Capítulo 40

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POV. HENRY

Eu estava na pior das piores do fundo do poço. Se não fosse a minha luz chamada "cachinhos", iria sofrer muito mais com essa situação.

Raya me ajudou, deu apoio. Foi mais que uma namorada. Cachinhos serviu como meu pilar quando eu estava acabado.

Enfim, todos os meus poderes estão bagunçados. Por sorte (ou azar), ainda consigo falar com minha fera. Não consigo enxergar do olho esquerdo desde que ele ficou com a pupila dourada desde então uso um tapa-olhos/curativo.

Estive muito preocupado. Eu perdi muitos homens naquela guerra e ainda perdemos feio.

Penso em Luna. Ela já deve estar bem. Espero que Pokko esteja cuidando bem dela. Se eu sonhar que ele magoou minha irmã... Vai existir um Galliard à menos no mundo.

Bufo só de imaginar a hipótese.

Raya: Ei.

Henry: Oi, amor.

Raya: Relaxa um pouco. — ela pede, me jogando uma garrafinha de água e ela continuou segurando uma toalha de rosto.

Henry: Não consigo, cachinhos. — peguei a garrafa no ar. — Obrigado.

Ela se aproxima de mim e seca meu rosto. Sua mão me deixa calmo.

Raya: Você já me ajudou antes, Henry. Você e sua família vão dar um jeito nas coisas. No fim, estarão todos felizes e sorridentes.

Henry: Mas, como? Por minha culpa o Paul está... — engoli as palavras em seco.

Eu ainda me recuso a falar que meu irmão morreu por descuido meu. Se eu tivesse, ao menos, colocado ele para realizar uma missão longe da alcatéia...

Raya: Henry, a esperança é a última que morre.

Henry: Sinto em informar, meu bem, mas a minha já morreu há muito tempo. — conto.

Ela me pega de surpresa ao me dar um soco.

Henry: Ei?!

Raya: Cadê o Henry que eu conheço? — ela pergunta, socando meu ombro. — Você não vivia resmungando pelos cantos, Henry!

Henry: Eu...

Raya: Lembre-se que não é só você, Henry. Todos estão juntos com você! Ninguém solta a mão de ninguém! Agora, para de choramingar e vai focar no treino! Aproveita que o Isaak retornou e o usa como saco de pancadas!

Isaak: Eu, não, doida! — ele resmunga.

Raya: Ou pode me deixar chateada por nem ao menos tentae contra-atacar. — ela afirma. — Você que sabe, Henry. Tem um limite de coisas que eu posso fazer. O resto, depende de você.

"Ela está certa", meu lobo afirma.

Joguei a tampa da garrafa em Isaak.

Henry: Bora para o ringue, brother! — ele choraminga, resmungando. — Cachinhos, obrigado. Eu te amo, garota!

Ela sorri e murmura um "eu também te amo". Arrastei Isaak para o ringue.

Layla: Isaak, aguenta firme que eu quero quebrar você depois!!!

Isaak: O que vocês têm contra a minha pessoa?!!

***

   
Me encaro no espelho. Meu olho voltou ao normal. Depois que cachinhos me ajudou a aliviar aquela culpa e responsabilidade, eu senti meus poderes voltando.

NOSSAS VIDAS (SNK)Where stories live. Discover now