Capítulo 22 Se Escondendo

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- O que faz agora que não fazia antes de estar em Minnesota? - Perguntou observando o mesmo ainda assustado. - Ah, vamos. Eu sou só um cara machucado na cama.

- Você é um cara machucado na cama que esta armado.

- Isso também, agora mostre. - Falo e assim ele faz chamas aparecerem em seus braços. - 'Braços de fogo' é literal? Devia ter pensado nisso.

- Você tem algum poder? - Ele questiona menos hesitante.

- Não, sou só um cara machucado que por acaso tem uma arma. - Ri de minha própria fala. Minutos depois, ouvi o grito de Isadora, ela entrou no quarto e se jogou ao pé da cama, o cabelo mais escuro e veias mais saltadas estava nervosa por me ver.

- É um fantasma? - Ela perguntou ofegante.

- É claro que não! Clark! - Gritou James, o primeiro a me abraçar, Isadora também queria, porém teve que se conter por causa do vírus. - Você está bem? - Assim que ele pergunta, Victor aparece na porta, intacto como se eu realmente fosse um fantasma.

- Estou bem. Pode vir, Vic. Não é ruim ver a realidade de vez em quanto. - Falei, o mesmo passou pela porta e se aproximou devagar.

- Estou feliz por não estar morto. - É a primeira coisa que diz e depois seu sorriso aparece. Ele está o mesmo de sempre. Até o olhar de Isadora bater com a arma na minha mão e em Aaron de uma vez.

- Não estávamos aqui e nem Alex, então porque se protegeria desse cara? A menos que se sentisse ameaçado, você não é agressivo, Clark. Ele tentou te matar? - Isadora expõe seu mapa mental para mim como sabe que não irei entregar, se dirigi a Alex que não diz nada. - Quem é ele? E por quê não o matou ainda?

- Este é Aaron Peterson. Ele é o cara que não precisa de resgate e que nos prendeu aqui, também tentou me matar, mas Alex salvou minha pele, obrigado. - Expliquei a eles que agora encaram o menino.

- Não uso esse nome aqui. Não depois de tudo o que aconteceu, quais são os poderes de vocês três? Devo imaginar que você mortal, o suficiente pro Clark, mas não para sua amiga. - Diz se referindo à Isadora.

- É um tipo de carma que ganhei depois da explosão que eu causei. - Comentou a mesma, esperava que ele ficasse com raiva e partisse pra cima dela, mas tudo o que fez foi:

- Legal. Aquela explosão me deu uma vantagem bem legal nessa vida. E os garotos...?

- Por que diríamos esse tipo de informação pra você? Não sabemos o que quer e seus planos, e ainda queremos ver a luz do dia, o que não fazemos a algum tempo. - Retrucou Alex, ela parece ter tomado conta da minha função enquanto não estava aqui para eles.

- Pelo o que eu imagino, vocês também tem regeneração igual a mim? Eu não sabia até a garota atirar. Por causa do fato de saberem que só existe um organização mafiosa em algum lugar do país, não podem sair vivos daqui. - Ele explica gesticulando pouco.

- Porém, nós estamos já que não conseguiu matar e não vai. - Completou Alex.

- Então o que vai fazer? - Perguntei com alguma esperança.

- Eu poderia trancafiá-los em um porão ou no subsolo, ninguém os acharia e nem fariam perguntas, mas vou deixar Clark talvez, me dar uma outra escolha. - Sugeriu Aaron.

- Não pode nos trancar em qualquer lugar! Oras, você tem um exército no seu comando e tem pessoas ruim atrás de nós, precisamos de proteção e um esconderijo! - Exijo.

- Por que eu os daria proteção?

- Por que estava em Minnesota e você poderia ser eu, viemos atrás de você porque achamos que estava em apuros, não se importa? - Questionou James.

- Não.

- Tudo bem, saiam pessoal. Deixe nos conversar. - Pedi e eles obedecem. Apenas Isadora se mantém no lugar, olhava para ele com raiva. - Dora, eu cuido disso.

- Não, não cuida. Ficou inativo por muito tempo, você age por impulso, eu vi suas chamas, o que será que acontece se acordarmos o vírus dentro de você? Não se importa mesmo. - Recitou ele por último, quando pensei que não, Isadora o abraça envolvendo o vírus nele e contaminando junto. Aaron tentou se soltar para logo acender a chama em uma tentativa falha de parar a dor, agora os dois sentem na pele.

           Vírus e fogo juntos, reascende ambos e se fundem de forma celular, foi como ver a meiose em processo, intenso. Nunca tinha visto aquilo! Aaron cai no chão minutos depois, ofegante e cansado, ainda se mantinha no chão quando começou a falar:

- Não faça mais nada do tipo nunca mais. Eu arrumo um lugar para vocês, eu juro!

Alguns dias depois...

O pôr do sol já fazia presença e estávamos andando de carro para Moose Jaw City, Canadá. Foram 5 horas de viagem, mas com sucesso. Aaron havia conseguido um lugar, com seguranças e protocolos à risca, o mesmo não estava no carro já que ficou para trás resolvendo coisas.

- Chegamos? - Pergunta Victor pela décima vez, literalmente.

- Sim, esta é a casa de vocês agora. - Responde o motorista com voz calma. - Podem descer do carro, o local é seguro. - Quando o homem termina de dizer, alguém abre a porta do carro, revelando ser mais seguranças de Aaron, obedecemos e eu verifico a casa enquanto as crianças retiram as malas. Pego as minhas com James e vamos entrando.

- Vocês demoraram! Tanto que eu consegui até terminar duas séries. - Reclama... Aaron? Tomei um susto quando o vi ali, sentado no sofá.

- O que faz aqui? - Questiono.

- Bom, ser mafioso dá trabalho, Clark. Resolvi tirar um tempo com vocês, menos a ruiva, não confio mais em você pelo que fez. - Diz.

- O problema é seu, vamos morar juntos agora. - Isa retruca.

- Aproveitem, escolham seus quartos e descansem. - Falo para todos na sala. - Aaron? Uma palavra. - Chamo o e o mesmo se levanta indo comigo para fora da casa, isolados de todos.

- Qual o problema? A decoração é brega, mas arrumamos depois. - Comenta em tom risonho.

- Obrigado, mesmo que não tivesse escolha de nos proteger ou a obrigação, essa turma é tudo pra mim. Fez um bom trabalho. - Agradeci.

- Eu estou nessa agora. Não tem como voltar atrás!  

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