Capítulo treze

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Alina narrando:

Eu tinha escolhido uma calça jeans de lavagem clara, uma blusa de gola canoa da cor branca e listas finas pretas. Deixo os cabelos soltos, levemente ondulados e faço uma maquiagem leve.

É um aniversário infantil, não há necessidade de uma grande produção e eu fico feliz em poder vestir algo mais simples.

Calço um tênis branco e verifico meu visual de frente para o grande espelho do closet. Ouço o interfone do meu apartamento, caminho em passos largos e alcanço o mesmo.

-Pois não?

-Senhorita D'Angelo, boa noite!_cumprimenta o porteiro.-O senhor Thompson pediu para avisar que está lhe aguardando aqui embaixo.

-Ah, sim. Obrigada, boa noite.

Encerro o ligação, pego meu celular no sofá e coloco no bolso da calça antes de sair do apartamento. Ao descer e sair da porta principal do meu edifício, vejo Noah
encostado na BMW com os braços cruzados. Ele usa uma calça preta que se molda perfeitamente em suas coxas enquanto a camisa pólo vermelha se agarra aos seus músculos.

-Ei._aproximo e crio coragem em envolver meus braços em seu pescoço.

-Oi, gata._seus lábios buscaram os meus em um selinho demorado antes de voltar a me
olhar.-Você cortou o cabelo.

-Você notou._falo surpresa, afinal, os homens não tem um talento muito grande para perceber essas coisas, mas com Noah tudo é diferente.

-Sim._ele pega uma mecha do meu cabelo e desliza os dedos até a ponta dele, que
bate no meio do meu peito.-Está um pouco mais curto.

-Precisava dar um jeito nas pontas._afasto-me._Agora vamos, estou ansiosa para conhecer Paige.

Noah acena, abre a porta para mim e em seguida dá a volta no carro. Me acomodo no banco do carona e então ele começa a dirigir enquanto repousa uma das mãos em minha coxa.

Ele me explica um pouco sobre seus amigos. Harry é o dono de uma oficina e o pai de Paige, a mãe da menina e ele não tem uma boa relação. Ela deixou a menina, sumiu no mundo e agora voltou, exigindo a guarda dela.

Harry mora no Kentish Town e é justamente para lá que estávamos seguindo. Não é uma região que eu costumava frequentar, mas não tenho problema nenhum em ir lá.

-Espero que ela goste do presente._falo._É o urso polar mais fofo que eu já vi.

-Ela vai gostar.

-Como foi seu dia?_pergunto, virando-me para olhá-lo.

-Enquanto você esteve no salão almocei com Louis e Anna._ele não tira os olhos da rua.-Não fiz muita coisa. E o seu, como foi?

-Maior parte dele foi no salão._solto uma risadinha.-Entediante.

Noah concorda, sorrindo. Iniciamos uma conversa animada enquanto eu o observando descaradamente.

É estranho pensar que estou ao seu lado, a caminho de uma festa infantil da filha do seu amigo. É estranho pensar que domingo passado tivermos uma tarde "em família". Mais estranho ainda é pensar no fato de que tudo isso parecer normal e que não há nada estranho nisso, o que é assustador.

O som do seu telefone nos desperta, assim que ele atende, eu me calo. A ligação está vinculada no bluetooth do carro, o que faz com que eu consiga ouvir a conversa. É sua mãe, Hannah.

-Olá querido._sua voz é doce.

-Oi mãe.

-Como você está?_ouço vozes atrás dela.-Suas irmãs estão te mandando um beijo._as vozes se aproximam ainda mais e de repente se torna um burburinho.-Só um minuto, Noah.

Apenas diga que me amaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora