Capítulo 11 O perigo ao nosso redor

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Pov. Isadora

      - Victor! - Eu grito enquanto ele ignorava completamente, apertando os passos até o elevador.

       - O que foi, ruivinha? - O mesmo diz, virando se para mim.

     - Se não avisarmos a eles, podem descobrir este lugar do mesmo jeito. Só precisamos que diga onde eles estão e então poderemos avisá-los antes que seja tarde. - Expliquei.

    - Me explica desta mutação, o que ela fez em nós? - Perguntou, interessado.

*****

Pov. James

      - Você tem a ficha do próximo adolescente? - Pergunto, Clark apenas nega com a cabeça.

      - Tudo o que sei é que estão no Canadá. - Comenta, dando de ombros.

      - Estão em Ottawa. Os dois, coincidência, não é? - Diz Victor, encostado na porta do quarto ao lado de Isadora.

    - O que o fez mudar de ideia? - Questionei a ele.

    - É mais seguro todos juntos porém, ainda vou me formar depois de tudo isso. - Respondeu. - E uma observação, eu sou o único aqui que pesquisou a fundo sobre a explosão e quantas pessoas tinham realmente no litoral, eu sou único que sabe todos os perímetros daquela praia toda e para onde todos foram depois, hospitais, hotéis, laboratórios e muitos outros.

    - Fez tudo isso para que encontrasse seu pai? - Perguntou Clark, com um tom de surpresa.

    - Faria de novo. Vamos logo. - Ele diz, não sabia que Victor também tinha perdido um pai, é pior porque eu sei que o meu está em um lugar fixo onde posso encontrá-lo mas, ele não, não sabe de seu paradeiro e se está vivo e o pior, não pode ir atrás dele.

   - Não podemos sair assim, somos 3 crianças sem identificação e um adulto desconhecido. - Clark descreve fazendo todos franzir a testa.

   - Eu vou fazer 18 em menos de um mês. - Victor diz, indignado.

   - Eu posso te matar em menos de 18 segundos. - Isadora o corta completamente e entrando no quarto.

    - Ninguém aqui é maior de idade e mesmo que tivessem ainda teriam uma mentalidade de 2 anos! - Diz Clark, sobressaindo a voz de todos. O mesmo começa a pegar várias coisas, também nos mandou pegar roupas e avisar nossos parentes que sei lá, apenas avisar que estamos com Clark. Ele parece ter conseguido a confiança de muitos, Isadora não ligou para ninguém apenas ficou ajudando o mais velho.

  Algumas horas depois...

    Depois de sairmos do laboratório, pegamos todos os nossos pertences em casa com a desculpa de que precisamos ficar em quarentena e que a radiação pode afetar quem estiver por perto. Clark nos fez quebrar nos telefones e jogá-los fora para que ninguém rastreie, e entre outras coisas.

   - Depois que acharmos eles, vai voltar tudo ao normal? - Victor pergunta, o seu tom era de preocupação.

   - Eu não tenho certeza mas, nada foi normal depois do acidente. Vocês vão se formar, eu prometo. - Clark diz, em um tom que passava confiança.

   - Preciso buscar algo na minha casa, ainda estamos em Seattle e o voo é em algumas horas, eu já volto pra cá.

Pov. Isadora

     Subi pelo elevador, espero que não tenham esvaziado o apartamento ainda, apesar de já fazer alguns dias desde a morte de Ângelo. Encontrei a porta entre aberta, escorei minha mão devagar na mesma e entrei em silêncio, vendo que está vazia entre aspas porque, isso aqui fede! Andei alguns passos a mais e vi embalagens de salgadinhos, garrafas de vidro, umas estavam quebradas perto do sofá, cigarros na mesa de centro, a TV está ligada no jornal, deve estar assim a dias... Nem entrei na cozinha porque já sentia o cheiro de gambá.

      - A casa estava neste estado quando ele saiu? Eu sei que nunca fechou a porta mas, deixar a casa neste estado? Ele estava bem pior do que imaginei. - Comentei, abri a porta do meu quarto que por sinal está todo revirado como se tivesse invadido. A cama esta fora do lugar, janela quebrada, peguei o que restou apenas, fotos polaroides de meus amigos, falecidos amigos, abri o armário e peguei minhas roupas, de preferências as que minha mãe usava e passava pra mim, no chão dele, tinha uma caixa preta, era meu cofre, havia sinais de alicate na fechadura mas, ainda estava lacrado.

       Imagino que Ângelo tenha tentado invadir minha privacidade, pelo menos o cofre está a salvo. Eu tenho todas as fotos da minha mãe aqui, algumas com meu pai enquanto namoravam, de mim quando bebê até uns 7 anos, são lembranças boas mesmo que eu não lembre, coloquei as fotos atuais junto com as outras no cofre. Sai dali no maior silêncio com roupas e pertences.

     - Conseguiu? - Clark pergunta, está sentado na cadeira do aeroporto provavelmente esperando o voo, ao seu lado, Victor assobiando alto demais e Carter claramente irritado porque é perceptível seu rosto que está rosado em um tom claro.

  Pov. Victor

   O voo foi até que legal, percebi que não preciso ser convincente para que façam o que eu quero, só preciso perguntar em forma de sugestão e acontece magicamente! Clark dormiu a viagem inteira alegando enjoo, James ficou ao seu lado ouvindo música e Isa ficou enchendo o saco dizendo que não deveríamos pisar na primeira classe sem permissão.

    - Meu amor, acontece que a primeira classe é o meu lugar. Não pode separar algo que foi feito para ficar junto. - Falei, colocando a última uva verde em minha boca em tom de deboche para ela.

    - Algum dia, alguém vai acabar te dando um surra por ser deste jeito. E vai ser a mesma pessoa que será imune ao seu poder. - Ela me alerta, andando para longe de mim.

    - Com licença, James, correto? Qual é o seu poder, meu amigo? - Perguntei.

    - Sim, eu consigo ler o pensamento de outras pessoas, aparentemente. - Respondeu.

   - Aparentemente? Bom, aparentemente, no que eu estou pensando? - Questiono, apenas para provar que ele faz o que realmente diz.

    - Não funciona com você. E antes que diga, eu também não consigo ler os pensamentos da Isadora. Parece que tem alguma interferência, o fato de termos habilidades que envolvem o cérebro humano e não podermos usar nossos poderes em nós mesmos.

    - Isso explica, você não lê meus pensamentos, eu não posso fazer com que você faça o que eu quero e Isadora não pode nos matar com radiação. Excelente! - Falei, irônico. - O que o Clark está pensando?

    - Chegamos em Kansas e que vamos ficar num hotel até o voo de amanhã para Ottawa. - Respondeu, plenamente.

Controles da Mente - OriginalWhere stories live. Discover now