II.5 - P.U.L.S.E (1995), parte 2

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Luzes.

Muitas luzes.

E som alto.

Adicione isso á uma pitadinha de crise existencial com viagem psicodélica.

Esse é o concerto que o CD infelizmente não mostra. Com esse breve resuminho, adentramos o mais emblemático concerto que nossos digníssimos tiveram o trabalho de gravar em formato de vídeo. Sem mais delongas, aqui está a segunda parte da análise do P.U.L.S.E,  com alguns bônus mais á frente.

Continuando de onde paramos, pudemos ver que a versão em CD é diferente da que estamos vendo agora. Tudo o que fez falta aparece em peso nesse DVD duplo. Para a análise, eu usei de referência tanto a versão lançada em 2005/2006 quanto a remasterizada que saiu em 2019. Antes que se pergunte, essas edições são diferentes uma da outra. 

Queria começar falando sobre a artwork, como sempre. Algumas coisinhas não estavam acessíveis nas edições lançadas ao longo dos anos 90 por conta da tecnologia da época e também pelo fato de que o Enigma de Publius ainda era estava fresquinho na mente da comunidade floydiana. Como eu havia citado no capítulo anterior, os interessados na teoria estavam presos demais ao Division Bell, já que era isso que o enigma diz que não haviam outros lugares para procurar. Os espertinhos sabiam que não doeria colocar gasolina na fogueira, e fizeram questão de deixar rastros óbvios (ou nem tanto) que adicionassem mais conteúdo ao já extremamente confuso mistério. E isso nem é a pior parte dessa bagunça....

27 anos depois, e aqui estamos nós, com as mídias sociais da banda inundando a internet com conteúdo que, até então, era considerado raro ou inédito, forçando os curiosos á interagir e escavar sozinhos pilhas e mais pilhas de material até achar algo significativo. Não é uma tarefa fácil, considerando a idade do Pink Floyd em si e a massiva quantidade de arte envolvida, mas compensa o esforço. Eu gostaria de compartilhar algumas teorias muito fumadas que talvez sejam apenas o resultado de uma imaginação fértil ou excesso de cafeína. 

Ok, a imagem a seguir foi retirada de um trecho do comercial do P.U.L.S.E, que apareceu nas TVs do Reino Unido (eu suponho, infelizmente não consegui dados concretos nessa parte). O comercial em si é bastante atmosférico, e em seus últimos segundos, isso aqui aparece.

 O comercial em si é bastante atmosférico, e em seus últimos segundos, isso aqui aparece

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Juntando a capa dos CDs, obtemos uma coruja. Tá, mas e daí? Pois bem, além da simetria vista na face desse animal, temos também seu olhar intenso, inquisitivo, semelhante á um eclipse parcial. As coisas vão mais fundo quando analisamos o significado da coruja em si. Um animal usado para indicar sabedoria, também pode ser associado ao mistério e até mesmo ás Estriges da mitologia grega. Vemos que a questão do "paranormal" fora herdada do Division Bell, dando um fundamento extra á hipótese de possessão apresentada no primeiro capítulo. Se fosse até ai, estaria tudo bem. Teríamos meramente adicionado mais algumas curiosidades ao álbum de 1994.

Quem dera se fosse somente isso.

Durante o intervalo de tempo em que o P.U.L.S.E foi lançado em tudo quanto é tipo de formato presente nos anos 90, alguns singles foram lançados, sendo um deles "What do You Want From Me", tocada ao vivo. Essa música abre a hipótese de um suposto conceito sobrenatural presente no álbum a qual ela pertence, e fora isso, é uma música até que animada para os padrões do Pink Floyd pós-Waters, que era mais focado no rock progressivo em si. Eu disse antes que os fãs mais teóricos estavam com a cabeça em outro lugar, então ninguém se perguntou como ou por quê a capa do single tinha a droga de uma coruja sendo que, na época, supostamente uma coisa não tinha a ver com a outra. Eu posso garantir que quase ninguém se importou com isso.

Análise de (quase) toda a discografia do Pink FloydOnde as histórias ganham vida. Descobre agora