Fragalhos

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Minha mãe ficou com a boca entreaberta, sem saber o que fazer. A mesma ainda estava com a arma em mãos, mas com Eduardo sangrando em seu colo.

Atirei nos homens que provavelmente foram colocar mais munição, o que atirou em Duardo, foi atingido por mim no mesmo momento.

Estávamos sozinhos naquele salão, e eu não pude evitar de lembrar do dia em que minha mãe tentou se matar. Aquele a qual ela foi fazer uma missão suicida sabendo daquilo, sem colete.

A falta do mesmo que um dia, matou sua mãe. Que se matou da mesma maneira.

— tio duardo? — a voz de Melanie saiu fragilizada e Deus, eu não pude deixar de me lembrar do dia em que ela descobriu sua paternidade. — tio...?

— não mãe — falei a empurrando com gentileza, colocando um guardanapo que havia na mesa que nos abaixamos em seu peito que sangrava. O mesmo estava calado, suspirando devagar e eu senti uma faca sendo cravada no meu peito.

— olhe para mim — disse, vendo minha mãe com os lábios entreabertos, suando. — Melanie, olha para mim — eu estava tentando manter uma calma que não tinha. Eu estava tentando não lembrar de quando ela estava naquela posição — respire, ok? Você precisa ligar para o hospital Williams, olhe para mim.

Minha mãe não olhava para mim, ela não soltou a arma e muito menos parecia estar viva. Aquilo doeu, muito.

Eu amava minha mãe, tanto quanto amava Eduardo que mesmo sem nenhum laço sanguíneo com nós dois, sempre cuidou e amou como se tivesse.

— ambulância David. Chame a porra de uma ambulância. Se ela não aparecer em cinco minutos aqui, eu vou fuder com você — eu olhei para minha mãe novamente, depois de desligar o celular e desviei para Eduardo.

O mesmo olhava minha mãe com lágrimas nos olhos e um sorriu calmo saiu dali.

— eu amo você, Melancia — a voz estava calma e em um sussurro, eu tentei não chorar e ignorar a pontada no meu coração.

Eduardo fechou os olhos devagar, fazendo com que eu prendesse a respiração e lutasse contra as lágrimas.

Vô Duardo estava morto.

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Como eu disse, esse livro é independente. Porém, Eduardo aparece desde o vol.2 "o mundo não é de fantasia" e desde então vem sendo um personagem muito querido. Os acontecimentos que o Gabriel citou aqui, aparece em "impenetrável"