Determinação

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Sasuke pov

Os três dias que seguiram foram tristes, acima de tudo.

Eu e Sarada íamos ao hospital pela manhã e ficávamos o dia todo por lá. Normalmente fazendo companhia a uma Sakura desacordada, mas que apresentava sinais de melhora.

No dia seguinte ao nascimento dos meninos eu e Sarada fomos ao hospital. Ela passou na floricultura e comprou flores pra Sakura. Narcisos, que ela sabia que a mãe gostava.

Chegamos e entramos no quarto, ela ainda estava desacordada, mas segundo o médico  que entrou logo após nós dois, disse que ela estava reagindo bem e que logo estaria consciente.

Eu não sabia o que iria dizer a ela quando acordasse, na verdade eu tinha medo.

Medo do que dizer, medo da reação dela, medo de perder um deles ou os dois e ela ficar inconsolável...

A verdade era que nosso futuro era uma incógnita.

Sarada se emocionou ao ver a mãe no soro e com tantos fios atrelados a si. Ela segurou a mão de Sakura e chorou. Deixei que ela expressasse seus sentimentos, eu não sabia exatamente como agir, não era bom nisso desde quando perdi meus pais.

Logo ela pediu para ver os irmão e fizemos todos os procedimentos para entrar na UTI Neonatal.

Seus olhinho brilharam ao ver os dois, Hiroshi já estava acordado com os olhos abertos, a médica responsável pela UTI explicou que era um bom sinal, de que estava reagindo bem aos medicamentos e que logo poderíamos pegá-lo no colo. Já Hideki parecia estar na mesma posição que ontem, quando o vi pela primeira vez. A médica disse pouco, apenas que ele continuava na mesma, enquanto isso Sarada dava o dedo para Hiroshi segurar e eu me aproximava de Hideki, não sabia se ele poderia me ver, só queria dizer a ele que eu estava aqui. Que nós estávamos aqui.

Eu queria que houvesse um modo de trocar de lugar com ele. De dar minha força a ele, mesmo que isso me sacrificasse. Me sentia mal de saber que a energia dele havia sido usada para me salvar.

Nosso tempo na UTI acabou e voltamos ao quarto de Sakura. Ficamos ao lado dela o máximo de tempo que poderíamos, Sarada contava a ela como os irmãos eram fofos e que ela ficaria encantada. Segundo a mesma me dizia, pessoas inconscientes podiam nos ouvir e nos entender, e ela acreditava que a mãe podia ouvir. Voltavamos para casa a noite para no dia seguinte estarmos lá cedo e assim foram nosso três primeiros dias. No quarto dia, Sakura ainda não tinha dado sinais de que acordaria e Shizune me explicou que era normal, afinal ela chegou ao limite, a boa notícia era que o selo byakugou estava voltando, então logo ela acordaria. Na UTI neonatal, Hiroshi estava no colo de uma enfermeira e mamando uma minúscula madeira. Meus olhos brilharam, tenho certeza, era uma boa notícia finalmente. Me dava alguma esperança.

A enfermeira me ofereceu o pequeno para que eu o pegasse no colo, mas eu não aceitei, o fato de ter um braço só me impedia de fazer isso.

 - Ora mas nós damos um jeito agora mesmo - me disse a enfermeira baixinha com bochechas rosadas que percebeu meu desconforto por eu ter um braço só.

Ela deixou Hiroshi delicadamente na incubadora aberta e me pediu para segurar a mamadeira em sua boca enquanto ela ia buscar alguma coisa que eu não entendi o nome.

Minutos depois ela voltou com um pano que ela chamou de sling. E enrolando ele no meu corpo aconchegou Hiroshi no meu peito. A sensação era boa, mas estranha, eu me sentia uma mãe canguru, acho que essa era exatamente a intenção.

 - Prontinho - falou animada - agora você pode andar com ele por aí.

 - Eu ... Eu... não sei ...- gaguejei, eu Uchiha Sasuke estava nervoso e inseguro e estava gaguejando ao falar com uma enfermeira que tinha idade para ser minha mãe - e se ele cair ? Ou eu o machucar? Isso não está esmagando ele ?

Blood CirculatorWhere stories live. Discover now