouco de dificuldade e pego no sono.

• ────── 14:00 ────── •

Acordei com a voz da médica e de Carina, acabou que durante esse tempo todo que dormi, ainda não recuperei minhas energias.

Médica: - ela já recebeu alta é só esperar ela acordar, passar na recepção pegar os documentos e ela está liberada- Carina agradece e então a médica sai.

Carina: - boa tarde bela adormecida- ela fala assim que me ver acordada, vindo até mim ela carícia meu rosto- eu trouxe um par de roupas confortáveis para você, toma banho e vamos, você tem que descansar- eu amo o jeitinho que ela cuida de mim.

Maya: - tá bom- pego o par de roupas e sabonete com ela e vou para o banheiro do quarto, tomo um banho meio demorado, na intenção de tirar as dores do meu corpo. Visto a camisa dela e o short de moletom meu, de certo nossas roupas estavam misturadas em uma só mala e ela não soube diferenciar. Coloco minha roupa suja na sacola plástica e saio do banheiro, vendo Carina sentada no sofá com dois celulares novos na mão.

Maya: - vamos? - Ela se levanta, guarda um dos celulares no bolso e me entrega o outro- cadê o meu antigo? - Sei que ele estava com a tela quebrada, mais eu gostava dele.

Carina: - com o acontecimento da noite passada, acabou que os dois celulares foram quebrados.

Maya: - guarda pra mim? Estou sem bolso- ela coloca o celular no outro bolso de sua calça e então saímos do quarto de mãos dadas, Carina passa na recepção, pega meus documentos e então saímos em direção ao estacionamento.

Carina: - quero te mostrar uma coisa, só espero que você não ache que está cedo demais para isso- já estou com medo. Pedimos um Uber e então fomos para o lugar tão misterioso, que Carina existia em não fala sobre o que se tratava.

Uma Segunda Chance De AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora