- Agora eu gostei... - diz Falcão, ele me olha de canto de olho e passa a língua pelo lábio inferior e dá uma leve mordida, fazendo com que eu me arrepie.
- E vocês querem fazer o que?! - diz Sam, e pude perceber a indignação em seu olhar.
- Você quer que deixemos isso tudo de lado?! - diz Miguel. - Depois de tudo que fizeram, depois do que fizeram com VOCÊ?! - ele diz, eu podia imaginar a sua frustração, se fizessem algo com o Falcão... não gosto nem de imaginar.
- Não estou falando para deixar de lado, só que... - dia Sam, tentando buscar palavras para formular sua frase. - Só que precisamos ser mais espertos. Dar uma surra neles não iria adiantar de nada.
- Diga por você... - diz Falcão e revira os olhos, e eu dou um soquinho no seu cotovelo.
- E o que você tem em mente?! - pergunta Miguel, e percebo os olhos da Sam ganharem um brilho diferente.
- Que bom que perguntou... - diz Sam, e dá um sorriso de lado.
...
Assim que Sam nos explica o plano, percebo que o Falcão ficou frustrado ao perceber que o plano não envolvia nenhum tipo de briga ou contato físico, pelo menos, não direto. Confesso que não tinha certeza se o plano realmente os deixaria abalados, mas seria no mínimo engraçado.
- Bom.. acho que já está ficando tarde - digo, me levantando da mesa, e todos fazem o mesmo.
- Eu acompanho vocês até a porta - diz Miguel.
- Então amanhã será o grande dia - digo, me despedindo da Sam.
- É o que pretendo - ela diz, e me dá um sorriso, que eu retribuo. Ela se despediu do Falcão e voltou a se sentar, Miguel nos acompanhou até a porta da frente.
- Te vejo amanhã El serpiente - diz Falcão, e ele e o Miguel fazem o seu toque de sempre.
- Até amanhã cara - diz Miguel, e dá uma piscadinha para o Falcão. Então ele vem até mim e me dá um abraço.
- Não vai pra casa hoje? - pergunto, mas acho que já sabia a resposta.
- Hoje não, vou dormir aqui com a Sam - ele diz, e percebo suas bochechas ganharem um tom avermelhado.
- Entendi... juízo hein - digo e lhe dou uma piscadinha, então caminho até o carro.
- Nossa, to morrendo de fome - diz Falcão, assim que entra no carro.
- Eu tenho uma ideia... - digo, e o olho de canto de olho, e percebo surgir um sorriso perverso em seu rosto.
- Acho que já gostei da ideia. - ele diz, e coloca a mão sob a minha coxa.
...
- Não gosto mais da sua ideia - diz Falcão, assim que amarro o avental em sua cintura.
- Não fala assim - digo, sujando o rosto dele com molho de tomate. - Pensei que você adorasse macarrão com queijo
- E eu adoro - ele diz, limpando a ponta do nariz, onde eu acabará de sujar. - Mas adoro ainda mais termos a casa só pra gente hoje - ele diz, então ele me abraça por trás e me dá um beijo no pescoço.
- Falando nisso, você avisou sua mãe que vai dormir em casa hoje? - digo, me virando de frente para ele, e apoiando meus braços em seu ombro.
- Eu mandei uma mensagem - ele diz sem tirar os olhos da minha boca, e eu dou uma leve mordidinha no lábio inferior. - Puta que pariu... não faz isso comigo - ele diz, então coloca uma mão em minha nuca e me puxa até ele, fazendo com que nossos lábios se encontrem. Enquanto ele me beijava, ele dava puxões no meu cabelo, o que me fazia soltar leves gemidos; sua outra mão, se aventurava por de baixo da minha camiseta. Ele então desce suas mãos até a minha cintura, e me coloca em cima da bancada, percebo ele dar uma leve cambaleada, mas logo volta a me beijar. Nosso beijo vai ficando cada vez mais intenso, percebo ele desamarrar o avental e puxar sua camisa pela gola, e arranca-lá de uma só vez, eu digo seu nome, mas minha voz sai abafada pela minha respiração ofegante. Percebo ele desabotoar meu jeans e descer o zíper, sinto a ponta de seus dedos empurrando a costura da minha calcinha...
- Chega! - digo, separando nosso beijo e o empurrando.
- E-eu fiz alguma coisa de errado?! - ele diz, então percebo a aflição em seu olhar.
- Meu Deus, não! - digo, e vou até ele. - Pelo contrário... - digo, e fico toda arrepiada por lembrar dos minutos antes dessa conversa, e ele parece perceber a minha euforia.
- Então por que parou?! - ele diz, e um olhar perverso toda conta de seu rosto, e novamente ele começa a beijar o meu pescoço, que ele sabia ser meu ponto fraco.
- Não! Nós vamos cozinhar, já falei! - digo, virando de costas pra ele e enchendo uma panela com água.
- Se eu me comportar, a gente pode terminar o que começou aqui?! - ele diz com uma voz rouca, e podia sentir sua respiração na minha nuca.
- Talvez... - digo, caminhando até o fogão e colocando a panela sob a chama.
Não foi fácil cozinhar com o Falcão, principalmente porque ele se recusou a colocar sua camisa novamente, e vê-lo apenas de avental na cintura... era.. como posso dizer, uma bela distração. Quando terminamos de comer, Falcão me ajuda a arrumar as coisas e a colocar as louças no lava-louças, quando a cozinha estava toda arrumada, apagamos todas as luzes e vamos para o meu quarto.
- Da última vez que estive aqui, você estava se fazendo de difícil pra mim - ele diz, e se senta na minha cama.
- Vai se ferrar! - digo mostrando o dedo do meio pra ele, o que o faz rir. - Como tá a perna?! - pergunto, apontando para o gesso.
- Tá ótima, to pensando seriamente em tirar essa droga - ele diz, levantando a perna.
- Como você vai fazer isso?! Seu médico não te liberou ainda - digo, e ele dá de ombros.
- Com água e uma tesoura - ele diz, e segura o riso. - Já fazem uns 3 dias que eu to de gesso, eu to bem linda, juro.
- Nossa, uma eternidade mesmo - digo, e reviro os olhos. - Faz o que você quiser
- Segunda eu volto no médico, ele já ia tirar meu gesso mesmo, não vai fazer diferença - ele diz, então se levanta, vai até minha escrivaninha e pega uma tesoura. - Vou tomar um banho.
Ele me dá um beijo no topo da minha cabeça e se dirige até o banheiro, poucos minutos depois, ouço o som do chuveiro. Pego meu celular em cima da minha escrivaninha, então percebo que havia acabado a bateria, e o coloco para carregar; me jogo novamente na cama e lembranças de mim e do Falcão na cozinha surgem, e a euforia volta a tomar conta. Me levanto da cama e vou até o armário do corredor e pego duas toalhas, abro a porta do banheiro devagar, e vejo a silhueta do Falcão pelo box do chuveiro. Tiro as minhas roupas e as jogo no canto do banheiro, já as toalhas, eu as coloco sob a pia e caminho até o box, sem fazer barulho, abro a porta lentamente e vejo o Falcão tirando o shampoo do cabelo, noto também que ele já havia retirado o gesso. O abraço pelas costas, ele então se vira pra mim e sorri.
- Onde paramos mesmo?! - digo, com um sorriso perverso nos lábios, e ele me agarra e começa a me beijar.
Ele me beijava intensamente, enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo. Nosso beijo era insaciável, e pude perceber ele ficando cada vez mais ofegante; com uma mão, eu dava leves puxões em seu cabelo, e com a outra, eu o estimulava, podia ouvi-lo dizer meu nome entre um gemido e outro, mas eu não parava, eu estava feroz. Quando ele estava quase chegando ao seu ápice, ele segura a minha mão e rapidamente me vira de costas para ele, me prensando contra o vidro do box. Ele beija o meu pescoço, o que me faz arquear as costas e sem querer, acabar roçando nele, ele então prende meu cabelo entre os dedos de uma de suas mãos, e com a outra, me dá um tapa na bunda, e o som reverbera pelo banheiro esfumaçado. Ele me penetra com força, e cada vez mais rápido, nossos gemidos se misturavam com o barulho da água batendo sob o azulejo. Ele sabia exatamente o que fazer e como fazer, ele solta meus cabelos e coloca a mão em meu pescoço, e me enforca de leve, enquanto apertava minha bunda ferozmente. Eu estava alucinada por ele, naquele momento, o que ele me pedisse eu faria, eu era todinha dele, apenas dele.
- Eli... - eu digo, quando chego ao meu ápice.
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Um passado sem compaixão
FanfictionUm passado sem compaixão, um futuro incerto, relacionamentos conturbados, algumas crises e claro um romance... ou quase isso. Zaryna é a novata que acaba de se mudar para a cidade para recomeçar, sem amigos, sem companhia e principalmente sem passa...