Capítulo 17 Aaron Peterson

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  Ottawa, Centro

Entrando em um estabelecimento, tiros são disparados em direção ao teto chamando o máximo de atenção possível, o homem tinha o rosto exposto e portava um fuzil nas mãos. O mesmo se aproxima do caixa gritando:

- Afasta-se do balcão! - Gritou para a atendente que saiu da frente no mesmo momento. O homem pula o obstáculo, começando a ensacar todo o dinheiro do caixa que havia ali. As câmeras não conseguiram pegar imagens já que o mesmo tinha disparado no primeiro momento em que as viu. Ele usava luvas pretas, um casaco e uma calça da mesma cor como se não fosse chamar nenhuma atenção mas seu tênis era um Jordan branco.

Hotel Hooney...

POV. Clark

Reunindo tudo o que tinha, finalmente cheguei a uma pista de onde o último sobrevivente está, os acontecimentos com Alex não poderiam me deixar mais ciente do quanto dever ser traumatizante para eles nesse momento. Eles não podem ter uma simples vida adolescente como toda criança tem? Reuni todos no meu quarto para poder conversar.

Como sempre, o abusado do Victor já se apossou da minha cama, James se contentou apenas em se encostar na parede ao lado da porta, enquanto Dora e Alex se sentaram na ponta da cama.

- Eu sei que estão cansados dessa viagem, eu também estou. Isadora me contou sobre os recentes pesadelos de Alex e não me surpreende que isso esteja acontecendo. Alex, os seus pesadelos são mais para um terror noturno, veja, os pesadelos geralmente te fazem acordar e ficar assustada no meio da noite ou assim que acorda, mas de acordo com a Isadora, você não acorda.

- Eles são muito reais para mim, Clark. - Ela comenta parecendo que está tentando entender a situação.

- Sim, como todo pesadelo é. Terror noturno é um distúrbio do sono classificado como parassonia, é tipo um pesadelo mas intensificado pode ser causado por muitas coisas, as principais são ansiedade, estresse, ás vezes um pensamento intruso, uma preocupação excessiva. No seu caso, eu diria estresse pós-traumático, você viu pessoas morrerem, pessoas importantes para você, Alex.

- Os meus poderes vieram mesmo daquela explosão? - A mesma questiona.

- Você é bem esperta. Eu peguei os relatórios do Laboratório em que você esteve, os médicos de lá parecem ser muito sortudos ou já sabiam que você tinha uma coisa especial no cérebro, não sei te dizer exatamente quando conseguiu os poderes, mas não a explosão que fez isso... - Pego os papéis entregando a ela que estava em total confusão.

- Os cientistas do mal ferraram com sua cabeça, amiguinha. - Comenta Victor depois que Alex começa a ler os papéis.

- O fato da Alex conseguir suportar estar perto da Isadora em momento de contaminação do vírus não é um completo borrão. Teoricamente, vocês estão contaminados com o vírus, todos, a diferença é que ela consegue controlar já vocês tem seus poderes para ocupar lugar.

- Então, teoricamente... - James começa a falar sendo interrompido.

- Eu não sou fatal para vocês. - Completa Isa.

POV. Aaron

Ah, desculpa! Pensei que você ia ficar lendo a conversa deles sendo que o capítulo é sobre mim... Nem nos conhecemos e e já está desinteressado(a)? Eu vou mudar isso, relaxa!

Quanto a mim, pode ser que as coisas possam ser um tanto diferentes já que você leu as histórias deles primeiro. Eu cresci em um orfanato desde os 3 anos de idade, nunca conheci meus pais, mas fui adotado aos meus 10 anos por um casal muito jovem e muito que digamos, com dinheiro. Eu nunca agradeci sabe, por tudo, sem querer ser meloso agora porque na época eu não fui.

Começamos por sem mais delongas com Minnesota, eu fui com meu pai adotivo para a praia, de férias? Não, ele estava inaugurando uma empresa, acredita? Fomos para um local paradisíaco com casais, velhos ricos em lanchas, crianças correndo e deixando suas mães loucas, adolescentes nadando apenas para trabalho. Minha mãe obviamente ficou em casa dizendo que tinha coisas melhores para se fazer, claramente uma desculpa.

Tudo aconteceu muito rápido, eu deixei o meu pai na empresa porque eu fiquei com fome e tinha uma tenda na areia vendendo costelas na brasa. O cheiro subiu e uma coisa levou a outra, quando eu vi, lá estava eu comendo. A explosão fui muito alta e estrondosa, assustou a todos na praia, algumas pessoas correndo machucadas, corpos, até vendedor começou a tossir de repente e depois eu também senti o tal cheiro de queimado.

O homem caiu já desmaiado na areia puxando consigo todo o churrasco e óbvio, o fogo, no meio da confusão, larguei minha costela para tentar puxá-lo para fora do fogo e quando eu menos esperei houve outra explosão, desta vez, bem onde eu estava na tenda, não consegui salvar o vendedor, estava ocupado sendo queimado vivo.

Quando recuperei consciência, descobri estar no hospital junto com a minha mãe, ela me disse que o prédio onde meu pai estava tinha desmoronado depois de explosões perto demais no local. Eu também já tinha 18 anos, ficamos só eu e ela até um certo tempo.

Flash Back

  - Afaste-se do balcão – Ouvi seus gritos, quando me aproximei a fim de entender o que acontecia na loja, um homem aponta um fuzil em minha direção e grita:

- Esvazie os seus bolsos, agora! - Empurra a arma contra meu peito, fazendo me dar dois passos para trás meio desnorteado, logo cumpri suas ordens diretas. Observei o mesmo a minha frente, tinha luvas nas mãos e não cobria seu rosto.

Sem avisos, ele dispara contra a atendente e logo depois se para mim como se pensasse em algo. - Vai ficar parado ai? Pegue os pertences de mais valor da atendente, agora ela não pode mais contestar sobre. - Ele diz rindo um pouco, fazendo me sentir com raiva, mas não a normal, algo tinha mudado, era incontrolável.

- Garoto, vai pegar as minhas coisas! Anda! - O mesmo me empurra novamente, é quando vou empurrar lhe também que ele defende com o próprio corpo da arma. Ele me dá uma rasteira, coloca a arma nas costas e vem pra cima de mim, socos e chutes são distribuídos em meu rosto. As palavras que ouvi saírem de sua boca antes que eu sentisse a adrenalina de novo foram:

- Você tentou me bater? Eu te mandei fazer uma coisa só!

Senti todo meu rosto ferver como a própria lava e de repente, eu tinha o controle da situação, queimei ele vivo, não me lembrava direito de como tinha acontecido, percebi o que tinha acontecido quando todos na loja começaram a bater palmas e a levantar, estranho? Sim. Não é todo dia que se tem habilidades assim, mas as pessoas deveriam estar tão atordoadas que nem se ligaram nisso.

Controles da Mente - OriginalTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon