Capítulo 8 Descobrindo Habilidades

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Pov. Isadora

       Eu havia chegado a tempo de entrar na aula de História, mas foi como se as palavras do professor não entrassem na minha cabeça, a tensão começou e junto com ela o formigamento também, então me acalmei como sempre que faço. Estou em público, não posso me dar ao luxo de demonstrar sentimentos. Aulas terminavam e começavam até que a hiperatividade me dominou por completo, eu já não sentia minhas pernas, quando escrevi um bilhete para que Carter me encontrasse no campo.

       Dei de cara com Thomas que por sorte sabia o horário do mesmo e ficou de entregar, mais tarde eu apenas me foquei em respirar e me manter viva ou consciente. Quando Carter chegou e me viu, fiquei mais calma só não esperava que trouxesse companhia.

     - Isadora? Do que você precisa? - Ele finalmente pergunta, comecei a sentir-me culpada pelo fato de que o coloquei nesta situação onde a única coisa que pode fazer é ficar de mãos atadas.

    - Eu preciso ir ao laboratório. Liguem para o Clark e digam que é um código vermelho! - Falei, rapidamente Carter se levantou e apressou para Antoni pegasse seu celular e ligasse.

   - Como vamos levá-la para Clark sem que ninguém nos note? - Indaga o moreno para James, que agora segura o celular na altura da orelha.

   - Nós damos um jeito... - Disse James, com um semblante pensativo.

   - Hãn, James... Disse sério quando me chamou de melhor amigo? - Antoni muda de assunto do nada. Parecia ser importante a resposta para o mesmo.

   - Não seria um bom momento para isso mas, sim, considero você meu melhor amigo. - A resposta sincera do cacheado parecia ter agradado bastante o garoto.

   - Bom, nunca me consideram ser nada de ninguém. Você também é o meu melhor amigo. - Antoni sorri, parecendo surpreso pelo título novo. O Carter apenas sorri de volta, agora seu foco está em mim e em como acharemos um saída sem que ninguém note.

  - Melhor se apressar, ela está cada vez pior. Como se sente? Isadora? Isa. Você... - Carter começa a dizer mas, antes que eu pudesse fazer algo, minha visão se apagou completamente. Após algum tempo, eu acordei no que diria ser meu quarto em que fiquei depois de Minnesota, está pouco iluminado, ainda bem, lembro me rapidamente da primeira vez em que acordei aqui, as luzes fortes deixaram meus músculos tensos e pressionados, foi a primeira vez em que conversei com Clark e também primeira de muitas vezes em que quase o matei com radiação. Meu quarto é visto facilmente de fora por conta da parede de vidro com uma placa escrito quarentena em vermelho.

   - Melhor? Parece melhor. - Questiona Carter, assim que entra no quarto, com voz baixa para que eu não me assustasse com sua presença repentina.

   - Sim. - Respondi, com um sorriso de lado.

  - O que significa código vermelho? - Ele pergunta se aproximando mais e se sentando no pé da cama.

  - Cada código significa algo para cada cor, código vermelho, significa fora de controle e possível situação que cause a morte ou ferimento de inocentes por perto. Código azul, significa emergência, ferimento ou morte de inocentes, o azul é mais grave que vermelho. Só use com Clark, se algum médico ou cientista ouvir você dizer isso, pode ser que signifique outra coisa mais grave na área deles. - Expliquei, a tempo de Clark entrar no quarto com uma expressão confusa no rosto.

   - E então, doutor, quanto tempo tenho de vida? - Perguntei, em um tom dramático, brincando com Clark.

  - Todo ele. - Respondeu, ainda olhando sua prancheta e ás vezes para mim.

  - Seja especifico, Clark. - Falei, impaciente.

   - Antes, a radiação estava no seu sistema nervoso, interligado nele. Agora, faz parte de você, está na corrente sanguínea, sistema nervoso, em todo o lugar e parece ter feito algo na seu imunológico. Veja. - Clark explica, nem ele parecia aceitar esta possibilidade. O mesmo deixou a prancheta na cama e veio até mim, pegou uma agulha, a mais afiada, e parou para pegar a palma da minha mão.

   - Clark, o que está fazendo? - Perguntei, só para que ele afunde a agulha em minha mão e arraste para o lado, mas ao invés de sangue, o mesmo líquido que vi dos barris saiu e espalhou por todos os meus dedos até que escorreu para meu braço. Não demorou muito para que o ferimento em minha mão se curasse rapidamente como se nunca tivesse sido aberto.

    - Isso é sinistro. - Comenta Carter.

   - Antoni, ele está no corredor? - Questionei e o mesmo nega com a cabeça, justificando que não queria que ele se metesse nisso.

   - E não para por ai, seus exames estão exatamente iguais ao do James antes de eu lhe dar alta. - Informou Clark, fazendo Carter franzir suas sobrancelhas.

   - Disse que eu estava em perfeito estado! - Após sua fala, o mais velho ainda com a agulha na mão, arranha o braço do cacheado sem aviso, fazendo o mesmo sangrar do mesmo líquido na altura do ombro. - Qual é o seu problema? - Grita, logo vendo seu ombro cicatrizar instantaneamente depois.

    - Regeneração instantânea é um estado perfeito e raríssimo, quase impossível de se obter após sair de um hospital sem recursos suficientes para tratamento. E por que Deus, você contou isso para um desconhecido na sua escola? - O homem se vira para James, esperando uma explicação.

   - Ele é confiável. - Falou, como se justificasse algo.

   - Como você sabe? O conheceu a poucos dias atrás, suas habilidades são um descoberta científica muito valiosa, ler mentes, ser um imortal, se alguém mais souber, não vou poder proteger vocês... - Alertou ele. 

    - Já que não pode nos proteger, precisamos saber quem precisa ser protegido. Quantos são como nós? Quantos estavam em Minnesota na explosão? - Questionei, antes que Carter desse um chilique por conta de que foi o último a saber de suas próprias habilidades.

   - Espera, ele também sabia sobre eu conseguir ler pensamentos?! - O cacheado começou a falar.

   - Foram relatados 5 adolescentes atingidos pelo gás e líquido desconhecido no hospital mas, apenas vocês e um outro vieram para cá. - Respondeu, ignorando plenamente James que ficou ainda mais vermelho por indignação.

   - Vocês são inacreditáveis! Com seus segredinhos e omissões! - Reclamou ele, andando de um lado para o outro.

   - Victor? - Digo, apenas para receber sua confirmação.

   - Precisam ter cuidado e não sejam expostos, é perigoso. - Orientou Clark, rindo um pouco de James que ainda murmurava coisas mas, sua mensagem era séria.

   - Você não vem? - Questionei e o mesmo nega.

   - Preciso fazer ciência, quando conseguirem, avisem.

   - Ora, vocês não escutam?! Estou realmente chateado por não me incluírem, também sou parte do grupo! - Carter se aproxima em forma de exigência, Clark apenas nos olha com um olhar divertido.

   - Enquanto você esperneava, decidimos que nós dois iremos atrás de Victor, ele é também estava em Minnesota e passou por aqui. - Informei ao mesmo, enquanto me vestia com minhas roupas ali mesmo.

    - Ótimo, iremos juntos. - Falou ele, parecendo conformado o que me faz sorrir largamente por conta de sua mudança drástica de humor.

Controles da Mente - OriginalWhere stories live. Discover now