Capítulo 20 Eu sou o perigo - Parte 2

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POV. Alex

Após descobrirmos que a casa do último sobrevivente de Minessota está totalmente em cinzas, voltamos para a estrada, mas antes, paramos em um posto de gasolina que ao lado tem um restaurante. Victor e James foram comer, Isadora foi encher o tanque do carro enquanto provavelmente também foi raciocinar tudo, eu fiquei no carro junto de Clark para pensar não é atoa que dizem 'duas mentes pensam melhor do que só uma'.

- Bom, se anima, vai! Ainda podemos achá-lo, pensa comigo, se ele realmente não tem controle algum sobre o seu poder teoricamente, o fogo, alguém deve ter visto ele ou até mesmo ter chamado os bombeiros para apagar o incêndio da casa. - Começo a falar quando vejo que Clark realmente não gostou do fato de ser tudo mais difícil agora.

- Talvez tenha razão, mas e ai? O que vamos fazer? Sair por ai perguntando 'Ei! Você viu um garoto de fogo andando na rua?'. - Ele debocha, suspira e cruza os braços parecendo impaciente. Olha, ás vezes, é muito difícil lidar com certos temperamentos do Clark.

- Clark! Para de ser assim, coloca nas notícias do seu tablet. Se ele foi exposto, vamos saber. - Ordeno-o pegando seu tablet e colocando nas notícias da semana passada.

'Veja a nova celebridade que acabou de se mudar para a sua cidade, talvez você a conheça!'

'Nova receita para Bolo de laranja dos Trane, Você conhece?'

'Incêndio em igreja é alvo de vandalismo na zona norte.'

De repente, um vídeo se ativa na minha tela ocultando qualquer outra visão que eu tenha no mesmo, quando decido clicar de curiosidade, o vídeo começa a reproduzir e uma voz sai do aparelho.

- Um assalto aconteceu no centro da cidade, um homem invade uma loja de conveniências e decide assaltar a mão armada. O indivíduo entra no local já atirando no teto em aviso e pegando tudo do caixa . - Explica o repórter. - O suspeito não tinha máscara ou qualquer coisa que tampasse seu rosto, permitindo assim que a policia o reconhecesse como um dos capangas da mafia mais poderosa da cidade, os leões dourados cujo símbolo estava bordado nas costas do casaco do homem. Felizmente, o ladrão foi detido por um tipo de tocha humana que se voluntariou para salvar os reféns na loja, houve dois feridos e uma morte no confronto.

- A tocha humana ainda está por desconhecido já que matou o suspeito envolvendo com seu próprio fogo, um verdadeiro ato de defesa e heroísmo.

- Por que está com essa cara? Quantos adolescentes você conhece que tem a habilidade de fogo que nós queremos achar? - Questiono animada por ter conseguido uma pista.

- Como vamos saber para onde ele foi, Alex? Não temos ideia da localização dele agora que todos estão de olho no 'tocha humana'. - Ele diz ainda desanimado, pelo menos agora está olhando para mim.

- Leões dourados! O Aaron assassinou um cara de uma das máfias mais perigosas da cidade, não importa para onde ele foi, sequestraram e levaram para a base deles. Só precisamos descobrir onde é! - Informo para um morto que simplesmente revira os olhos para mim.

- Você fala como se fosse só pesquisar no Google, não se acha uma máfia do dia para a noite, garota. - Reclama fazendo-me dar um soco em seu ombro. - AI! O que está fazendo?

- Procura logo o lugar, Clark! Antes que eu te jogue deste carro, eu vou comer um pouco e quando voltar, quero uma pista de onde esses mafiosos possam estar, valeu?

- Valeu. - Ele responde assustado provavelmente por eu ter levantado a voz do nada. Saio do carro puxando Dora comigo até o tal restaurante para que possamos comer de verdade. Após algum tempo, voltei com todos ao carro na esperança de que Clark tenha achado algo ou pelo menos ter levantado seu humor.

- E ai? Você por acaso, tem uma pista? - Perguntei com hesitação.

- Umas das regras dos mafiosos é: 'Nunca vá a algum encontro sozinho'. - Respondeu olhando pelo retrovisor, já que agora todos nós sentamos atrás.

- Mafiosos? O que foi que eu perdi? - Questionou James confuso.

- Nós achamos uma reportagem em que vimos o Aaron atacando um membro de uma mafia, sequestraram ele dias depois e estamos tentando achá-lo. - Expliquei.

- Como sabem que não o mataram? - Perguntou Isadora.

- Não sabemos. - Respondi.

- Então, vamos atrás de uma possível perda de tempo? - Completa Victor.

- Não seria uma perda de tempo. Se encontrar Aaron morto, saberemos que vocês tem uma fraqueza mas se não, só comprovaria nossa teoria. - Diz Clark ligando o motor logo em seguida.

- Está dizendo que o homem na loja não estava sozinho? Que teria alguém do lado de fora talvez, esperando o? - Supus.

- Existem câmeras fora da loja que talvez tenham o filmado. - Informa James

- Precisamos achar as filmagens dessa câmera então. - Completou Victor.

- Antes de irmos, eu queria dizer que independente do que descobrirmos ou o que acontecer, tomem conta um do outro. Isso daqui já deixou de ser uma aventura com os amigos faz tempo, não façam nada estúpido ou vamos morrer. - Clark falou agora olhando para cada um de nós, fazendo um clima sério se formar agora.

- Não vamos. - Assegurou Victor, o que nos dá um moral maior do que já tínhamos.

POV. Clark

Horas após acharmos a filmagem, descobrimos uma brecha em meio à várias investigações policiais e interrogatórios, um galpão fechado, na estrada de fronteira para a cidade. É lá onde traidores, traficantes e outros são levados para tortura, não sabemos onde eles de fato ficam, seria bem difícil achar, obviamente. Achei melhor estacionar um pouco longe e na mata caso tentem alguma coisa contra o meu carro novo.

- Eles estão lá dentro? Como vamos entrar? - Questiona James assim que pisamos para fora do carro. Todos me olham como se tivessem esquecido desta parte do plano.

- Infiltrados, vocês entram em dupla para que um de cobertura para o outro caso de algo errado, eu vou atrair toda a atenção. Então, preparem-se!

Após entramos no galpão, percebemos ele pouco movimentado e sem tantos guardas, tudo ia bem, conseguíamos ouvir cada palavra deles até por um descuido meu, ecoa um barulho de metal por todo local e nos avistam de baixo, começando a atirar com todas as armas que tinham em mãos.

- Clark! - Isadora grita ao ver que eu tinha caído no chão, a mesma corre até mim antes que a atenção dos guardas voltem para nós e os tiros também. Sinto minha camisa molhar e uma dor muito forte me atingir, as últimas coisas que vi foi Isadora gritando para os outros em desespero, talvez. Eu também não conseguia ouvir direito.

- Ei! Vai ficar tudo bem, aguenta ai! - James agora me tranquilizava olhando nos olhos. Tudo se apagou depois.

Controles da Mente - OriginalWhere stories live. Discover now