Capitulo vinte e um

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Noah e eu agradecemos e caminhamos calados até o estábulo em que estão os cavalos. De longe, avisto um lago negro ao fundo e suspiro com as boas lembranças que este ambiente me proporciona, a paz que este lugar me trás é surreal.

-Aqui é muito bonito._Noah diz enquanto eu acaricio seus dedos.

-Tem razão, é mesmo muito bonito._sorrio, encantada.

-Então...você sabe cavalgar?_ele pergunta, fazendo um sorriso malicioso surgir em meus lábios.

-Muito bem por sinal._digo fazendo Noah explodir em uma gargalhada gostosa, jogando a cabeça para trás.

-Você é mesmo uma pervertida._sorrio, dando de ombros, admirando abismada o quão lindo ele é.

-É você quem está imaginando coisas, não disse nada demais._dou de ombros, sorrindo.-Vamos, lá estão eles.

Dois cavalos estão prontos, apenas nos esperando. Noah é o primeiro a alcançar um cavalo preto, forte e malhado. Seus olhos brilham quando suas mãos acariciam a pelagem do animal.

-Ele é lindo._concordo, colocando minhas mãos no bolso traseiro da calça, admirando-o.-Qual o nome dele?

-Zeus._me aproximo, acariciando sua crina.-Esse é Hades._digo, me referindo ao outro cavalo.

-Alguém aqui gosta muito de mitologia._ele brinca, arrancando de mim uma risadinha.

-Você tem razão, meu pai ama._brinco com as rédeas entre os dedos, amarrada no celeiro.-Quantos você calça? Acho que meu pai tem algumas botas guardadas lá dentro, deve servir em você. É melhor para montar.

-Quarenta e dois.

-Ótimo, irei pegar.

Noah apenas concorda. Deposito um rápido beijo em seus lábios e corro para dentro do estábulo, procurando os armários com os equipamentos para cavalgada.

Pego uma das inúmeras botas de montaria do meu pai e separo para o Noah. Sento-me em um banco ao lado, retiro meus tênis e os jogo de lado, calçando um par de botas adequado ao meu tamanho. Amarro meus cabelos castanhos em um rabo, pego os sapatos do chão para Noah e caminho novamente para onde ele esta. O homem alto dos olhos azuis me aguarda pacientemente, distraído com os cavalos.

Noah sorri ao me ver e eu sorrio de volta, acenando feito uma boba apaixonada.
Eu não me sinto assim tem muito tempo e, coincidentemente, a última pessoa que me fez sentir desse modo anos atrás, foi justamente ele.

-Aqui está._entrego-lhe os sapatos.-Pode calçar, te espero aqui.

Noah se afasta para calçar as botas de montaria enquanto eu fico admirando o céu e a paisagem em si.

Laura, a senhora responsável por tomar conta da casa, de longe acena pra mim, dando um sinal de positivo. Sorrio e aceno de volta. A conheço desde pequena, sempre que vinha aqui, ela me dava os melhores doces e me levava para os melhores cantos da casa.

Ela é uma das pessoas que sabe muito bem o ódio do meu pai pelo Hector Thompson, ou melhor, pela família Thompson. Laura, assim como eu, já ouviu muito meu pai se queixar do seu rival.

Eu não sei se ela conhece Noah, não sei se ela sabe que ele é filho do homem que meu pai odeia. De qualquer modo, quando eu liguei avisando que estava a caminho e com companhia, pedi a ela que não comentasse nada com meu pai da minha vinda. Apesar de ter medo, sei que posso confiar nela. Laura não contará nada ao meu pai.

Apenas diga que me amaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora