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Oii gente, tô sumida né? Eu sei !!
Mas juro que vou aparecer mais vezes, queria dizer que faltam poucos capítulos pro final dessa história, queria saber se vcs querem que eu escreva outra do Gabriel mesmo, ou de algum outro jogador do flamengo e tals!!
Deixem nos comentários!!
Fiquem com o capítulo que tá babado!!!

Carol Fernandes

Eu fiquei por dois dias em observação. O médico fez outro ultrassom, mais detalhado, e pudemos ouvir o coração do bebê pela primeira vez. Ele explicou que o feto tinha de cinco a seis semanas e que só com aquele tipo de ultrassom era possível ouvir, mas ainda não dava pra ver.
Eu estava paralisada, boquiaberta, e Gabriel não estava muito diferente, de pé, ao meu lado, tinha os olhos arregalados. Era um pequeno recado de nossa vidinha, como se acenasse para gente, mostrando que estava ali, firme e forte.

O médico conversou conosco. Eu teria que evitar dirigir dali em diante, se possível não andar sozinha e não fechar o banheiro na chave. Pediu para eu começar um acompanhamento com uma nutricionista, e recomendou exercícios específicos para grávida. Além de controlar minha alimentação, eu teria que medir a glicose diversas vezes no dia, principalmente pela manhã, em jejum, e a noite, antes de dormir.

E eu estava disposta a fazer tudo e mais um pouco pelo bem-estar do meu filho. Ganhei alta e voltei para o quarto, e Gabriel desapareceu após ouvir o médico. Eu fiquei me perguntando se ele havia ficado amedrontado, e fugiu.
Mas pouco depois, a porta se abriu, e ele entrou. Parecia tenso e muito sério.

— Meu irmão não vai poder vir me buscar.

— Vai voltar pra sua casa? - ele questionou, já mostrando medo de saber minha resposta. Apesar de saber qual era minha posição sobre isso.

— Gabriel, não estou com saco pra esse tipo de discussão. Vou, sim, para minha casa. - Ele não queria demonstrar sua irritação, mas ela visível por seu maxilar enrijecido.

— Carol, eu posso te levar para a fazenda.

— Não, de jeito nenhum. Eu nem mesmo irei entrar num carro com você. Não quero ser surpreendida.

— Você é demais! Que droga. - ele pegou o celular e gravou áudio, mandando Laerte trazer um carro ao hospital.

— Não precisava disso. Podia pegar um táxi.

Ele nem me deu bola, terminou de falar com Laerte e me olhou seriamente.

— O que tem pra arrumar por aqui? - olhou em volta. - Você continua aí deitada.

— Já mandei tudo pelo irmão ontem à tarde. Muito obrigada, Gabriel.

— Por que está fazendo isso? - com as mãos na cintura, me encarava.

— Porque eu tenho escolha, poxa. Dá pra respeitar?

Zangado, ele não disse nada e foi se sentar numa poltrona perto da janela. Seu celular tocou, ele atendeu, falando baixinho.

— Ok, vou esperar Laerte chegar e irei. Chego em quinze minutos. - Desligou e, quando me viu olhando interessada, explicou: - Problemas na empresa.

— Algo sério?

— Nada que eu não possa resolver. - Ficamos nos olhando um tempinho, e então a porta se abriu, e Laerte entrou. - Pronto, chegou. Vá com ele e pelo amor de Deus, Carol, se cuide. Passo lá depois para te ver.

Concordei e ele veio até mim, deu um beijo na minha testa e, apesar de estar visivelmente tenso sorriu.

— Tenha juízo.- caminhou para a porta, acenou para Laerte e saiu quase correndo.

MINHA REFÉMWhere stories live. Discover now