Capítulo 76

334 74 33
                                    

Namjoon acordou com um barulho na janela. Ele levantou imediato já procurando a sua adaga que ficava presa na cabeceira da cama quando percebeu que a cama estava vazia.

— Gyuyoung?

Ele olhou para o banheiro, imaginando que talvez ela estivesse ali, porém assim que se levantou, percebeu que o local estava vazio. Em outro dia ou com outra pessoa, não sairia em busca da irmã de Seokjin, porém a janela aberta ainda o recordava das vezes que haviam sido atacados naquele castelo. Assim, após pegar um casaco qualquer e colocar suas botas, saiu pela janela, atrás de Gyuyoung.

Por a moça não estar muito longe, ele não demorou a encontrá-la, porém ao invés de a chamar, resolveu a seguir. Para onde Gyuyoung estaria seguindo no meio da madrugada de maneira tão suspeita?

Ele a seguiu por uns minutos e a viu ir para a parte arborizada do castelo. Com suas habilidades, Namjoon não fez nenhum barulho ou se deixou ser visto, então Gyuyoung nem desconfiou que ele estava atrás dela.

Namjoon viu a moça olhar por cima dos ombros e então pular com habilidade o muro. Aquela parte era mais baixa por causa do terreno íngreme e por conta das árvores, as câmeras não capturavam muito bem quem soubesse como passar desapercebido. Ela tirou um tempo para analisar todo o castelo para conseguir realizar tal coisa. Mas, por quê? Quais segredos Gyuyoung escondia?

Novamente, Namjoon a seguiu sem problemas. Após alguns metros, ela parou em uma calçada e fez sinal para um táxi que passava. O príncipe esperou este partir e com a placa em mente, pegou outro automóvel que vinha logo atrás.

— Siga aquele carro, por favor!

— Divindade... Você é o príncipe! Minha nossa! Vossa Alteza!

— É um assunto oficial! Por favor, siga o carro!

— Divindade, claro!

O taxista seguiu o outro carro de perto, porém sem alarde. Namjoon fitou o caminho todo com cuidado, parando para pensar o que realmente estava fazendo. Por que estava seguindo Gyuyoung? Ela não foi nada além de uma boa amiga... Porém, após seu irmão se tornar um dos seus maiores problemas, estava com dificuldade de confiar em novas pessoas.

— O carro entrará na rua daquele hotel barato, senhor.

— Por favor, siga-o — pediu Namjoon.

O príncipe murmurou sozinho as possibilidades para o que Gyuyoung estava fazendo enquanto tateava os seus bolsos e aliviado quando encontrou algumas cédulas no bolso do casaco. Não queria ter que ficar devendo ao taxista tão prestativo.

— Eles estão parando, alteza.

Namjoon levantou o olhar, observando o carro parado em frente ao hotel. Eles ficaram no local uns minutos antes de Gyuyoung sair do carro, olhando para os lados antes de seguir para o hotel.

— O senhor quer chegar mais perto?

— Não, aqui está ótimo — disse Namjoon, entregando todo o dinheiro nas mãos o homem; havia muito mais que o necessário, porém não se importava com tal coisa. — Por favor, peço que o senhor seja discreto e não comente isso com ninguém.

— Claro, vossa alteza. Muito obrigado por confiar em mim.

Com pressa, Namjoon respondeu com outro agradecimento, antes de sair do táxi e seguir para o hotel barato. O local parecia uma vila de casas, com tudo aberto e somente um local para ser recepção. Pelo que notou, Gyuyoung não havia ido direto para um das construções, sem passar pela recepção, então ela não estava atrás de um quarto e sim se encontrando com alguém.

Enquanto caminhava pela área aberta, Namjoon pediu a qualquer ser divino que o escutava para que Gyuyoung estivesse se encontrando com algum amante secreto e não sendo uma agente secreta do governo japonês. Isso acabaria com toda a relação de cumplicidade que haviam criado, isso sem contar a relação dela com Seokjin que terminaria de vez — logo agora que seu namorado estava feliz por poder dizer que tinha uma família de volta.

Winter FlowerOnde histórias criam vida. Descubra agora