Capítulo um

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Noah narrando:

Os almoços de domingo que minha mãe inventa pelo menos uma vez por mês - por conta de nossas agendas ocupadas - é um evento obrigatório, e coitado do infeliz que não aparecer, irá precisar aguentar uma boa quantidade de ligações sobre o quanto ele esta desvalorizando os momentos juntos com a familia.

E justamente por este motivo, eu nunca ousei não comparecer. Minha mãe me mataria, se assim fizesse.

Assim que estaciono meu carro na vaga reservada entre os carros dos meus avós, saio do veículo e vejo minhas irmãs vindo em minha direção completamente eufóricas.

Katherine e Amélia correm a todo vapor e eu sorrio, abrindo os braços para as duas. Ambas me agarram pela cintura, dando pulos animadas. Katherine é a mais velha, ela está com quinze anos e Amélia com doze.

-Que bom ver minhas irmãs favoritas de novo!_abraço as duas enquanto andamos pelo jardim até a varanda nos fundos da casa, onde está a mesa em que são feitas as refeições de domingo.

-Noah, quando você vai me levar pra andar de kart de novo?_Katherine pergunta com a voz ansiosa.

-Que tal na próxima semana?

-Legal!

-Eu posso ir também?_Amelia pergunta, puxando minha camisa.

-Claro! Acha que vou deixar minha gatinha de fora?

Ambas pulam felizes e saem correndo. Assim que me aproximo da mansão, minha avó, Margot, foi a primeira a vir em minha direção, me dando um abraço esmagador pelo pescoço.

-Que saudades! Parece até que esqueceu que tem uma avó._ela fala após me dar um beijo na bochecha.

-Nem se eu quisesse iria conseguir._abraço-a apertado pela cintura.

Minha avó é divertida e está sempre sorridente. Tem os cabelos grisalhos e olhos claros como os meus. Meu avô veio logo em seguida me cumprimentar com um abraço e um aperto de mão.

-Como vai, querido?

-Estou bem._respondo, depositando um beijo em sua testa.-E o senhor?

-Estou ótimo.

Minha mãe surge e me da o mesmo abraço esmagador que minha avó.

-Querido, estava morrendo de saudades._ela me enche de beijos na bochecha.-Como tem passado? Você parece pâlido, tem se alimentado direito?_abraço-a e a tiro do chão alguns centímetros antes de soltá-la.

-Mãe, eu estou bem._dou um beijo em sua testa.-Tenho vinte e oito anos, sou um garoto grandinho agora.

-Vocês todos sempre serão meus bebês.

-E nem tente dizer o contrário._meu pai veio logo atrás rindo. Ele passa o braço em volta do meu ombro em um abraço.-Depois você irá me contar o que rolou na boate fabric._sussura em meu ouvido, em tom de desaprovação.

-Vou lá dentro ver como vai o almoço.

Mamãe se retira e JP vem em minha direção me cumprimentar com um aperto de mão, bem típico dele.

-Vi notícias suas em um site._comenta, me fazendo revirar os olhos.

-Pelo que parece você esteve com duas na última noite. Você não cansa, não é mesmo?_Nicolas surge, com os cabelos bagunçados.

Meu irmão está alto, com um olhar mais maduro e adulto. Seu corpo esguio já não é tão magricela, seus braços agora são forte e definido. Nicolas está com dezenove anos.

Apenas diga que me amaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora