Capítulo 32

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{Nyx}

Alya ainda dormia. O cobertor cobria parte de seu corpo, a enrolando de forma tão perfeita que por alguns segundos imaginei se ela era realmente desse mundo. Eu a observei com certo louvor. Ela, minha parceira... deveria ser algum tipo de truque cósmico. O Caldeirão deve estar se vingando de sua família através de mim. Ninguém pode ser tão feliz assim e não pagar por isso. Alya… Alya é meu mundo. Não consigo sequer negar isso. 

Já estávamos ali há dois dias. Eu informei ao meu pai que havia vistoriado todo o Sul Oeste e mandei que Lydia verificasse o Leste como um favor. 

No primeiro dia, Alya estava um pouco dolorosa, mas eu aliviei um pouco de sua dor a chupando e havia amado fazer aquilo. 

Um minúsculo sorriso surgiu em meus lábios ao lembrar de seu desejo em me chupar. O nervosismo adorável, enquanto ela tentava explicar o que desejava fazer. E a forma como ficou vermelha perguntando como deveria fazer. A lembrança por si só já me fazia sentir desejo de acordá-la e me enterrar nela até que estivesse devidamente satisfeito. O que não parecia acontecer. Pelo menos não no dia anterior, quando Alya já estava bem novamente e conseguiu sentir prazer total na penetração. A pequena atrevida mal me deixou sair da cama.

Um pequeno arrepio de prazer totalmente territorial passou por mim. Ela estava gostando daquilo e se sentindo confortável até mesmo para iniciar alguns toques. Eu ainda não havia mostrado o que desejava fazer com ela. Tinha ficado apenas no básico para não a assustar… mas ansiava faze-la provar os prazeres do corpo de todas as formas possíveis. 

Os olhos de Alya se abriram, ela me encarou diretamente, como se soubesse onde eu estava esse tempo todo. Ela se espreguiçou e me lançou um sorriso preguiçoso.  

— Bom dia…

Sua voz rouca saiu quase como um sussurro sonolento. Céus, essa fêmea não possui um único defeito. Eu passei meus dedos por sua bochecha, incapaz de me impedir. 

— Bom dia, meu bem. 

Minha voz saiu rouca. Alya sorriu de canto. 

— Você estava me olhando. 

Eu dei um minúsculo sorriso. 

— Você é linda demais para não ser olhada. 

O sorriso de Alya permaneceu intacto, mas seus olhos perderam o brilho, como se eu houvesse dito algo errado. 

— Você só diz isso por conta do frenesi que existe após a parceria ser atada. 

Ela comentou como se não fosse nada demais. Franzi o cenho. 

— Definitivamente não é por isso. 

Alya riu. Um riso sem vida. 

— Claro… 

Ela fez menção de se levantar, mas eu a impedi, segurando seu queixo. 

— Alya. Você é linda. 

Ela revirou os olhos e me encarou. 

— Não tenho seguido minha dieta desde que voltei, sabia? Minhas roupas já estão apertadas. 

Franzi o cenho. 

— Graças a Mãe. Você parecia um esqueleto quando foi para Velaris. 

Alya estreitou os olhos com irritação.

— Só estou dizendo que você definitivamente vai achar outras mais bonitas. E tá tudo bem, apenas…

Eu a calei, com certa irritação. Aquela garota, Minthe… havia realmente fodido com o cérebro de minha parceira.  

A Court Of Flowers in the StarsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora