Capítulo 41

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POV. ISAAK

Eu escutei uma conversa entre Henry e Layla recentemente. Melhor dizendo, escutei Layla falar que odiava remédios, o que me fez pensar que ela possa estar doente.

Eu não percebi nenhuma alteração nela enquanto estávamos juntos. Ao invés de continuar escutando a conversa, resolvi deixar pra depois. Henry ou a própria Layla me contariam mais tarde.

No dia seguinte, estranhei ao ver Layla de banho tomado e comendo um lanche caprichado logo pela manhã no QG. Tipo, ela acorda, treina, toma banho e só então come algo.

Ao que tudo indica, ela não vai treinar hoje. Não sinto seu cheiro, então, acredito que ela deve estar menstruada.

Se bem que, quando Layla está menstruada, ela adora sair socando sacos de areia ou pessoas.

Ignorei minha curiosidade e fui trabalhar.

Melhor dizendo, tentei ignorar minha curiosidade. Assim que vo Henry, fui perguntando.

Isaak: Ei, Henry! — ele me encara. — O que anda acontecendo com a Layla? Ela está agindo estranho...

Henry: Ela não te falou nada?

Isaak: Não. Nadica de nada.

Henry: Então não será eu a contar. — ele murmura, entrando em sua sala. — Mas já te adianto o seguinte: você vai precisar ser forte. Agora, vai trabalhar.

Com isso, fiquei ansioso. Oh, merda!

Isaak: Posso tirar o dia de folga?

Henry: Não. Estamos cheios de serviço hoje. Trabalhe só até o almoço e, quando começar os treinos de combate corpo-a-corpo, você pode ir.

Isaak: Okay... — murmurei.

Fiz todo meu serviço na pressa e, como dizia o ditado "a pressa é inimiga da perfeição". Henry acabou me mandando refazer tudo porque a maioria saiu uma cagada.

Demorei mais tempo para terminar minha papelada. Já tinha dado o horário do almoço. Assim que terminei, sai do escritório e fui rumo ao refeitório. No caminho, escutei as vozes de Henry e Layla, cochichando entre eles.

Henry: E então? Por que veio para o QG?

Layla: Eu vim dar uma última olhada. Tipo, vou ficar meses sem treinar ou lutar. Preciso me despedir emocionalmente desse lugar.

Me desesperei. O que deve estar acontecendo de tão grave que Layla não poderá lutar?!

Mudei o rumo e fui para casa. Pensar que Layla não confia em mim o suficiente para me contar seus problemas é tenso.

Eu entendo o lado dela, mas, poxa vida, somos companheiros. Eu merecia um voto de confiança.

Cheguei no meu cantinho e preparei um almoço descongelado e rápido. Comi apenas por comer, pois estava sem emoção alguma ou vontade para tal.

Voltei para o QG assim que terminei o almoço. Vi Layla rejeitar todos os pedidos para treinar os cadetes. Ela nem ao menos está xingando ao ver os erros deles.

Arrisco me aproximar dela e ela se distancia.

Isaak: Ei, Layla. — ela me encara. — Vamos treinar?

Layla: Não estou a fim. — afirmou, andando.

Todos ao redor calaram a boca, surpresos. Eu também não acreditei ao ouvir e achei que minha mente estava me pregando peças.

Isaak: Não vai nem ao menos me xingar, dear?

Layla: Não.

Isaak: Layla...

NOSSAS VIDAS (SNK)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora