Capítulo 8

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Ponto de vista de Camila.

A luz do amanhecer traz consigo a vergonha. Uma dor latejante se espalhando em minha têmpora. Por que eu sinto que estava morrendo? Imagens confusas passaram pela minha cabeça, mas nada se conectou ou fez sentido, apenas um grande buraco negro do nada. Obrigado, vodka. A dor pareceu se espalhar pelo meu rosto. Eu gemi. Alguma coisa me atingiu? A náusea cresceu.

Minha última memória foi tomar com Vicenzo uma garrafa de Grey Goose, logo depois da saída repentina de Lauren do meu apartamento. Meu estômago embrulhou com a memória daquele gosto amargo deslizando pela minha garganta, e engoli para manter a bile baixa. Fragmentos da noite vieram em clipes vívidos.

"Ele subindo na cama, se ajoelhando entre minhas pernas separadas." Minhas mãos pressionando cada lado do colchão."

Mais que diabos deu em mim ontem a noite? Nunca tive ninguém na minha cama antes. Este sempre foi meu espaço pessoal.Normalmente faço sexo em quartos de hotel porque não gosto de dividir minha cama. Eu ultrapassei o limite. Meu único deslize foi ter transado com Vicenzo na minha cama. Ele foi extremamente oportunista.

Mais flashes vieram e eu gemi. Lembrei-me do segundo gole. 
Terceiro. Quarto. As coisas ficaram
nebulosas.

Meu corpo estava em exibição com meus seios para fora.Eu choraminguei
e envolvi meus braços em volta de mim,para cobri-los,desejando muito estar vestida agora. Movendo-me rapidamente, eu deslizo para fora da cama, levando o lençol comigo para que eu possa enrolá-lo em volta de mim.Suspirando, atravesso o quarto e chego ao banheiro. Fechando a porta atrás de mim. Ajoelho-me no vaso sanitário. Com os dedos pressionados, eu empurro minha garganta e me livro de tudo que consumir ontém a noite.

Movendo-me para a pia, me olho no espelho acima dela. Eu odeio o que vejo olhando de volta. Eu puxo o lençol do meu corpo, me expondo. 

Ligo o chuveiro, tentando controlar minhas emoções, que estou tendo agora. Se eu não estivesse no meu atual estado bagunçado, eu tomaria meu tempo no banho.Envolvendo a toalha com força em volta do meu corpo, lentamente abro a porta do banheiro.

Preciso me vestir e seguir para o trabalho. Abro a gaveta pego minha calcinha e um conjunto de roupa.

Estou vestida e pronta, tomando uma xícara de café, tentando acalmar meus nervos nervosos antes ir para a agência.

Minha cabeça está dolorida e pesada.
Eu ouço o tom de alarme de celular bipando ao fundo, e sei que não é o meu. Então... prendendo a respiração.
Corro até a sala meus saltos ecoando no piso de mármore.

Eu atravesso a sala em passadas rápidas Puxo o telefone do carregador
e solto um suspiro. Ela esqueceu o telefone.

Ponto de vista de Lauren.

Quando abrir os olhos pela manhã, tive a nítida impressão de que alguém me observava. Olhei ao redor de meu quarto, tentando ficar o mais imóvel possível. O teto estava vazio. Nada em minha cômoda. Então eu a viu sentada no parapeito da janela, imóvel, exceto pelo delicado movimento de suas antenas.

 "Uma barata".

— Você só está procurando encrencas, não é?" Eu disse baixinho para a barata.

— Você quer que Hazel veja você?

A barata esfregou as antenas e parecendo entender o que eu digo, fugiu. Suspirei. O que estava acontecendo com as baratas ultimamente, afinal? Sempre tivemos algumas no apartamento, mas agora parecia que toda vez que eu me virava, avistava uma. Elas apenas ficam lá sentada ... olhando para mim. Eu nunca gostei de matar insetos, mas se Hazel a visse estaria perdida.

Entre o Amor e a VingançaWhere stories live. Discover now