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O portão se abriu automaticamente, e me vi no interior de um paraíso terrestre

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O portão se abriu automaticamente, e me vi no interior de um paraíso terrestre. Antes, eu me perguntava por que um homem tão abastado como ele não ficava no prédio da laticínios Barbosa, no centro da cidade, mas logo compreendi por que Gabriel preferia a vida campestre, longe da movimentação urbana. O lugar foi criado para hospedar um rei. Árvores frondosas, jardim imenso ladeando a mansão, grama tão verde, que doía os olhos, pareciam artificiais, e eu desejei pisá-las para ter certeza.

Terras verdes e produtivas a perder de vista. Desci do carro sem desgrudar os olhos da mansão de tijolos brancos. As janelas eram gigantescas e, juntamente com o telhado alto e branco, eram classificadas como estilo colonial.

Pensei que quem estivesse lá dentro, em um dos quartos, devia ter uma visão perfeita da natureza ali fora. Caminhei lentamente atrás de Franco, chamando a atenção de algumas pessoas que só então percebi a presença. Dois peões passavam com celas de cavalo no ombro. Dois homens com uniformes cuidavam do jardim, e uma mulher saiu pela porta da casa. Alisei minha saia de secretária, que eu usava sempre para trabalhar. Verifiquei o coque bem feito nos cabelos e ajeitei a haste dos óculos de leitura. Eu sempre usava lentes, mas, naquele dia, precisava parecer uma respeitada empresária.

- O patrão já está chegando - a mulher disse da porta, avisando a Franco, e virou-se, entrando. Olhei para onde ela apontou e precisei colocar a mão sobre os olhos por causa do sol. Lá de longe, no meio de dois outros cavalheiros, vinha um homem montado em um cavalo negro, trotando à frente. Era como uma aparição sóbria e erótica, no melhor estilo rústico. Dei um passo para trás e, quando se aproximou mais, engoli saliva.

Era ele.

Grande, majestoso e muito gostoso em cima de um animal gigantesco. Mas isso era um mero detalhe, ele também era enorme. Juntos, até pareciam ameaçadores, mas meu corpo reagiu de forma bem receptiva. Com a pele bronzeada brilhando ao sol, ele exibia, sem pretensão, um enxuto corpo malhado. Bíceps musculosos à mostra pela camiseta regata e chapéu de vaqueiro contrastando com óculos de sol. Caramba!
Que espetáculo. Tive vontade de me abanar. Gabriel saltou do cavalo, entregou as rédeas para um peão, que prontamente o esperava, e, ao tirar o chapéu, caminhou em nossa direção. Ele percorreu os olhos pelo meu corpo, e sua testa se franziu por algo que deve ter pensado.

Fez um bico charmoso com os lábios provocantes, acentuando o contorno forte e quadrado do maxilar, e sorriu amigavelmente.

- Deve ser a cerimonialista. - falou.

- Sim, senhor. Carol - Apesar de estar derretendo diante de toda aquela magnitude

- Gabriel Barbosa. - Apertou com força minha mão, sem me deixar escapar de seu olhar intimidador - Vamos entrar. - Mostrou a escadaria. - Você na frente.

O calor e o cheiro vindo do grande corpo me golpearam, e eu me vi vulnerável ao seu poder.

Sua aura de dominação abrangia tudo em volta, todos tinham respeito e temor pelo homem, ele conseguia se impor com apenas um olhar. Assenti, com um ridículo sorrisinho, e andei mantendo a bunda dura, porque eu pressenti que ele olhava. Eu me deparei com uma sala gigantesca e luxuosa, com sofás brancos e piso de madeira encerado.

- Franco, leve-a para o escritório. - Com sua voz grossa e calma, ordenou.

Virou-se para a mulher que eu vi quando cheguei:

- Tereza, sirva uma bebida para a moça, vou tomar uma chuveirada e desço em dez minutos.

Observei, nada discreta, ele andar rumo às escadas. Suas costas eram largas, e os ombros, fortes. Os bíceps eram lindos, e as coxas, de tirar o fôlego. Soprei e me abanei, sendo flagrada pela tal Tereza.

Parecia uma eternidade. Franco nem olhava para mim, mexia em algo no celular, sentado em uma poltrona afastada. Eu, em frente à mesa de trabalho de Gabriel, me contorcia como se a cadeira tivesse pregos. Acompanhei uma gota que desceu do copo gelado, o peguei e tomei um gole da limonada. A porta se abriu, e eu deixei o copo novamente na mesa.

- Bem, vamos começar. - Ouvi a voz de Gabriel, mas não me virei. Só quando ele entrou no meu campo de visão e sentou-se à minha frente é que tomei bem na cara um soco da sua beleza. Estava ainda mais bonito.

Os cabelos pretos baixos estavam molhados, uma camisa branca com as mangas dobradas revelava antebraços fortes e levemente cobertos de pelos negros, além de um relógio evidentemente caro Era impressionante como ele conseguia passar de caubói sexy para empresário gostoso em poucos minutos. O cheiro delicioso tomou conta da sala. Sabonete masculino e colônia caríssima. Era um homem de alto padrão, não poderia ser de qualquer uma, apenas de algumas poucas privilegiadas. E pensar que Leticia tinha tudo isso, e jogou fora... Nervosamente, recebi dele as tabelas que eu mesma tinha feito. Franco sentou-se do outro lado, e o silêncio reinou enquanto Gabriel passava os olhos na primeira folha da caprichosa planilha.

- Ótimo - disse por fim. - Vejo que fez um bom trabalho. - Levantou os olhos instigantes para mim e gracejou: - Achei que a vadia da minha ex tinha de alguma forma tentado me extorquir.

Eu sorri, sem graça, e Franco disse:

- Eu falei para você, Gabriel, que tudo estava sendo tratado com a empresa. Leticia não tinha nada a ver com as negociações.

Ou seja: quando descobrir, a culpa será toda minha. Como de fato é.

- Não custa duvidar. - Gabriel olhou os papeis e pediu: - Fale sobre o bolo e demais doces.

Era o primeiro item da lista. Acompanhei os números na minha cópia da planilha. O bolo, bem-casados e docinhos diversos tinham sido encomendados em uma confeitaria de luxo.

- Já liguei desmarcando, mas deve pagar um preço pela encomenda. - Sei que tudo tinha dado trinta mil, mas eu arredondei para trinta e cinco.

- Trinta e cinco mil em um bolo... e docinhos? - Gabriel olhou para Franco. Este apenas deu de ombros.

- O senhor queria o melhor. - Franco falou.
- Era o famoso red velvet. Mas não se preocupe - eu me intrometi. Tinha que dar a ele uma sensação de ganho, e não de prejuízo.

- Desse valor, o senhor receberá de volta vinte e nove mil. - Claro, eu tinha que subtrair
mil da reserva da confeitaria e cinco mil do meu golpe.

- Pode me chamar de Gabriel, use o "senhor" apenas se eu mandar - ele me corrigiu e nem piscou, me encarando.

Eu me remexi na cadeira diante de sua dissecação visual. Desceu o olhar até meus seios e, depois de segundos, pareceu acordar de um transe.

- Ainda está difícil. Perder seis mil não é fácil. Mas vamos seguir. Aslembrancinhas e os convites. Aqui diz que foram feitos pela mesma empresa.

- Sim. - Soprei sofregamente e acompanhei osvalores na minha planilha. Vai dar certo, vai dar certo. Será que era muitahipocrisia pedir a Deus para ajudar uma ladra?

- Está nervosa, Carol?

Levantei os olhos. Gabriel me encarava com umacaneta entre os lábios. Ele estava me estudando novamente e seus olhos tinhamum ar... de fome. "Ele gosta de dominar." Eu poderia ver milhares de detetivesem sua mente trabalhando arduamente, como eu poderia convencê-lo?

- Claro que não. - Dei um sorrisinho nem umpouco convincente e olhei para o papel.

- É casada, Carol? - Meu coração sambou descontrolado. Meu sangue gelou.

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Parece que Gabriel também está interessado einn?
Oq vocês acham?

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