Fragalhos

⁵⁷

— vai pra puta que pariu — falei bufando, encarando Eduardo com uma falsa calma — eu estou na porra da minha lua de mel, com a minha esposa maravilhosa que fez um sexo incrível e que...

— sem detalhes, Gabriel — Eduardo falou, fazendo minha mãe rir.

— esse é o filhão da mamãe. Em breve irei lhe apresentar seu novo pai — ela disse virando de costas e eu e Eduardo nos encaramos.

— me diga o nome — Eduardo começou.

— que eu mesmo vou me certificar de que ele fique longe de você — completei.

Minha mãe riu.

— essa reunião tem que acontecer em no máximo vinte e quatro horas, rapazes. Ao invés de ficar querendo saber da minha vida amorosa, pense em uma tentativa de não entrar em uma guerra. — foi tudo o que ela disse, saindo do quarto em seguida.

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Segurei Eva Margot pela cintura, a medida que andávamos para o local que iria acontecer o café da manhã.

Ela estava corada, a noite foi realmente inesquecível. Transamos até tarde, nos beijamos e só. No fim, estávamos dormindo perto um do outro, mas não abraçados.

E eu agradeci por isso.

— você está linda assim — falei, enquanto estávamos na metade da escada — quero ver você mais corada assim sentando em mim. — sussurrei, a fazendo estremecer.

O local estava cheio, o que me surpreendeu. E eu fechei as mãos fortemente ao perceber que estava sem o coldre com arma. Sem nada. A onde diabos eu estava com a cabeça para não lembrar daquilo?

Quase ri ao lembra, é claro que eu não estava lá nos meus melhores estados mentais. Estava, mas não precisamos entrar mais a fundo nisso.

— mancha pequena — um dos homens amontoados disse, fazendo eu segurar Margort com mais firmeza.

— necessariamente não precisa de uma mancha gigante para dizer que o sexo foi bom. Garanto a vocês que a minha noite de núpcias com minha esposa foi a melhor possível. — o rosto de Eva Margort ficou vermelho, muito vermelho. Fazendo com que eu tirasse uma mecha do seu cabelo e a beijasse ternamente na bochecha.