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— e é por isso mesmo que eu perguntei do seu esposo. Já que o casamento de vocês foi um contrato que resultou na morte de Scarllet. — o homem disse, e vi Eduardo virar lentamente em direção ao homem.

— cuidado com as palavras, Fernandes — aquela voz, a voz de Eduardo Leme. Céus, ele não havia se pronunciado até então na mesa e quando falou, era uma clara ameaça, que eu não duvidava que seria comprida.

— olha só quem está falando, o homem que moveu o mundo a pró da filha do melhor amigo. Me diga, é por causa da sua irmã? — ok, aquilo estava passando dos limites. A mesa estava silenciosa e eu temia presenciar um assassinato.

— se você abrir a porra da sua boca para falar da minha mãe de novo, eu juro que estouro seus miolos mas não antes de fazer você perder tudo. E quando eu digo tudo, é literalmente tudo. Não brinque comigo, Fernandes. Você sabe muito bem como os O'Haras são.

Meu tio coçou a garganta.

— então... Eduardo — ele começou, tentando fazer com que o clima melhorasse, mas não estava dando certo — como é ser o braço direito de Melanie? Deve ser bem divertido.

Eduardo sorriu olhando para o homem, um sorriso que demostrava tudo, menos verdade.

— bom. — foi tudo o que ele disse.

O jantar transcorreu silencioso e desconfortável. Vez ou outra eu olhava para Melanie que comia tudo com calma e concentração. Gabriel por sua vez, mal havia tocado no prato, embora ele estivesse mastigando alguma coisa.

A cabeça dele estava baixa, mas não o que demostrasse submissão ou fraqueza, mas sim de uma forma desleixada e desinteresada.

Era essa a impressão que Gabriel Williams passava: desinteresse.

FragalhosWhere stories live. Discover now